-Em Abu Dhabi, Hamad Al Almeri dá apoio para indústria bélica em Goiás


O tempo é perfeito” para viabilizar investimento, diz o CEO Hamad Al Almeri, que abriu nesta sexta-feira (07/10) as portas do Emirates Palace para receber delegação goiana e aceita convite do titular da SED, Luiz Maronezi, para visitar Estado. “Não estamos falando em compra de armas, mas em transferência de tecnologia com know-how alemão”, diz Emmanuel Henrique, superintendente de Ações e Operações Integradas da SSPAP

O CEO Hamad Al Almeri disse nesta sexta-feira (07/10) em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, que dará “100 por cento de apoio” para materializar uma unidade da Caracal International  LLC em Goiás, caso o projeto obtenha o aval das autoridades brasileiras. CEO da indústria especializada em armamentos de ponta destinados exclusivamente às forças de segurança pública, ele fez questão de receber a delegação goiana que negocia o empreendimento no imponente Emirates Palace Hotel. “Damos o sinal verde”, destaca. A previsão é de que sejam gerados, com a consolidação do projeto, cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos.

Ao receber convite formal do secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), Luiz Maronezi, para que visite Goiás, Al Almeri aceitou imediatamente e já estuda uma data ainda para este ano. Ele recebeu a comitiva goiana em almoço num dos símbolos mais poderosos de Abu Dhabi, o Emirates Palace, e conduziu o encontro com o máximo de informalidade. “O tempo é perfeito”, pontuou Hamad Al Almeri ao se referir às conversações com autoridades do Estado, considerado estratégico para fincar as bases da empresa no Brasil e na América Latina. “Senti na mente e no coração que as coisas iriam acontecer no momento certo”, profetizou.

Além do titular da SED, estavam presentes no almoço, pela parte brasileira, os empresários que tomaram a iniciativa do empreendimento, Paulo Humberto Barbosa e Augusto de Jesus Delgado, e o superintendente de Ações e Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), delegado federal Emmanuel Henrique. Como representantes da Caracal International participaram o chefe de Operações da empresa, o germânico Robert Hirt e a diretora de Marketing Comercial, Sandra Maria Schlegel.

“Não estamos falando em compra de armas, mas em transferência de tecnologia com know-how alemão”, diz o delegado federal Emmanuel Henrique, ao observar que o Brasil não pode perder essa oportunidade histórica.

A ideia concebida pelos empresários goianos Paulo Humberto Barbosa e Augusto de Jesus Delgado e negociada com o príncipe prevê, de imediato, a concepção de um plano de viabilidade para o empreendimento. Na sequência, será elaborado um projeto para o início das atividades da indústria, primeiramente para montagem de peças e tendo como objetivo central a fabricação de armas em Goiás e transferência de tecnologia, uma iniciativa que tem a marca do pioneirismo.

Durante o encontro, o empresário Paulo Humberto Barbosa remontou o histórico do empreendimento, desde o primeiro e-mail enviado à Caracal até as negociações diretas. “Todos os acordos foram cumpridos integralmente”, afirma.  As negociações, que começaram há dois anos entre goianos e a indústria dos Emirados Árabes Unidos, avançaram nos últimos meses depois que o governo brasileiro acenou com a possibilidade de quebra do monopólio da empresa gaúcha Forjas Taurus. A Caracal Brasil foi planejada para entrar em funcionamento em aproximadamente 12 meses, a partir das formalizações institucionais. “Estamos empenhados num projeto que significa quebra de paradigmas num país que precisa de equipamentos de ponta para a segurança pública”, afirma Paulo Humberto. “O Brasil se apresenta como um mercado essencial, em face da necessidade de equipar as forças policiais”, diz Algusto Delgado.

De acordo com o diretor de Operações da Caracal, Robert Hirt, a empresa trabalha com os mais elevados padrões de fabricação de armas, dentro da visão “redefinindo excelência para um mundo mais seguro”. A unidade realiza todas as fases do processo de fabricação e, para alcançar o alto grau de precisão, possui uma equipe mundialmente reconhecida e que trabalha em conjunto com uma nova geração de especialistas.

Recentemente, a Caracal tem firmado acordos de cooperação com indústrias bélicas dos Estados Unidos e da Koreia, entre outros países, com o objetivo de aprimorar processos e incorporar novas tecnologias aos seus produtos, inclusive pelo compartilhamento de experiências e conhecimentos. De acordo com Robert Hirt, as armas produzidas pela Caracal International são reconhecidas em todo o mundo por atender com precisão altos requisitos táticos.

 

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