MILHO – AGRO EM DADOS / JUNHO 2024

Devido aos atrasos no início dos plantios, a colheita do milho verão em Goiás iniciou-se de maneira pontual. No entanto, com a cultura em fase de maturação e a redução da umidade, os trabalhos se intensificaram entre o fim de maio e início de junho. Embora as estimativas de produtividade sejam inferiores às do ciclo anterior, em que se registrou 9,3 t/ha, os rendimentos para a primeira safra já se apresentam acima de 9,0 t/ha.

Para a segunda safra de milho, a cultura encontra-se em sua maioria na fase de enchimento de grãos, sobretudo para as semeadas dentro do calendário ideal, até o final de fevereiro. Ainda com boa reserva hídrica do solo, as plantas apresentam um bom desenvolvimento de forma geral, apesar da alta pressão da cigarrinha.

As lavouras semeadas no final de março e início de abril ainda dependem de volumes significativos de precipitações para atender às demandas hídricas da fase reprodutiva. A escassez de chuvas no período pode afetar o potencial produtivo dessas lavouras.

As estimativas da Conab apontam para redução da produção do milho segunda safra, o que se deve principalmente ao recuo das áreas do cereal, devido às incertezas climáticas, aliado à menor produtividade projetada em campo. Como consequência, houve expansão em área plantada de outras culturas como sorgo e girassol.

Na pauta do mercado, as negociações seguem em ritmo lento. Com o avanço das colheitas no Brasil e expectativas de crescimento da produção mundial, compradores se encontram mais cautelosos, o que reforça a queda nos preços do cereal. Apesar disso, projeções da Conab apontam para crescimento de 5,5% na demanda doméstica, comparado à safra anterior. No mercado externo, observa-se que a menor oferta nacional, somada ao bom momento na produção da Argentina e Estados Unidos, deverá reduzir significativamente os volumes das exportações brasileiras em 2024.

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