SOJA – AGRO EM DADOS / JULHO 2025

O vazio sanitário da soja em Goiás será de 27 de junho a 24 de setembro de 2025. Nesse período, os produtores intensificam os preparativos tanto para o cumprimento das exigências fitossanitárias quanto para a gestão dos estoques remanescentes da safra atual. A paralisação obrigatória do cultivo visa o controle da ferrugem asiática e coincide com uma época estratégica para a comercialização da soja armazenada. Em 2025, estima-se uma alta taxa de ocupação dos armazéns em Goiás, devido à colheita finalizada em abril e à retenção de grãos por parte dos produtores que aguardam melhores condições de mercado.

Segundo levantamento da Conab, o estado de Goiás possui capacidade estática de armazenagem de aproximadamente 17,5 milhões de toneladas de grãos. Porém, somente a produção estadual de soja na safra 2024/25 foi de 20,4 milhões de toneladas, o que evidencia a dependência de silos e da venda direta após a colheita. Nesse contexto, a correta gestão de estoques durante o vazio sanitário é fundamental para evitar perdas, garantir a qualidade do grão e ampliar as possibilidades de negociação em períodos de prêmio e câmbio mais favoráveis.

As exportações brasileiras de soja em grão somaram 51,5 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2025, um aumento de 2,7% frente às 50,1 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período de 2024. Goiás respondeu por cerca de 6,8 milhões de toneladas, mantendo participação relevante, com aumento de 13,1%. Da mesma forma, o desempenho das exportações brasileiras e goianas de óleo de soja seguiu em alta, totalizando 658,7 mil toneladas e 80,6 mil toneladas, respectivamente, no acumulado do ano. Esses valores representam um aumento de 29,5% para o Brasil e 31,7% para Goiás, com destaque para a Índia e Bangladesh como principais destinos de ambos. Essa variação no perfil de exportação evidencia o aumento da demanda por derivados e a busca por maior valor agregado na cadeia produtiva.

Com relação às cotações, em junho, o preço médio da soja ficou estável em torno de R$ 134,40/saca, segundo o CEPEA/Esalq, um aumento de 1,0% em relação a maio de 2025 e 3,3% abaixo de junho de 2024. Esse cenário pode ser atribuído à oferta dos EUA e da Argentina destinada ao mercado chinês, reduzindo o preço e o volume exportado pelo Brasil e por Goiás. Além disso, a demanda da China, entre outros fatores, refletiu em uma desvalorização no preço pago por tonelada exportada do complexo soja.

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