Procon Goiás divulga pesquisa de preços de pão e leite
Procon Goiás: Café da manhã está pesando mais para o consumidor
Aumento do item essencial (pão francês) pode chegar a 23,89%
Família com apenas três membros pode comprometer até 18,85% do salário mínimo
Supermercados são melhores opções de preços, no entanto, a qualidade é fundamental
Pesquisadores do Procon Goiás visitaram do dia 17 ao dia 23 de abril de 2013, 24 estabelecimentos da capital, sendo 14 panificadoras e 10 supermercados, verificando os preços de 15 itens como o tradicional pãozinho francês, leite de diferentes marcas, e quitandas como pão de queijo, biscoito de queijo, pão de milho, pão mandi e mini pão francês.
Café da manhã mais caro na mesa do consumidor goianiense
Na onda dos constantes aumentos, outro item que está pesando mais no bolso do consumidor é o café da manhã. Nas panificadoras, o tradicional pãozinho francês está 5,15% mais caro, se comparado com o preço médio praticado há 12 meses (04/2012). No entanto, nos supermercados, esse item teve um aumento de 23,89%.
Esse aumento reflete os preços médios praticados dentre todos os estabelecimentos visitados. Contudo, analisando os aumentos individuais, teve estabelecimento que esse aumento chegou a 41,80%. Esse foi o percentual de aumento registrado em um supermercado estabelecido no Setor Central da capital, que praticava o preço do quilo do pão francês em abril de 2012 a R$ 5,98 e atualmente custa R$ 8,48.
Já com relação ao leite, o maior aumento nas panificadoras foi de 12,00% no litro leite tipo C (saquinho) da marca Compleite. Nos supermercados, o litro do leite longa vida integral, também da marca Compleite, o aumento foi de 27,87%.
Outros produtos também tiveram aumento bastante expressivo, como no caso do quilo do pão de queijo, com 23,73%, que nas panificadoras passou do preço médio de R$ 18,84 para R$ 23,31.
Café da manhã pode comprometer até 18,85% do salário mínimo
Considerando uma família com apenas três indivíduos adultos, consumindo, cada um, apenas um pãozinho francês por dia, juntamente com o consumo de leite, conforme quantidade determinada pelo Dieese na cesta básica nacional que é de 7,5 litros por indivíduo adulto (mensal), esse custo no final do mês pode chegar a R$ 127,80, o que representa 18,85% do valor vigente do salário mínimo.
O cálculo tomou como base o peso médio do pão francês (50 gramas), que, levando em conta os três elementos da família, equivale a 150 gramas diárias ou 4,5 kg por mês, bem como a quantidade de leite consumido no período de trinta dias de 22,5 litros. Neste caso, considerou-se o preço médio do quilo do pão francês e do litro de leite, que, conforme demonstrado na pesquisa, pode chegar a R$ 10,90 e R$ 3,50, respectivamente.
Variações entre menor e maior preço
Nas panificadoras, o preço do quilo do pão francês pode chegar a 37,11%, sendo encontrado ao menor preço de R$ 7,95 e o maior a R$ 10,90. Já nos supermercados a variação é um pouco maior, 45,32%, com preços oscilando entre R$ 5,98 e R$ 8,69.
123,90% foi a variação encontrada no mini pão francês, praticado nas panificadoras, com preços variando entre R$ 7,95 e R$ 17,80.
Outra variação, bastante expressiva, verificada nas panificadoras, foi no preço do quilo do pão de queijo, com 111,64%, com menor preço encontrado a R$ 18,90 e o maior a R$ 40,00.
O litro do leite longa vida integral Piracanjuba teve variação de 34,62% nas panificadoras. Neste item, o menor preço encontrado foi de R$ 2,60, enquanto o maior chegou a R$ 3,50; Nos supermercados, esse mesmo produto variou entre R$ 1,94 e R$ 2,69, variação de 38,66%.
Nos supermercados, o quilo do pão de milho, foi encontrado variando entre R$ 9,09 e R$ 18,90, com percentual entre menor e maior preço de 107,92%.
Mesmo com aumento maior praticado pelos supermercados, preços médios de todos os produtos pesquisados ainda são menores que os praticados pelas panificadoras
Todos os produtos pesquisados pelo Procon Goiás, e que tiveram seus preços médios comparados entre ambos segmentos: supermercados e panificadoras, os menores preços médios foram encontrados nos supermercados.
Para o órgão de defesa do consumidor goiano, a explicação para esse tipo de segmento praticarem preços mais vantajosos, seja o fato de que o produto principal, ou seja, o carro chefe, não ser exclusivamente o pão e leite. Nesses estabelecimentos é possível praticar preços mais vantajosos como uma tática para atrair o consumidor que acabam levando, não apenas o pão e leite, mas também outros produtos comercializados.
Ainda assim, para quem prefere adquirir esses produtos em panificadoras, pois como o principal produto comercializado é justamente esses itens, acreditam que a qualidade pode ser melhor.
Atenção às promoções
Ficar atento às promoções realizadas pelos estabelecimentos comerciais é uma boa dica para quem quer economizar, como no caso do leite. No entanto, é interessante adquirir apenas o produto com preço promocional, pois caso não tenha noção dos preços de outros produtos adquiridos, a economia conseguida pode acabar ficando no próprio local da compra.
No entanto, há muitos estabelecimentos que cobrem qualquer oferta anunciada pela concorrência. Neste caso, mesmo que o produto com preço promocional seja ofertado em um estabelecimento longe da casa do consumidor, esse direito pode ser exigido em estabelecimentos próximos da residência do consumidor, podendo, inclusive, acionar o disque denúncia do Procon Goiás (151), em caso de recusa do cumprimento da oferta.
Orientações gerais (preço x qualidade)
A pesquisa de preços sempre é fundamental. No entanto, quando se trata desse tipo de produto (pães e quitandas), é interessante procurar aliar preço com a qualidade do produto.
Atenção especial também à higiene, tanto do local quanto dos funcionários que vão manusear os produtos, e, ainda, exigir que a pesagem do pão seja feita à vista do cliente.
O consumidor deve ter bastante atenção à data de vencimento desses produtos, atentando ainda para a aparência do produto, pois muitas vezes, devido à má conservação, mesmo estando dentro do prazo de validade, a qualidade pode estar comprometida.
Um produto, por exemplo, que facilmente pode ser detectada a qualidade é a mortadela, que deve apresentar uma cor homogênea. Caso seja detectada alguma irregularidade, o consumidor deve devolver o produto no local da compra, fazer a reclamação e denunciar o fato à Vigilância Sanitária.
Mais informações:
Assessoria de Imprensa – Procon Goiás
(62) 3201-7134
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