Realizado pela primeira vez no Brasil, o Fórum Internacional do Trabalho, que fez parte da programação da Campus Party Goiás, foi encerrado nesta sexta-feira (6) com a publicação de um manifesto que expressa a importância da educação para que as novas tecnologias e, consequentemente, suas implicações no mercado de trabalho sejam mais facilmente absorvidas pela sociedade.

“Quando tratamos de futuro do trabalho, também não podemos nos esquecer do futuro da educação, pois é na sala de aula que conhecemos técnicas e aprendemos a ser cidadãos. O futuro do trabalho depende do professor do futuro, e este deve orientar o aluno a ser dono do seu futuro”, diz o documento, assinado pelo presidente do Fórum, Robson Vieira, que é presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), pelo secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima, e pelo presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia.

A importância da educação para educar a sociedade do futuro ficou evidenciada no painel “O Futuro do Trabalho no âmbito Educacional”, realizado nesta sexta-feira (6) e que reuniu os professores Anderson da Silva Soares e Sanderson de Oliveira Macedo, além da pesquisadora Heloísa Menezes.

Durante a discussão, foi feita uma retrospectiva histórica das mudanças tecnológicas ocorridas ao longo da civilização humana e como elas provocaram impactos significativos no mercado de trabalho ao longo da história. Para os três debatedores, esse olhar para o passado deixa claro como será importante educar os jovens para que as consequências negativas, como, por exemplo, a perda de empregos, não impacte a qualidade de vida nas sociedades humanas.

Para o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima, a inteligência artificial e a robótica já são realidades, sendo necessário acelerar as discussões em torno do assunto para evitar que a sociedade seja prejudicada. “Não podemos ficar a reboque, esperando a realidade nos alcançar”, argumentou.

Palestras

O Fórum Internacional do Trabalho reuniu especialistas de diversas áreas para discutir o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. No primeiro dia, um painel reuniu o titular da Sedi, Adriano da Rocha Lima, e o os filósofos Clóvis de Barros Filho e Maria Clara Dias, que discutiram os aspectos filosófico e ético do tema.

Para Maria Clara Dias, a realização desse tipo de discussão em uma Campus Party é importante, pois aproveita a juventude do público para provocar reflexões sobre as mudanças no mundo do trabalho.