AGR encerra ciclo de palestras sobre saúde na Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat AGR 2021)


Card: AGR


“Saúde, Bem Maior” foi o tema da jornada que reuniu servidores em três lives realizadas de terça a quinta-feira para tratar de diferentes assuntos relacionados à qualidade de vida, segurança no trabalho e como envelhecer de forma saudável. Na sexta-feira, termina a campanha de solidariedade dos servidores

A Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) encerrou, na quinta-feira (07/10), o ciclo de palestras da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat 2021), que teve como tema “Saúde: Bem Maior”. A jornada teve a coordenação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Cipa), com apoio da Gerência de Gestão Institucional. Nesta sexta-feira, termina a Campanha de Solidariedade dos Servidores, que arrecadou alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal e limpeza de ambientes para doação à Casa de Eurípedes.

De acordo com Jeremias Borges Vieira, organizador da Sipat 2021, a saúde figura entre os bens mais importantes para os seres humanos. “O trabalho, além de ser uma fonte de satisfação, pode ser também causador de acidentes e doenças do trabalho, por isso a AGR executa ações de promoção da saúde e prevenção de acidentes e doenças do trabalho”, afirmou. Conforme destacou, a Sipat é uma dessas ações que tem como objetivo orientar o servidor ou empregado público sobre a importância da prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, criando uma atitude vigilante que permita conhecer e solicitar as correções necessárias a fim de tornar o ambiente mais seguro para todos.

Importância da Segurança do Trabalho

O ciclo de palestras começou na terça-feira (05/10), com a participação do mestre em Ciências Ambientais e de Saúde, Francisco Edison Sampaio, falando da Importância da Segurança do Trabalho. Entre outros aspectos, ele ressaltou que com os avanços tecnológicos e a substituição da força física pela força mental na chamada mão de obra, a fadiga mudou de endereço e passou a afetar a saúde mental, que, por sua vez, se reflete na saúde física. “Sabemos que o trabalho é importante, mas temos que entender que toda atividade tem potencial patológico e pode acarretar doenças, e o nosso papel como profissional da segurança do trabalho é identificar e avaliar os riscos para minimizá-los ou eliminá-los”, disse.

Francisco Edison falou também dos riscos psicossociais que o trabalho pode produzir. “O perigo do trabalho não é só de riscos de uma queda ou um som alto; mas é também de como o trabalhador está reagindo à condição de trabalho a que é submetido, e não há um equipamento para se medir o risco psicossocial”, acentuou. Ele observou, ainda, que na Classificação Internacional de Doenças é cada vez maior o número de trabalhadores afastados do trabalho por depressão, ansiedade e outros distúrbios que representam o resultado do relacionamento que as pessoas têm com o trabalho. “Isso pode ser gerado por sobrecarga, falta de apoio, falta de condições, decepção e outras causas”, afirmou, explicando que há dois tipos de sofrimento resultantes dessas situações: o sofrimento que adoece quando não se tem uma estratégia de defesa; e o sofrimento criativo, que é quando a pessoa consegue se contrapor às dificuldades.

Ele reforçou, durante a live, que o acidente ou a doença ocupacional não interessa a ninguém, nem ao trabalhador ou sua família nem à empresa, nem à Previdência Social, nem à sociedade que é quem paga a conta. E que, nesse contexto, a segurança do trabalho é um dos pilares para a sustentabilidade ambiental, social e econômica em qualquer instituição.

Em Busca da Qualidade de Vida (Nindfulness)

Na quarta-feira (06/10), a live foi com a biopsicóloga Mônica Freire, que falou sobre o tema Em Busca da Qualidade de Vida (Mindfulness). Segundo explicou a profissional, a técnica Mindfulness, ou da Atenção Plena, tem apresentado importantes resultados para se viver com menos estresse. Ela lembrou que o estilo de vida agitado traz muitas doenças porque não possibilita pausas para as pessoas saborearem a vida e estar presente no que se está fazendo. Enquanto se ocupam de uma atividade, a mente não descansa.

Em seguida, Mônica Freire fez uma breve prática de “aterrissagem” com os participantes, que, conforme observou, permite sair do piloto automático, em que se coloca a consciência no lugar onde se está de forma plena. A técnica permite a pausa, o abrir-se para tudo aquilo que está presente, respirar e perceber a respiração, ampliar a experiência do momento e responder em vez de reagir. “A gente guarda na memória apenas o que faz com atenção”, destacou, citando que “a vida é o que nos acontece enquanto estamos pensando em outra coisa”.

Ainda em sua palestra, Mônica Freire falou de três sistemas de regulação emocional: sistema de ameaça (detecção de perigo, ansiedade, raiva, aversão); do sistema de conquista (propósito, querer, buscar, progredir, adquirir); e o sistema de calma (proteção, segurança, cuidado, contentamento). E explicou que a técnica da atenção plena ativa o sistema de calma. Depois de uma segunda prática de observação do que ocorre na mente, a biopsicóloga apresentou dicas para se ativar o sistema de calma, entre eles, uma pequena pausa antes de uma tarefa e se evitar multitarefas,

Envelhecimento Saudável

Por último, a Sipat AGR 2021 recebeu como convidada a 1º sargento da PMGO, Ana Paula Nogueira Nunes, que substituiu o tema sugerido pelo tema Envelhecimento Bem Sucedido. Ela explicou que envelhecimento é um processo independente e que pode ser um projeto bem sucedido se receber os cuidados e a atenção devidos. “Todos vamos envelhecer e começamos esse processo desde o nascimento”, lembrou. Ana Paula disse que a cultura ocidental, e especialmente do Brasil, tem um jeito ruim de lidar com o envelhecimento, em que as pessoas, muitas vezes, não querem envelhecer ou não querem parecer velhas e que essas são duas formas ruins de se envelhecer.

Segundo a palestrante, embora seja um processo natural, o do envelhecimento, a maioria das pessoas não se prepara para isso. Entre as variáveis (defesa adaptativa saudável) que contribuem para um envelhecimento saudável, de acordo com ela, está a capacidade de ser feliz. Estudos mostram que pessoas mais felizes vivem mais. Outros fatores são: o altruismo, o humor, a persistência, a sublimação e a flexibilidade. “Você quer ser feliz ou quer ter razão?” perguntou Ana Paula, explicando que, em muitas situações, o melhor a se fazer é pegar a razão, dobrar e guardar numa gaveta, abrir mão da razão para ser feliz.

Ana Paula falou, também, das estratégias que contribuem para o envelhecimento bem sucedido, que, entre outras, incluem a criação de vínculos sociais, não sofrer com o que não pode mudar e cuidar para preservar o funcionamento cognitivo. Destacou que quanto mais se usa o raciocínio, a inteligência, mais se preserva. “Outra estratégia importante é a religiosidade, não importa a denominação religiosa, mas a religiosidade faz com que a pessoa enfrente os problemas com mais facilidade”, explicou. A atividade física é outra grande aliada para o bom envelhecimento. “Nosso corpo foi projetado para se mover, para ter atividade, precisa se movimentar”, reforçou.

Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) – Governo de Goiás

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