“Casas de farinha permitirão agregar valor à produção de mandioca”, diz secretário de Agricultura na entrega de fábricas móveis a 12 municípios goianos

Pedro Leonardo Rezende, secretário de Agricultura: "Mandioca é o principal produto da agricultura familiar na nossa região"

Evento na Seapa contou com a presença de dezenas de prefeitos, vereadores e gestores estaduais. Equipamentos serão usados para apoiar produção da agricultura familiar

A entrega de 13 fábricas móveis de farinha e goma reuniu, nesta terça-feira (29/8), na sede da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), dezenas de prefeitos, vereadores, gestores estaduais e assessores. Os equipamentos, adquiridos com recursos de emenda do deputado federal Alcides Ribeiro Filho (Professor Alcides) e contrapartida do Estado, foram cedidos a 12 prefeituras para apoiar agricultores familiares que trabalham com cultivo e processamento da mandioca. O investimento totalizou R$ 2,17 milhões.

Anfitrião do evento, o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, ressaltou a importância de políticas públicas que proporcionam dignidade para o segmento da agricultura familiar em Goiás. “A mandioca é o principal produto da agricultura familiar na nossa região, e a casa de farinha permitirá agregar valor a essa produção. Como a estrutura é móvel, ela pode atender várias localidades e alcançar mais produtores dentro de um mesmo município”, explicou.

Rezende pediu a ajuda das prefeituras para fiscalizar o bom uso dos equipamentos. Ele também destacou a necessidade de capacitar e apoiar o agricultor familiar para desempenhar bem outras etapas da sua atividade, como a comercialização. “Peço que os prefeitos nos ajudem a inserir os produtores nas próximas edições do PAA Goiás (Programa de Aquisição de Alimentos Estadual) e do Goiás Social para levarmos oportunidades a cada vez mais pessoas”, declarou.

Autor da emenda que possibilitou o repasse de recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, o deputado federal Professor Alcides lembrou que a entrega foi mais uma etapa de um processo iniciado em 2019, com a construção do projeto de uma casa de farinha móvel em Formosa. “Vamos destinar recursos para mais 20 ou 30 casas de farinha, beneficiando o pessoal dos assentamentos, quilombolas… Nosso objetivo é trazer dias melhores para a população”, afirmou.

O prefeito de Teresina de Goiás, Kleverton Barbosa de Mello (Mano), discursou em nome dos representantes dos municípios beneficiados. Para o gestor, a produção da agricultura familiar e kalunga de Teresina deve ganhar escala industrial com a chegada da fábrica móvel de farinha e goma. “Já tem produtor pedindo ajuda para buscar calcário porque quer aumentar sua plantação de mandioca”, relatou. Mano agradeceu pelos benefícios entregues pelo Governo de Goiás. “Juntos vamos fazer a diferença e alavancar os municípios e o Estado”, disse.

Durante a cerimônia, a superintendente de Produção Rural da Seapa, Patrícia Honorato, apresentou um panorama da mandiocultura em Goiás e no Brasil. Segundo ela, há desafios e oportunidades no segmento. “Com as casas de farinha, temos mais oportunidades de agregação de valor, geração de renda e criação de empregos, além da preservação de uma cultura importante”, argumentou. A superintendente lembrou que o Governo de Goiás desenvolveu um guia prático para cultivo da mandioca. A publicação pode ser acessada no link: https://goias.gov.br/agricultura/wp-content/uploads/sites/50/2023/08/CARTILHACULTIVODEMANDIOCA-d44.pdf.

Números
O Brasil é o quarto maior produtor de mandioca do mundo. Em 2021, o segmento alcançou R$ 12,7 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP). Cerca de 85% desta produção tem origem na agricultura familiar. Os dados oficiais apontam ainda que, em 2021, Goiás produziu 180,8 mil toneladas de mandioca numa área total de 11,4 mil hectares. De acordo com o Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado possuía 11,7 mil estabelecimentos dedicados ao cultivo de mandioca.

O evento no auditório da Seapa foi prestigiado pelo secretário de Estado da Infraestrutura, Pedro Sales; pelos presidentes da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Rafael Gouveia; além de prefeitos, secretários e vereadores. Assessora especial do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), Ayana Abrão representou a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do GPS, primeira-dama Gracinha Caiado.

Os municípios beneficiados com a cessão de 13 fábricas móveis de farinha e goma foram: Porangatu, Orizona, Nova Crixás, Silvânia, Aloândia, Vicentinópolis, Teresina, Pires do Rio, Chapadão do Céu, Pontalina, Niquelândia e Professor Jamil. Cada município recebeu uma unidade, à exceção de Professor Jamil, que recebeu duas. A estrutura da fábrica móvel de farinha e goma — também chamada de casa de farinha — é composta por reboque plataforma, lavador e descascador, prensa hidráulica, fornalha mecanizada, extrator de goma e peneira. Cada kit tem capacidade média de processamento de 600 quilos de farinha por dia.

Secretário Pedro Leonardo Rezende, prefeito Mano e deputado Professor Alcides na entrega da casa de farinha
Fábricas móveis de farinha e goma no estacionamento da Seapa: ao todo, 13 unidades foram entregues

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Governo de Goiás

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo