Saldo positivo na balança comercial coloca Goiás entre os dez maiores estados exportadores do Brasil

O saldo da balança comercial de Goiás para o mês de maio foi positivo em US$ 544 milhões. Esse valor é a diferença entre exportações e importações e com esse resultado o Estado atinge um percentual recorde de 4,59% de participação nas exportações brasileiras. 

No mês de maio o Estado exportou o equivalente a US$ 823 milhões e importou US$ 279 milhões. Com esse resultado, Goiás passou para a 9ª posição entre os estados exportadores, superando Santa Catarina, que ocupava essa posição no mês de abril. No período de janeiro a maio, Goiás ficou na 10ª posição. 

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia e indicam que a balança, no período entre janeiro e maio de 2020, também tem saldo positivo de US$ 1.761 bilhão, variação de 33,90%. 

OUTROS DADOS

Quando observados individualmente, os produtos do complexo soja apresentam resultados altamente satisfatórios, com variação positiva de 59,99%. Somente a soja in natura conseguiu aumentar em 76,02% suas exportações de maio de 2020 comparadas com o mesmo mês de 2019. O complexo carnes também foi positivo em 45,18% e as carnes de aves atingiram variação de 97,67%, enquanto que as carnes bovinas registraram aumento de 34,81%. 
O complexo açúcar teve variação positiva de 294,03% e o segmento de ferroligas, 62,46%, sempre comparando maio de 2020 com maio de 2019.  
Já considerando o período de janeiro a maio de 2020 com o mesmo período de 2019 o complexo soja teve variação positiva de 15,77% e a soja in natura atingiu o percentual de 28,67%. Complexo carnes atingiu variação de 28%, com variação de 124,09% na venda de carnes de aves. Complexos ferroligas e açúcar registraram números positivos de 45,88% e 43,25%, respectivamente. 

COMPRADORES E VENDEDORES

A China respondeu por 55,49% das compras de produtos goianos no mês de maio, seguida pela Espanha com 6,69%, Estados Unidos, 3,43%; Holanda, 3,08% e Hong Kong, 2,84% encerra os cinco maiores compradores para o mês de maio. Para o período entre janeiro e maio, a China também lidera com 51,40% das compras dos produtos vendidos por Goiás. Espanha aparece em segundo com 5,03%, Holanda, 3,84%; Estados Unidos, 3,36% e Hong Kong, 2,34%.

Dentro da pauta de importações, considerando os itens de maior volume de vendas, destaque para produtos farmacêuticos, que registrou em maio variação positiva de 7,10% no mês de maio, adubos/fertilizantes fechou em 3,62%. Já máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos atingiu variação de 12,09%. A China foi o País que mais comprou itens goianos, mas foi também o que mais vendeu, respondendo por 17,47% das vendas. Em seguida vem a Alemanha com 17,19%, Estados Unidos, 16,07%; Suíça, 8,94%; e Irlanda, 6,31%, entre outros.  

 

OPINIÕES E COMENTÁRIOS

A pandemia do COVID-19 tem causado alterações na balança comercial dos países e impactado diferentemente os estados membros do Brasil. Estados com base exportadora no agronegócio tem se mantido mais estáveis nas exportações, como é o caso de Goiás. Os diferentes momentos de abertura das quarentenas ou mesmo lockdowns feitos por alguns países criam ondas de demandas fora das séries históricas habituais em alguns produtos.
Para Plínio Viana, superintendente de Atração de Investimentos Internacionais da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços; “é uma das maiores participações de Goiás nas exportações brasileiras, correspondendo a 4,59% de tudo que foi exportado no Brasil. Enquanto as exportações brasileiras tiveram um decréscimo de -12,89% em relação a maio/2019, as exportações goianas cresceram 39,52% em relação ao mesmo mês de 2019”, disse. 
A importação em maio e no acumulado do ano segue em decréscimo tanto no Brasil quanto em Goiás. Produtos farmacêuticos, fertilizantes e combustíveis são alguns dos produtos que se mantêm em alta e mostram o começo da recuperação das indústrias desses setores, porém veículos e auto partes, com queda de -71,37% confirmam a queda de 80% nas vendas de automóveis anunciada pela associação do setor e puxam consideravelmente o resultado das importações para baixo, devido ao seu alto valor agregado. 

Ainda assim, houve aumento nas importações na comparação entre abril de 2020, onde houve uma queda de 22,5%, e em maio a queda foi de apenas 9,3%, o que demonstra a retomada econômica do Estado, com as empresas voltando a importar.

Segundo Adonídio Neto Vieira, secretário em exercício da SIC, “no geral, considera-se que, em virtude das intempéries mundiais causadas pelo COVID-19, a balança comercial goiana tem reagido bem. Com exceção das importações, que são muito importantes para a economia goiana, pois são fundamentalmente insumos para o setor produtivo, os demais produtos têm apresentado suas sazonalidades habituais e a recuperação da demanda dentro e até mesmo, às vezes, acima do esperado, o que tem confirmado, mais uma vez, a força da economia de nosso Estado”, explicou.
O superintendente de Negócios Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (SEDI), Edival Lourenço Jr, destaca o crescimento substancial da participação de Goiás nas exportações brasileiras e aponta a excelente performance dos quatro principais itens de exportação de nossa pauta. 

Edival também destaca o nível de importância que o mercado chinês representa para Goiás “55% de tudo que exportamos foi pra China. Com a normalização pós-pandemia e retomada gradual da economia chinesa, Goiás já demonstra ter sido positivamente impactado pela crescente demanda por alimentos e minerais”.
Goiás, onde o Agro é um setor importante tanto na economia, quanto na geração de emprego e renda, tem sofrido menos que outros Estados os efeitos negativos da pandemia, em abril o setor foi o único a ficar com saldo positivo no balanço do CAGED, gerando 600 novos postos de trabalho com carteira assinada no campo.

Conforme apontado, no acumulado até o mês de maio, as exportações aumentaram 39,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Para Donalvam Maia, Superintendente de Políticas Agrícolas, Agronegócios e Irrigação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento “Esse aumento foi puxado pelas exportações vindas do setor agropecuário, que ficou na ordem de 53,5% no valor em dólares em relação ao mesmo período do ano passado, reflexo de uma maior competitividade dos produtos agropecuários brasileiros e goianos no mundo”, disse.

Na comparação de maio desse ano com o mesmo mês de 2019, houve aumento das exportações e a variação chegou a 39,52%. Goiás vendeu em maio daquele ano o equivalente a US$ 590 milhões e agora, em 2020, atingiu US$ 823 milhões. Já o Brasil teve saldo negativo de -12,89% quando comparado o mês de maio de 2019 com 2020. 
Em relação à pauta de importações, houve queda de -9,30 quando comparado maio de 2019 com maio de 2020. A pauta nacional também foi negativa, nesse mesmo período, e fechou com -10,53%. 

 

FONTE: SECRETARIAS DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SEDI E SEAPA

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