SOJA – AGRO EM DADOS / FEVEREIRO 2025

Até o dia 05 de janeiro a semeadura da soja em Goiás já estava concluída, assim como na maioria dos estados produtores. A colheita por sua vez, até essa data, iniciou-se apenas no Mato Grosso e Bahia. Além disso, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento da cultura em Goiás, com a maior parte das lavouras na fase reprodutiva.

Para a safra brasileira 2024/25, a Conab estima uma produção histórica de 166,3 milhões de toneladas, crescimento de 12,6% frente a safra anterior. Em consonância com a expectativa de recorde de produção, é projetado que haverá a maior área plantada da série histórica para o Brasil (47,4 milhões de hectares) e para Goiás (4,9 milhões de hectares). Diante dessa conjuntura de maior oferta, é esperado também pressão negativa sobre os preços da oleaginosa brasileira.

Para 2025 foi confirmado o fenômeno La Niña, que resulta em maiores volumes de precipitações no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Entretanto, são esperados efeitos leves e de curta duração, ou ainda próximos da neutralidade, até aproximadamente o mês de abril. Ainda assim, pode gerar uma preocupação para o produtor quanto ao regime de chuvas no mês de fevereiro, pois pode comprometer as operações de colheita, secagem e armazenamento do grão.

Em 2024, houve recorde nas exportações brasileiras de farelo de soja, que totalizaram 23,1 milhões de toneladas, acréscimo de 3,0% em relação ao ano de 2023. Como principais destinos do farelo, destacam-se: Indonésia, Tailândia, Irã e os países da União Europeia. Para Goiás, a Indonésia representa um mercado em constante crescimento. Nos últimos dez anos, o país tem ampliado suas aquisições de farelo de soja, saltando de 34,0 mil toneladas adquiridas em 2014, para 672,0 mil toneladas em 2024, consolidando-se como o principal destino das exportações goianas desse produto. Além disso, ocupa a segunda posição no ranking dos maiores importadores do complexo soja do estado de Goiás.

O USDA em seu relatório mensal, divulgado dia 10 de janeiro, reduziu a safra norte-americana de 121,4 para 118,8 milhões de toneladas produzidas e, consequentemente, houve diminuição no estoque final da oleaginosa, em 2,5 milhões de toneladas. A produção e estoques mundiais também foram revisados para baixo, o que acarretou um cenário de sustentação nas cotações do grão na Bolsa de Chicago.

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