SOJA – AGRO EM DADOS / SETEMBRO 2025

O mercado da soja no Brasil, em agosto de 2025, manteve-se estável, com preço médio de R$140,50/saca (CEPEA/ Esalq). Apesar da leve elevação mensal de 2,6%, o patamar segue acima do registrado em 2024 (5,5%), sustentado pela demanda firme do grão e derivados. Segundo o Boletim Logístico da Conab de julho, cerca de 85% da produção goiana já foi comercializada, enquanto o restante permanece estocado, à espera de melhores condições de mercado.

A destinação da soja brasileira reforça a importância da diversificação da cadeia produtiva. Para o acumulado de janeiro a julho, cerca de 77,2 milhões de toneladas foram exportadas em grão, sendo o principal destino a China, enquanto 13,5 milhões de toneladas seguiram como farelo, principalmente para a União Europeia, e 949,5 mil toneladas em óleo, com destaque para Índia e Bangladesh. Em Goiás, os embarques de 9,7 milhões de toneladas de grãos de soja consolidaram o estado como o segundo maior exportador do país, com crescimento também da indústria esmagadora voltada à produção de farelo para nutrição animal, setor em expansão no Centro-Oeste.

Em julho de 2025, o complexo soja registrou desempenho histórico no comércio exterior. O Brasil exportou 12,2 milhões de toneladas de soja em grão, o maior volume já embarcado para o mês, representando alta de 9,0% em relação a julho de 2024. Goiás também se destacou com a exportação de 1,2 milhão de toneladas, o segundo melhor resultado de sua série histórica, ficando atrás apenas do recorde estabelecido em 2024.

Referente à programação da próxima safra, variações de preços e de mercado dos insumos apontam para um momento de atenção para os produtores de soja em Goiás e no país. Segundo a Conab, no primeiro semestre de 2025, as importações de fertilizantes somaram 19,41 milhões de toneladas — um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior. O comércio desse setor, embora ainda marcado por volatilidade e preços elevados, mantém-se consistente, sustentado pela oferta restrita e, no caso de países como o Brasil, pela forte relevância do agronegócio. Dentro desse cenário, os produtores goianos precisam estruturar estratégias comerciais mais ajustadas, combinando comercialização escalonada e controle de custos para atravessar o vazio sanitário e iniciar a próxima safra com planejamento.

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