Resposta de empresas inovadoras de Goiás surpreende gestores do Criatec II


Participação goiana no fundo aumentou em 67% após encontro promovido pela SED 

Empresas inovadoras emergentes das cidades de Goiânia, Anápolis e Rio Verde já apresentaram projetos de inovação tecnológica ao fundo de investimento e participação Criatec II, do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), surpreendendo positivamente os gestores da regional Centro-Oeste. O aumento da participação dos empreendedores goianos de 67% no fundo se deu após a realização do 1º Painel de Fomento a Empreendimentos Inovadores, promovido no início de julho, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Inovação (SED), por meio da Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia.

Além da diversidade em termos de localização geográfica, as propostas são representativas das diferentes áreas de abrangência do fundo, que contempla projetos e ideais inovadores em agronegócio, biotecnologia, tecnologia da informação e novos materiais. “O resultado foi um sucesso para o que era a nossa expectativa em Goiás”, afirma o gestor regional do Criatec II, Rafael Moraes, que apresentou o programa do BNDES aos empresários, às incubadoras e aos pesquisadores goianos. Segundo ele, o estado de Goiás ficou muito próximo da performance das empresas do Distrito Federal que tem o maior número de participações.

Para Rafael Moraes, o encontro feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi o principal responsável por essa resposta das empresas emergentes com ideias inovadoras. “Além do grande número de participantes, tivemos qualidade de público, pessoas formadoras de opinião e com acesso aos empreendedores”, destaca o gestor da Triaxis Capital, assessora operacional do fundo que tem a Bozano Investimentos como gestora nacional.

Demanda dos emergentes

Até à realização do 1º Painel de Fomento, conforme observa a superintendente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da SED, Aline Figlioli, a participação de Goiás era praticamente nula, embora houvesse grande demanda das empresas nascentes por recursos para desenvolver seus processos e produtos inovadores. “Só que elas não têm como ir atrás de crédito, pela exigência de garantias; numa operação de crédito, as empresas assumem obrigações para curto prazo”, lembra a superintendente. “Por isso, buscamos reunir todos os atores do ecossistema de inovação do estado para que conhecessem o Criatec II e pudessem acessá-lo”, complementa.

Segundo Aline Figlioli, exemplos dessa demanda existente por parte das empresas emergentes é a grande participação nos dois programas de pesquisa e inovação nas empresas, o PAP Integração e o Tecnova, coordenados em Goiás pela Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG), vinculada à SED. “O Criatec II vem suprir uma lacuna no financiamento das empresas nascentes que querem inovar”, acentua.

No Criatec II, que vai iniciar suas operações com um capital comprometido de R$ 186 milhões para investir em 36 empresas em todo o país, as empresas se tornam sócias do Fundo, dividindo os resultados, positivos ou negativos. “Se um projeto der certo, ambos ganham”, diz Aline Figlioli, destacando que os gestores do Criatec II, além de todo o investimento financeiro, dá suporte gerencial às empresas para se estruturarem e atuarem de forma profissional no mercado.

O Criatec II investe em empresas inovadoras com faturamento líquido anual inferior a R$ 10 milhões no ano anterior ao da aprovação do projeto, visando promover a sua capitalização e aceleração do crescimento. São contempladas as áreas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Agronegócios, Nanotecnologia, Biotecnologia e Novos Materiais. Cada empresa poderá receber, no máximo, R$ 2,5 milhões no primeiro investimento, podendo ainda receber investimentos subsequentes de até R$ 3,5 milhões em outras rodadas de investimento. No entanto, o valor máximo por empresa investida não poderá exceder a R$ 6 milhões.

Novos painéis

Aline Figlioli ressalta que uma empresa não funciona só, ela precisa interagir com o governo, com a universidade, com fundos de investimentos, com instituições como Sebrae, a educação profissional, como a que a SED realiza, enfim, com segmentos que vão apoiar o empreendimento inovador. “O papel da SED é articular todos esses segmentos e fortalecer o sistema no estado, além de apresentar as oportunidades de crescimento às empresas”, diz.

O Criatec II foi a primeira oportunidade apresentada às empresas emergentes. Para agosto, a Superintendência de Desenvolvimento Tecnológico, Inovação e Fomento à Tecnologia da Informação deverá promover a vinda de representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para apresentarem às empresas goianas o Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), destinado à inserção de mestres e doutores em empresas privadas de micro, pequeno e médio porte, preferencialmente, mediante o custeio de bolsas.

Comunicação Setorial
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED)
(62) 3201-5463, 3201-5487

 

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