Consumidor goiano conhece os nomes das tarifas bancárias
A padronização da nomenclatura das tarifas bancárias tem contribuído para o melhor entendimento das tarifas cobradas pelos bancos na conta corrente. A cada ano as dificuldades dos consumidores goianos sobre esse assunto são menores. A constatação é do Procon, verificada na pesquisa que ouviu 420 consumidores de Goiânia sobre três temas, entre eles o conhecimento dos nomes das tarifas de serviços bancários.
De acordo com a pesquisa, em 2010, 43% dos consumidores disseram nunca ter dificuldades de entender os lançamentos dos bancos. Este ano, o percentual subiu para 55%. No ano passado, 41% dos consumidores tinham, às vezes, dificuldades de entender um ou outro lançamento. Agora, esse percentual recuou para 28%.
“São normas editadas pelo Governo Federal que atingiram o objetivo. Quando o Conselho Monetário Nacional, por meio de Resolução, reduziu o número de tarifas de mais de 80, para apenas 20, padronizando os nomes, a medida facilitou para o consumidor o entendimento e o controle dos gastos com serviços bancários”, avalia o gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon, Gleidson Tomaz.
Gleidson defende que as informações das taxas de juros cobradas nas diferentes modalidades de crédito (crédito pessoal, cheque especial, cartão de crédito, crédito consignado, etc) devem ser mais divulgadas aos consumidores por meio dos órgãos de defesa do consumidor. Esse tópico praticamente se manteve estável se comparado com as estatísticas de 2010.
Quando questionados se pedir um empréstimo na modalidade de crédito pessoal, para quitar uma dívida de cartão de crédito, seria uma decisão acertada ou não, 61% dos consumidores, ou seja, a maioria, disse que não. O gerente do Procon ressalta que a troca de uma dívida com taxas maiores, como a do cartão de crédito que pode chegar a 19% ao mês, por outra como a do crédito pessoal, cujo juro fica em torno de 4 ou 5%, é muito vantajoso para o consumidor. Nesse caso, ele estará trocando uma dívida mais cara por outra mais barata. Apenas 30% dos entrevistados disseram ser essa uma decisão acertada, e 9% não souberam responder.
CET
Quanto ao Custo Efetivo Total (CET), apesar de mais de três anos em vigor, 96% dos entrevistados não souberam dizer o que é e para que serve. Apenas 4% souberam o que representa e para que serve essa sigla. “Hoje em dia, mais importante que saber a taxa de juros na hora de contratar um empréstimo ou um financiamento, ou mesmo comprar um produto a prazo, é saber o Custo Efetivo Total (CET)”, diz o gerente do Procon.
Ele explica que o CET é a soma, em forma de percentual anual, de todos os custos que vão incidir sobre a transação, como taxa de juros, IOF, seguro, taxa de cadastro e despesas com terceiros. Algumas vezes, dependendo do CET, uma transação com taxa de juros maiores pode ser mais vantajosa para o consumidor do que outra com taxa de juros menores, explica Gleidson. Isso porque os custos incidentes sobre essa última pode ser bem superiores que a primeira. Daí a importância de verificar sempre o percentual referente ao CET e por meio dele, fazer a comparação com outras instituições de crédito.
Clique aqui para acessar os gráficos da pesquisa.
Mais informações: (62) 3201-7112
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