Piscicultura goiana atinge marca de quase 30 mil toneladas em 2021
Goiás produziu 29,7 mil toneladas de peixe de cultivo no ano passado, sendo 20,2 mil toneladas de tilápia, 9,2 mil toneladas de peixes nativos e 300 toneladas de outros peixes. Os dados são da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) e mostram que Goiás está no 11º lugar no ranking brasileiro.
Também no cenário nacional, a produção fechou em 841 mil toneladas de peixes de cultivo, o que representa um crescimento de 4,7%, quando comparado com o ano anterior. Assim como o registrado em território goiano, a tilápia é o peixe de maior cultivo, representando 63,5% de toda a produção do País.
O pescado também é a preferência dos principais países importadores do produto brasileiro. De todas as vendas internacionais realizadas de peixe pelo Brasil, 88% são de tilápia, com principais destinatários os Estados Unidos (64%); a Colômbia (9%); China (8%); e o Chile (5%).
Dentre os Estados que mais exportaram tilápia, Goiás ocupa o sétimo lugar no ranking, com faturamento de US$ 189,8 mil, ficando atrás apenas do Mato Grosso do Sul (US$ 6,7 mi); Paraná (US$ 6,2 mi); Bahia (US$ 2,2 mi); Santa Catarina (US$ 1,3 mi); São Paulo (US$ 1,1 mi); e Ceará (US$ 190,8 mil).
O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, destaca a potencialidade de Goiás para produção de peixes de cultivo. “O Estado possui cadeia produtiva completa e, no ano de 2021, exportou pela primeira vez para os Estados Unidos, Catar, China e Emirados Árabes, o que confirma a qualidade e vocação goiana”, pontua o secretário.
Investimentos recebidos por Goiás confirmam mais uma vez a potencialidade goiana para a piscicultura. É o exemplo de Minaçu que recebeu R$ 30 milhões para implementação de criadouro de peixe de larga escala e frigorífico. A expectativa é de que a produção da empresa chegue em 3 milhões de toneladas de tilápia por ano até 2024 e geração de 185 novos empregos, sendo 155 diretos e 30 indiretos.
A empresa que se instalou no Norte goiano é proveniente de Rondônia e decidiu fechar suas instalações no Estado e criar uma empresa 100% goiana, aproveitando toda a expertise adquirida durante os 12 anos no mercado e os incentivos de Goiás.
Dentre as vantagens de implementar a atividade em território goiano, os sócios proprietários da Super Fish, Cristiane de Oliveira e Roberto de Paula, ressaltam a vocação do município e potencialidade para instalação de criadouros; facilidade com licenças que “em outros Estados demoram anos para se concretizar, em Goiás conseguiram em meses”; mão de obra facilitada; e infraestrutura de escoamento.
Além disso, no ano passado, o Estado resgatou o crédito outorgado de 5% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual, que na prática reduziu o tributo de 12% para 7%.