SOJA – AGRO EM DADOS / DEZEMBRO 2025

Goiás encerra o acumulado de janeiro a outubro de 2025 com 14,3 milhões de toneladas exportadas do complexo soja, o segundo maior volume de sua série histórica, ficando atrás apenas das 14,4 milhões de toneladas embarcadas em todo o ano de 2023 — diferença de apenas 64,4 mil toneladas. Esse resultado sinaliza forte possibilidade de superação do recorde ainda em 2025, caso o ritmo de embarques seja mantido. O estado segue melhorando a infraestrutura logística e a capacidade de armazenagem, o que reforça sua posição como exportador de relevância, ocupando a segunda colocação no cenário nacional.

A semeadura da soja em Goiás avançou para 65% da área até dia 15/11/2025, ritmo inferior aos 80% registrados no mesmo período da safra passada, refletindo o impacto da irregularidade das chuvas ao longo de outubro, de acordo com o Boletim da Safra de Grãos da Conab. A interrupção das precipitações comprometeu a emergência e o desenvolvimento inicial, com baixa uniformidade das lavouras e casos de tombamento de plantas pelo calor, além de relatos de replantios pontuais. Na região Sudoeste do estado, mais adiantada, produtores intensificaram a semeadura apostando no retorno das chuvas, recorrendo inclusive a profundidades maiores de semeadura para aproveitar a umidade residual do solo, estratégia que evidencia o risco climático do início do ciclo.

As cotações da soja seguem sustentadas, porém em ambiente operacional mais desafiador para o produtor goiano. Embora a média de novembro tenha alcançado R$140,47/saca, com avanço mensal de 1,9% (CEPEA/Esalq), a margem permanece pressionada pelo encarecimento dos insumos e pela elevação dos custos logísticos. O Boletim Logístico da Conab aponta que Goiás registrou baixa demanda por fretes no período, reflexo da entressafra e da comercialização superior a 90% da safra 2024/25, mas ainda assim com ajustes de pre- ços nas rotas para a Baixada Santista e Paranaguá, fatores que elevam o custo de escoamento para exportação. Ao mesmo tempo, os insumos da cadeia da soja têm forte dependência de importações brasileiras de fertilizantes, o que mantém os gastos de adubação em patamares elevados e afeta diretamente o custo de produção no estado.

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