De acordo com a pesquisa do Procon Goiás, a variação de preço do material escolar de um mesmo produto pode chegar a 297%
Aumento médio apurado foi de 12,51%, individualmente há produtos com até 56% de aumento
Variação de preços entre menor e maior para produtos idênticos chega a 297%
Marcas tradicionais podem encarecer em até 176% dependendo do produto
Região central concentra o maior número de papelarias para facilitar a pesquisa de preços
Cuidados aos abusos na lista de material escolar
Dicas para economizar na compra dos produtos
É chegado o início do ano e, com ele, uma das principais e mais pesadas despesas de início de ano: a compra do material escolar. E para os pais que possuem mais de um filho em idade escolar o peso se torna maior. Por isso, pesquisar sempre é a melhor arma, além de procurar fracionar a compra em pelo menos três papelarias. Essas táticas podem fazer com que o valor final fique ainda mais em conta.
Pensando nisso, o PROCON Goiás visitou desde o dia 04 até ontem, 11 de janeiro, 19 (dezenove) papelarias da capital verificando os preços de 100 (cem) itens de material escolar. Dos 19 estabelecimentos, 7 (sete) estão concentrados na região central da capital para facilitar o deslocamento dos consumidores na hora de fazer a pesquisa, reduzindo os custos com o transporte e ainda facilitando o fracionamento das compras entre os estabelecimentos.
Aumento médio do material escolar é de 12,51%
Com 2 p.p. (pontos percentuais) acima da inflação oficial (IPCA) divulgado pelo IBGE, o custo com a compra do material escolar nesse início de ano está, em média, 12,51% mais caro que o preço praticado no mesmo período do ano passado. No entanto, se considerarmos alguns itens individuais, este percentual pode chegar ao assustador índice de 56,42%.
Este é o caso da cola líquida branca de 110 gr da marca Tenaz. Em 01/2015 o preço médio desse produto era vendido a R$ 2,70 e agora, em 01/2016, o preço médio é de R$ 4,22.
Com 26,70% de aumento médio anual, a tinta guache com 6 (seis) unidades da marca Faber Castel passou de R$ 3,93 preço médio praticado no ano passado, para R$ 4,98, preço médio atual.
O giz de cera grosso com 12 (doze) unidades, da marca Faber Castel subiu de R$ 5,00 para R$ 6,12, o preço médio desse produto. Aumento de 22,41%.
Já a borracha branca número 20 da marca Mercur registrou um aumento médio anual de 20,58%, passando de R$ 0,78 (01/2015) para R$ 0,94 (01/2016).
A caneta hidrocor (canetinha) ponta fina com 12 (doze) unidades da Faber Castel passou de R$ 13,84 para R$ 14,73, aumento médio anual de 6,42%.
No ano passado, o aumento médio anual registrado foi de 5,77, bem abaixo do aumento médio registrado atualmente de 12,51%.
Variação entre menor e maior preço para produtos idênticos chega a 297%
A pesquisa reflete a realidade de preços verificada no momento da coleta dos valores, podendo sofrer alterações de preços para mais ou para menos, dependendo entre outros fatores, da demanda desses produtos. A coleta sempre é realizada com acompanhamento de um responsável que após a conferência, atesta a veracidade das informações.
Esta variação de 297% ocorreu no preço da lapiseira 07mm polly tem da Faber Castel. Este produto idêntico (mesma marca e modelo) foi encontrado numa papelaria a R$ 1,99 chegando a custar até R$ 7,90 noutra.
260,00% foi a variação de preços apurada na borracha branca n. 40 da marca Mercur, com preços oscilando entre R$ 0,25 a R$ 0,90.
O caderno capa dura espiral de 10 matérias (Capricho) da marca Tilibra foi encontrado ao menor preço a R$ 11,90 e o maior a R$ 35,95. Variação de 202,10%.
250,00% foi a variação entre menor e maior preço apurada na Cola gliter de 35g da marca Acrilex. O menor preço encontrado foi de R$ 1,00 e o maior a R$ 3,50.
A caixa de lápis de cor grande – 24 x 1 – da Faber Castel teve oscilação de preços entre R$ 24,50 a R$ 39,95. Uma variação de 63,06%;
A mochilete G Barbie 2016 – Ref. 064342-08 da marca Sestini pode ser adquirida ao menor preço de R$ 278,90, podendo custar até R$ 486,80 em outra papelaria. Variação de 74,54%.
Ao optar por marcas mais conhecidas, produto pode encarecer até 176%
Produtos com marcas menos conhecidas, não significa, necessariamente, produtos com qualidade inferior. Da mesma forma que produtos com marcas mais tradicionais sejam garantia de qualidade superior a outros produtos. O importante é avaliar o melhor custo benefício na hora da compra.
Para se ter uma noção do peso final ao optar por marcas mais conhecidas, citamos o exemplo da caixa de lápis de cor grande (24×1). O preço médio de uma marca bastante tradicional apurado na pesquisa é de R$ 29,70, ao passo que outras marcas podem custar em média R$ 10,75. Um aumento de 176,27%.
E ao optar por personagem infantil, aí o preço vai nas alturas. Um apontador de plástico de 1 furo e com depósito de uma marca menos conhecida custa em média R$ 1,33. Já uma marca mais tradicional, o preço médio sobe para R$ 3,60. Contudo, ao optar pelo produto com personagem infantil, o valor já sobe para R$ 5,64 em média. Considerando a mercadoria com menor valor, o custo final ao optar por produto com personagem, pode encarecer o produto em até 324%.
Pesquisar e fracionar a compra, pode significar economia no final da compra
A palavra chave para economizar, sem dúvida, é pesquisar. O ideal é selecionar pelo menos três papelarias e fazer a pesquisa de preços. Contudo, ao fracionar a compra entre eles, adquirindo apenas os produtos com menores preços em cada uma delas, com certeza a economia será ainda maior.
Por isso o PROCON Goiás concentrou 7, das 19 papelarias visitadas, na região central da capital com o propósito de justamente facilitar a pesquisa e o fracionamento da compra sem, entretanto, onerar o consumidor com despesas de transporte e reduzindo o tempo com a compra do material escolar.
Atenção aos abusos da lista de material escolar
Quando a escola define o valor da mensalidade escolar, se faz com base em sua planilha de custos que já estão inclusos essas despesas de custeio, ou seja, os materiais de uso coletivo como produtos de limpeza, materiais de expediente, etc.
Quando a escola inclui tais itens, de forma que nenhum deles vai influenciar no processo didático pedagógico, constitui onerosidade excessiva para o consumidor. O que implica na prática abusiva perante o Código de Defesa do Consumidor.
Quando pairar dúvida sobre algum item solicitado na lista, questione junto à escola para qual finalidade será sua utilização. Caso o produto seja de uso coletivo, e que não será utilizado para atividade escolar, ou seja, não influenciará no processo didático pedagógico, simplesmente devem ser ignorados da lista. Caso a escola ainda insista na aquisição, essa prática deve ser denunciada junto aos órgãos de defesa do consumidor. O telefone de disque denúncias do PROCON Goiás é o 151.
Ressalta-se ainda que a escola também não poderá exigir marca, modelo ou determinar o local da compra. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência.
Dicas pra economizar na compra do material escolar
Solicite junto à escola uma lista dos materiais que restaram do ano letivo anterior e que podem ser reaproveitados como tesouras, caixa de lápis de cor, canetas, etc, antes de saírem às compras.
Saiba que o consumidor pode adquirir, a princípio, somente os produtos que serão utilizados no primeiro semestre do ano letivo e, posteriormente, os produtos do ano letivo seguinte.
Para acessar a planilha de preços clique aqui
Para acessar o relatório da pesquisa clique aqui
O consumidor que constatar qualquer irregularidade, ou necessitar de esclarecimentos sobre o assunto, pode entrar em contato com o Procon Goiás por meio do disque denúncia 151, ou 3201-7100 e ainda na sede do Procon Goiás, que fica na Rua 8, nº 242, no Centro de Goiânia. Outro canal de atendimento é o Procon web: www.webprocon.com.br/goias
Assessoria de imprensa do Procon Goiás:
Larissa Oliveira 3201-7134 / 8236-0565