BOVINOS – AGRO EM DADOS / JULHO 2025

Em junho, as escalas de abate dos frigoríficos variaram entre 4 e 10 dias, diante da demanda aquecida no mercado interno e externo. Consequentemente, nesse período, as cotações do boi gordo seguiram firmes, com valorização de 1,7% na média mensal, quando comparado ao mês anterior, alcançando R$313,51/ arroba. Dessa forma, os preços praticados no mercado doméstico refletiram a junção entre a baixa oferta de animais, escalas curtas de abate e a demanda consistente por carne bovina.

Quanto às exportações, o preço pago por tonelada pela carne bovina brasileira e goiana valorizaram-se no período de janeiro a maio, com avanços também em valor e volume. O número de países compradores da proteína goiana elevou-se, alcançando 76 destinos, com destaque para Estados Unidos e México, que apresentaram os maiores aumentos em valor exportado dentre os principais compradores, de 272,0%* e 220,6%*, respectivamente.

Vale ressaltar que os Estados Unidos atualmente enfrentam uma situação desafiadora, em decorrência de problemas climá- ticos e custos de produção elevados. De acordo com o USDA, o efetivo do rebanho bovino atingiu seu menor nível da série histórica em mais de 70 anos, de 87,2 milhões de cabeças em 2024 frente a 82,1 milhões de cabeças em 1951. Esse cenário leva a retração por parte dos pecuaristas, gerando assim, a necessidade de importação de carne bovina pelo país norte-americano. Já o México vem fortalecendo suas relações comerciais com o estado intensificando suas aquisições desde 2024, dessa forma, Goiás foi o principal fornecedor de carne bovina para o país em 2024 e no acumulado de 2025.

De acordo com a Conab, em 2025, a produção brasileira de carne bovina deve alcançar 10,5 milhões de toneladas, recuo de 4,3% frente a 2024. Entretanto, para as exportações, a previsão é positiva, de atingir a marca de 4,0 milhões de toneladas exportadas, com avanço esperado de 5,9% em relação ao ano anterior.

SANIDADE ANIMAL

Desde março de 2024, o estado de Goiás foi oficialmente reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação em nível nacional, conforme estabelecido pela Portaria nº 665 do MAPA. Esse avanço sanitário foi posteriormente consolidado em maio de 2025, com o reconhecimento internacional concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para o Brasil e para Goiás. Essa conquista representa um marco significativo para a pecuária brasileira e goiana, ao elevar o status sanitário e ampliar as oportunidades de acesso a mercados internacionais mais exigentes.

Governo na palma da mão

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