PROCON Goiás divulga pesquisa de preços de Tarifas Bancárias

  • Aumento médio de tarifa bancária é de 14,14%
  • Variação de preços de tarifa bancária pode chegar a 344,44%
  • Serviço realizado no guichê de atendimento pessoal pode custar até 40% a mais que nos TAA – Terminais de Auto Atendimento
  • Saiba como ter custo ZERO na conta corrente

Uma das principais receitas dos bancos públicos e privados são as tarifas bancárias. E de acordo com levantamento do PROCON Goiás, elas estão pesando mais no bolso do correntista. Para essa pesquisa foram considerados os preços de 19 (dezenove) tarifas consideradas “prioritárias” disponíveis na tabela geral entregues pelos nove bancos visitados pelo Procon Goiás entre os dias 13 e 18 deste mês.

EM MÉDIA, AS TARIFAS BANCÁRIAS TIVERAM AUMENTO DE 14,14%

1432805286Comparado com os preços médios praticados no último levantamento realizado pelo Procon Goiás, em março de 2015, as tarifas bancárias que fazem parte do serviço prioritário registrou um aumento médio de 14,14% .

No entanto, individualmente esse aumento foi bastante expressivo em alguns tipos de tarifas. É o caso da tarifa de transferência entre constas na própria instituição, realizado nos TAA – Terminais de Auto Atendimento, cuja elevação chegou a 46,30%. Em 03/2015 a tarifa média era de R$ 0,90 e atualmente está custando, em média, R$ 1,32. Veja outros exemplos de aumento de tarifa:

• 39,98% tarifa de fornecimento de cópia de microfilme;

– R$ 5,05 em 03/2015

– R$ 7,07 em 07/2016

• 26,74% tarifa de fornecimento de extrato mensal (TAA);

– R$ 1,92 em 03/2015

– R$ 2,43 em 07/2016

• 33,39% tarifa de saque de conta de depósito e poupança (TAA);

– R$ 1,82 em 03/2015

– R$ 2,43 em 07/2016

• 13,79% tarifa de transferência de DOC/TED (Internet);

– R$ 7,67 em 03/2015

– R$ 8,73 em 07/2016

VARIAÇÕES DE PREÇOS DE TARIFAS PODEM CHEGAR A 344,44%

Quando o correntista ultrapassa a quantidade de serviços contratado em seu pacote, ou quando o limite de gratuidade (serviços essenciais) é ultrapassado, é cobrado a tarifa individual pelo serviço utilizado. E as variações de preços entre os bancos chegam a 344,44%. Essa variação se refere à tarifa de transferência entre contas na própria instituição cujo menor preço foi verificado a R$ 0,90 e o maior chegando a R$ 4,00. Outras variações entre menor e maior preço:

• 266,97% – Tarifa de fornecimento de 2ª via de cartão com função débito;

Menor preço: R$ 5,45

Maior preço: R$ 20,00

• 85,19% – Tarifa de confecção e fornecimento de folhas de cheque;

Menor preço: R$ 1,35

Maior preço: R$ 2,50

• 233,33% – Tarifa de saque de conta de depósito à vista e de poupança (TAA);

Menor preço: R$ 1,80

Maior preço: R$ 6,00

• 214,81% – Tarifa de depósito identificado;

Menor preço: R$ 2,70

Maior preço: R$ 8,50

• 160,87% – Tarifa de fornecimento de extrato mensal (Pessoal);

Menor preço: R$ 2,30

Maior preço: R$ 6,00

• 55,84% – Tarifa de transferência por meio de DOC/TED (TAA0;

Menor preço: R$ 7,70

Maior preço: R$ 12,00

A menor variação de preço foi verificada na tarifa relativa a ordem de pagamento, cujo preços variaram entre R$ 24,00 e R$ 28,70, variação de 19,58%.

Consumidor pode pagar até 40% a mais pela mesma tarifa, ao deixar de utilizar os TAA – Terminais de Auto Atendimento e dar preferência ao Atendimento Pessoal

Dentro da própria instituição financeira, pode haver grande diferença de preço de tarifa dependendo do canal de utilização. Contudo, o peso pode ser doloroso no bolso do correntista.

No banco Itau, por exemplo, a tarifa do serviço de fornecimento de extrato mensal cobrado quando utilizado os Terminais de Auto Atendimento (TAA) custa R$ 2,00, porém, esse mesmo serviço quando for realizado pelo Atendimento Pessoal, terá tarifa de R$ 2,80. Ou seja, um custo a mais de 40,00%.

Outro exemplo é a tarifa cobrada pela transferência por meio de DOC/TED. Na Caixa Econômica Federal, quando realizado esse serviço nos TAA, o correntista pagara R$ 7,85 pelo serviço. No entanto, ao utilizar o atendimento pessoal, terá um custo a mais de 87%, tendo que desembolsar o equivalente a R$ 14,70.

CONTA CORRENTE COM CUSTO ‘ZERO’ É POSSÍVEL

images (4)Para quem vai abrir uma conta corrente ou mesmo para quem já possui, é preciso ficar atento e avaliar se o pacote de serviço oferecido no momento da abertura da conta ou pago mensalmente ao banco é de fato necessário.

Primeiramente é importante conhecer quais os serviços considerados “essenciais” e que os bancos devem oferecer gratuitamente ao correntista. Caso esses serviços sejam suficientes, não há necessidade de contratação do pacote oferecido pelo banco. Contudo, para aqueles correntistas cujos serviços e quantidades de gratuidade não suficientes, devem saber avaliar qual o tipo de pacote melhor se adéqua à sua necessidade.

De acordo com a Resolução 3.919/2010 do Banco Central do Brasil, são considerados serviços bancários essenciais e, portanto, isento de tarifa, os seguintes serviços de acordo com a quantidade de eventos:

• Fornecimento de cartão com função débito;

• 04 saques por mês, em guichê de atendimento pessoal ou TAA;

• 02 transferências de recursos entre contas na própria instituição;

• 02 extratos por mês, com a movimentação dos últimos 30 dias;

• 10 folhas de cheque por mês, desde que o correntista possua os requisitos necessários;

• Compensação de cheque (independentemente do valor);

• Consultas mediante utilização da internet;

O cliente deve avaliar as suas reais necessidades de serviços e verificar qual banco oferece a melhor tarifa. É importante lembrar que o cliente pode optar pela utilização e pagamento apenas de serviços individualizados, e dependendo da movimentação, ter custo zero, ou por pagar um preço único pela utilização de um conjunto de serviços, o chamado “pacote de serviços”.

FIQUE ATENTO!

O valor das tarifas bancárias não é fixado pelo Banco Central do Brasil, nem pelo Conselho Monetário Nacional. Os preços das tarifas são estabelecidos pelas instituições financeiras (bancos, cooperativas de crédito, etc). Entretanto, existem regras que disciplinam a cobrança de tarifas, entre elas a de que a tarifa tem que estar prevista no contrato feito entre a instituição e o cliente, ou de que o serviço precisa ter sido previamente autorizado ou solicitado pelo cliente.

A informação sobre as tarifas cobradas pelas instituições deve obrigatoriamente ser divulgada em local e formato visível ao público, nas suas dependências e em página na internet.

As instituições são obrigadas, ainda, a disponibilizar aos clientes, até o final de fevereiro de cada ano, um extrato consolidado informando, mês a mês, todas as tarifas e valores cobrados no ano anterior.

EXIJA O CUMPRIMENTO DE SEUS DIREITOS

O cliente deve procurar primeiramente o banco que lhe prestou o serviço para tentar solucionar o problema. Se as tentativas de solução não apresentarem resultado, o cliente deve procurar atendimento junto aos órgãos de defesa do consumidor.

Para acessar o relatório da pesquisa clique aqui

Para acessar a planilha de preços clique aqui

 

Assessoria de imprensa do PROCON Goiás

Larissa Oliveira: 3201-7134

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