BOVINOS – AGRO EM DADOS / AGOSTO 2024
O recorde de oferta de carne bovina durante o primeiro semestre de 2024, manteve a persistente tendência de baixa nos preços da proteína, em níveis abaixo dos anos anteriores. Nos meses de junho e julho, houve ligeira estabilização e recuperação, quando as cotações foram impulsionadas pela a redução da oferta de animais terminados a pasto e aumento dos lotes de confinamento, cujos valores são mais altos.
No inverno, a escassez de pastagem resulta na redução considerável da oferta de animais prontos para o abate, especialmente no Centro-Oeste, cujas previsões climáticas são de tempo seco e temperaturas acima da média e altas, sem chuvas regulares nos próximos 90 dias.
Na conjuntura internacional, a carne bovina goiana segue com destaque nas exportações, sendo essencial na sustentação dos preços da cadeia. Dentre os parceiros comerciais, a China segue isolada na primeira posição de maior importador, mas outros países também têm aumentado consideravelmente a demanda, como Emirados Árabes Unidos, que nos últimos anos apresenta um crescente nas aquisições da proteína bovina, que no primeiro semestre de 2024, aumentou 171,0% no valor exportado, comparado ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com o USDA, o Brasil segue em segundo no ranking mundial de produção de carne bovina em 2024, com crescimento de 3,6% comparado a 2023, enquanto os Estados Unidos – maior produtor mundial, reduziu sua produção em 1,2% no mesmo período, o que pode intensificar a demanda da carne brasileira e diversificação dos mercados consumidores.