LÁCTEOS – AGRO EM DADOS / FEVEREIRO 2025

Em dezembro, foi registrada queda do valor pago pelo litro de leite ao produtor pelo terceiro mês consecutivo, tanto na média Brasil, quanto para Goiás. O aumento sazonal da oferta no campo, contribuiu como fator de desvalorização do leite cru nesse período.

De acordo com a Embrapa, no ano de 2024, o custo de produção do leite teve acréscimo de 2,1%, em relação a 2023. Os principais fatores responsáveis pelo aumento foram as despesas com mão de obra, volumoso, energia e combustível. A partir de janeiro de 2024, houve redução nos custos até o mês de abril. Logo após, iniciou-se o movimento de alta nos custos de produção mês após mês, na qual apenas em dezembro, foi registrada a primeira redução do segundo semestre do ano.

Ao considerar a relação de troca, em novembro foram necessários 34,5 litros de leite para adquirir 60 kg de mistura (composta de 70% milho e 30% farelo de soja). Devido aumento nos preços desses insumos, o poder de compra do produtor caiu 9,2% em relação ao mês de outubro. Entretanto, foi consideravelmente melhor do que o praticado nos últimos dois anos para esse período.

As exportações brasileiras de lácteos, em 2024, tiveram como destino 105 países, com elevação nas aquisições feitas pelos principais parceiros comerciais: Cuba, Estados Unidos, Argentina e Filipinas. Já em dezembro, o volume enviado para o exterior foi 9,6% maior que o mesmo período em 2023. Em relação a Goiás, o crescimento foi mais expressivo, de 140,2%, posicionando dezembro como o quarto mês com melhor desempenho do ano. No ano de 2024, houve destaque para o Chile, que remunerou melhor que a média dos destinos dos produtos lácteos goiano, na qual o valor é 34,9% superior à média paga pelos países compradores. Para Goiás, o preço pago é de US$3.924,16 por tonelada, 38,8% a mais que a média paga para o Brasil pelo país chileno.

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