-Governo e empresários goianos unidos para garantir o abastecimento de produtos-


Caminhões com combustível, medicamentos, alimentos, gás, animais vivos e outros produtos perecíveis estão sendo e continuarão a ser escoltados nas rodovias goianas pelas forças policiais enquanto persistir a greve dos caminhoneiros, que já dura 9 dias.  A decisão foi tomada em reunião do Gabinete de Monitoramento da Paralisação do Transporte Rodoviário de Cargas (GMPTC). O objetivo da medida é garantir o abastecimento em todo o Estado.

A medida foi divulgada nas redes sociais do Governo do Estado e comunicado aos representantes do setor produtivo goiano pelo secretário de Governo, João Furtado, durante reunião realizada na tarde desta terça-feira (29/05), no gabinete do Secretário. Os empresários estão confiantes que, a partir de agora, a economia goiana voltará a se movimentar graças ao apoio que o governador José Eliton está garantindo ao setor produtivo, escoltando os caminhões de cargas para levar as mercadorias até as indústrias e aos pontos finais de consumo.

O secretário de Governo João Furtado propôs criar um canal aberto de comunicação com os empresários para fazerem, em conjunto, o monitoramento da crise do abastecimento e marcou uma nova reunião para as 16h30 desta quarta-feira, em seu gabinete.

O presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Brasil (Adial Brasil), José Alves, acredita que agora o problema do escoamento das mercadorias caminha para uma solução graças a interferência do Governo do Estado em escoltar os veículos de cargas, contando, inclusive, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. “Empresários e Governo estão juntos na busca da solução desse problema e em busca da ordem e do progresso”, disse ele.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Açúcar e Etanol (Sifaeg), André Rocha, informou que, graças a ação do Governo do Estado, estão conseguindo a liberação de tráfego de caminhões em várias vias do território goiano.

Ele ressaltou que empresários e governo estão preocupados com a queda da movimentação da economia. “Se não tem produção, não tem vendas e, portanto, não haverá empregos e nem arrecadação de tributos”, lembrou.

Participaram da reunião na Segov, além do secretário João Furtado, o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Silvio Vasconcelos; o delegado Geral da Policia Civil, André Fernandes, e os representantes da Adial Brasil, da Adial Goiás, Da Associação Goiana de Supermercados, da Federação das Indústrias, do Sindicato da Indústria da Alimentação e do Sindicato da Indústria de Açúcar e Etanol além de outros empresários.

Levantamento

Um levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento apontou que os produtores de leite e de verduras e frutas, localizados na Região do Entorno de Goiânia, já estão conseguindo levar seus produtos até as indústrias e à Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), com a escolta policial. Os avicultores também pediram hoje o apoio do Governo, o que foi prontamente atendido pela Secretaria de Segurança Pública.

A queda do movimento nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), do início da greve dos caminhoneiros até hoje (29/05) chega aos 70%. Devido à baixa oferta, alguns produtos atingiram preços proibitivos, como o caso emblemático da batata inglesa, que dos R$ 70,00 o saco de 60 quilos, registrou salto para os R$ 500,00 constatados hoje.

Também estão em falta cenoura, cebola, mamão e outras frutas (uva, pêssegos, kiwi e outras) que não são produzidos em Goiás, e portanto, vem de outros Estados, tendo de passar em rodovias onde têm bloqueios feitos pelos caminhoneiros grevistas.

Os empresários ainda não têm como avaliar os prejuízos totais com a falta de produção e escoamento dos produtos. Mas no caso do leite as indústrias estão deixando de beneficiar cerca de 7 bilhões de litros/doa e os produtores acumulam prejuízo diário de R$ 10 milhões.

Das 70 indústrias de carnes instaladas em Goiás cerca de 10 estão em operação. Os trabalhadores entraram em recesso e o prejuízo estimado é de R$ 10 milhões/dia, de acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes.

No caso dos avicultores a situação não é diferente. Nos últimos 9 dias, cerca de 70 milhões de aves já morreram em Goiás por falta de alimentação com prejuízo de mais de R$ 50 milhões.

No Estado tem 28 indústrias sucroenergérticas paradas por falta de insumos e de óleo diesel.  Os donos de panificadoras reclamam da falta de leite e também de farinha de trigo e ovos para fazerem as quitandas. A previsão é que o setor venha parar nos próximos dois dias.

As farmácias ainda têm um pequeno estoque de medicamentos. Mas as indústrias do polo farmacêutico de Anápolis reclamam que já não tem óleo para rodar as caldeiras. E os estoques de medicamentos estão crescendo e não há como escoar porque que faz o transporte dessas cargas são as transportadoras e os veículos estão parados nos pátios ou em bloqueios nas rodovias.

 

Comunicação Setorial – SED

Governo na palma da mão

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