Embaixador da Bélgica conhece potencial econômico de Goiás
Com o objetivo de prospectar negócios e estreitar as relações comerciais com o Brasil, o embaixador da Bélgica no Brasil, Patrick Hermann, esteve nesta quinta-feira (18/10) na Secretaria Estadual de Desenvolvimento, onde foi recebido pelo secretário Estadual de Desenvolvimento, Leandro Ribeiro, e pelo superintendente Executivo de Comércio Exterior, William O'Dwyer. Goiás foi o primeiro estado brasileiro a receber a visita do novo embaixador, que chegou ao País há dois meses.
Depois de conhecer a estrutura do Porto Seco de Anápolis, a comitiva belga se reuniu no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, com o secretário estadual de desenvolvimento, Leandro Ribeiro, o superintendente executivo de comércio exterior da SED, William O´Dwyer, além de outros representantes da pasta, órgãos, empresários e universidades. “Nós não temos dúvidas do nosso potencial para estruturar relações comerciais e reforçar parcerias”, disse o secretário Leandro Ribeiro, que colocou o Governo de Goiás à disposição da comitiva.
Durante a reunião, o embaixador anunciou o interesse de instalar um consulado da Bélgica em Goiânia. Atualmente, segundo dados da Embaixada, 45 mil dos cerca de 70 mil brasileiros que vivem na Bélgica são goianos. Ele também falou sobre a importância econômica da parceria. “Ao lado de Rio de Janeiro e São Paulo, Goiás está entre os três mais importantes lugares econômicos para as empresas belgas no Brasil”, destacou.
Secretário da Casa Civil, Fernando Tibúrcio ressaltou a iniciativa. “A Bélgica já é uma parceira tradicional de Goiás, mas é importante manter essa aproximação”, afirmou. William O´Dwyer lembrou as missões empresariais já realizadas pelo Governo de Goiás na Bélgica. “Nós conhecemos o País, então o clima é de amizade e hospitalidade, além de boas relações comerciais."
Balança comercial
Atualmente, a Bélgica é o sexto destino das exportações goianas na União Europeia. Em 2018, Goiás exportou para o País US$ 16,54 milhões, principalmente com açúcar, ferro-níquel e ouro, segundo a Superintendência Executiva de Comércio Exterior. Já as importações somaram US$ 11,59 milhões neste ano. No topo da lista estão produtos farmacêuticos e fertilizantes. A Bélgica tem o sétimo maior Produto Interno Bruto (PIB) da Europa e economia marcada pelo alto índice de industrialização.
Durante o encontro em Goiânia, foi apresentado o programa de incentivos fiscais para a atração de empresas belgas, especialmente na região de Anápolis, que concentra o 2º maior polo farmoquímico do Brasil. Outro tema em debate foi como as parcerias entre empresas e universidades podem resultar em pesquisas e investimentos em inovação. “Com ações como essa, projetamos e levamos o conhecimento das potencialidades do Estado a outros países, atraindo novas empresas e também com resultados positivos para a balança comercial”, resume o superintendente executivo da SED, Roberto Freire.
Além do embaixador, participaram da comitiva belga Carine Willems, adida aduaneira, e o conselheiro Carlos Stuart. Também estiveram na equipe que deu boas vindas ao grupo o superintendente executivo de Indústria e Comércio da SED, Luiz Medeiros, o superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da SED, Roberto da Piedade, e o secretário-chefe do Gabinete de Assuntos Internacionais, Armando Melo e Santos.