Comércio goiano cresce e atinge recorde de série histórica, diz IBGE

Pesquisa Anual do Comércio estimou para Goiás 68,5 mil unidades, maior número em 16 anos; comércio varejista registra aumento de 11,4%

O número de estabelecimentos comerciais em Goiás teve aumento de 8% em 2021, em comparação com o ano anterior, e atingiu novo recorde na série histórica da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 4. Goiás chegou a 65,8 mil unidades locais de empresas comerciais.

O comércio varejista teve alta de 11,4% no período analisado pelo IBGE e concentra 73,7% do total de unidades locais do estado, com 50,5 mil estabelecimentos. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas apresentou um leve recuo, de 0,3%, mas ainda assim é responsável por 10,4% do total de unidades comerciais no estado. O comércio por atacado também apresentou oscilação negativa de 0,7% e detém 15,9% do total.

“A pesquisa tem o recorte de um período difícil para a economia brasileira, que foi a pandemia de Covid-19. Goiás não deixou de ter impactos, mas nossos resultados, hoje, são muito superiores à média nacional”, pontua o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho. 

O secretário observa que dados do último ano mostram aumento de 7,7% no agronegócio, de 7,5% na indústria e de 6,2% nos serviços. “O PIB de Goiás cresceu 6,6%, enquanto a média nacional foi de 2,9%”, aponta. Esse desempenho tem reflexo também na geração de empregos.

Empregos e salários
Em 2021, o comércio goiano empregava 348,4 mil pessoas. Desse total, 68,0% trabalhavam no comércio varejista, 19,1% no comércio por atacado e 12,9% no comércio de veículos, peças e motocicletas. Na comparação com o ano anterior, o comércio de veículos, peças e motocicletas subiu em 11,2% o número de pessoal ocupado, saindo de 40,5 mil para 45,0 mil pessoas. 

O comércio por atacado subiu 3,9%, saindo de 64,0 mil pessoas para 66,5 mil. O comércio varejista, por sua vez, cresceu 1,4% o total de pessoal ocupado em 2021, saindo de 233,7 mil para 236,9 mil pessoas.

O salário médio mensal pago no comércio goiano em 2021 foi de R$ 1.878,78, o equivalente a 1,71 salário-mínimo. O maior pagamento veio do comércio por atacado, que tinha o salário médio mensal de R$ 3.037,05, o equivalente a 2,76 salários mínimos vigentes.

Goiás é o sétimo em comércio de veículos

Goiás é o sétimo estado no país no número de empresas de comércio de veículos, peças e motocicletas, com 7.151 unidades cadastradas. Quando se considera o número global de unidades locais de empresas comerciais, o estado fica na oitava colocação, com 68,5 mil, aponta a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Goiás responde por 32,0% da receita bruta de revendas de mercadorias da região Centro-Oeste. Além disso, destaca-se também o fato de que o estado tem a oitava maior receita bruta do país no comércio por atacado e no comércio varejista.

A pesquisa também investigou a receita bruta de revenda de mercadorias das empresas comerciais. Em 2021, o setor comercial apresentou R$ 220,4 bilhões em receita bruta de revenda de mercadorias no estado, o que correspondia a 3,7% da receita nacional (R$ 6,0 trilhões). 

Destaca-se que 52,0% dessa receita é oriunda do comércio por atacado (R$ 114,6 bilhões), 38,3% é proveniente do comércio varejista (R$ 84,5 bilhões) e apenas 9,6% vem do Comércio de veículos, peças e motocicletas (R$ 21,3 bilhões).

A pesquisa

A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio no país. O IBGE destaca que essas informações são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

Foto: Rodrigo Cabral

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