A reunião do Conselho de Administração do Consórcio Brasil Central (BrC), que deu início às atividades do 7º Fórum de Governadores do Brasil Central nesta quinta-feira, 03/03, em Goiânia. No encontro, secretários de Estado de Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins discutiram a integração logística entre o Centro-Oeste e a região Norte do país, além de taxas de juros, oportunidades de financiamento, investimento e cooperação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O óbvio nem sempre é o caminho mais fácil de se tomar. Reduzir as taxas de juros é importante para impulsionar a economia em um momento que os Estados se viram obrigados a realizar fortes ajustes fiscais. Talvez isso não fosse necessário se tivéssemos uma taxa de juros mais adequada”, avaliou o secretário de Desenvolvimento Econômico Thiago Peixoto, que é membro do Conselho de Administração do BrC.

Para o secretário de Assuntos Estratégicos do Mato Grosso, Gustavo Oliveira, é necessário que o Consórcio Brasil Central concentre suas discussões em uma agenda de resultados, sempre com foco na competitividade. “Nossa agenda é a do desenvolvimento. Temos que falar do momento em que se encontra nossa economia, mas também de competitividade”, destacou.

Nesta sexta-feira, 04/03, os governadores saem do fórum de Goiânia com um documento que será entregue à presidenta Dilma Rousseff, em reunião em Brasília. Sobre isso, Gustavo acredita que é necessário que os governos que compõem com o Consórcio Brasil Central estejam alinhados para que possam apresentar os gargalos regionais para o governo federal. “Nossas demandas por infraestrutura logística e competitividade são as mesmas”, disse. “Não dá para falar do Brasil Central sem falar em logística”, arrematou Thiago Peixoto.

O Fórum de Governadores do Brasil Central nasceu em Goiás com uma pauta agressiva do ponto de vista do desenvolvimento. Thiago destacou ainda o ineditismo do Fórum dos Governadores, criado há quase um ano em Goiânia, que reúne Estados das regiões Centro-Oeste e Norte do país. “Mais que um movimento político, se criou uma ferramenta importante de desenvolvimento regional”.

Na reunião, o empresário presidente do grupo José Alves, José Alves, levou professores do departamento de Economia das Faculdades Alves de Faria (Alfa) para apresentarem um estudo sobre a alta taxa de juros aplicadas no país. Na apresentação, o mestre em finanças públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Amir Khair, explicou que existe uma trava ao crescimento que tem sido mantida e ampliada: a taxa de juros.

“No Brasil, há um exagero de taxas que travam o crescimento econômico. Nosso país está na contramão da história e não aproveita os diferenciais competitivos de outros países”, declarou Amir.