Artigo: Goiás na liderança da nova economia que vai surgir no pós-crise


Para caracterizar um processo de desenvolvimento econômico, devemos observar ao longo do tempo a ocorrência simultânea de diversos eventos. Dentre eles, cabe destacar o aumento do rendimento per capita, a redução das desigualdades sociais, a melhoria das condições de saúde e a educação e moradia.

O conceito de desenvolvimento econômico transcende o conceito de crescimento econômico. Ou seja, não se limita ao aumento do produto ou do produto per capita. Mas para que haja ‘desenvolvimento’ é necessário que haja ‘crescimento’.

Na verdade, a ideia de crescimento econômico é um tanto recente. Antes do capitalismo, as sociedades permaneciam em estágios comparativamente estagnados. Eram basicamente agrícolas e variavam pouco ao longo dos anos, excetuando períodos de boas ou más colheitas, de guerras e epidemias.

O capitalismo, alicerçado na concorrência e as consequentes mudanças tecnológicas, alterou por completo as estruturas dessas sociedades.

Para que se tenha uma ideia, no século XX, a produção mundial cresceu mais do que 30 vezes, enquanto a população mundial dobrou. Significa um incremento na renda per capita acima de 15 vezes! Um verdadeiro salto na produtividade do trabalhador, o principal condicionante do crescimento econômico.

Não tem conversa! Incrementos na produtividade do trabalhador, na capacidade de produzir mais com menos será a pauta do milênio.

O governador Marconi Perillo tem, de forma clara, esse entendimento: são necessárias ações firmes e ousadas no sentido de aumentar a produtividade da nossa economia para que nosso Estado assuma uma posição de vanguarda e de prestígio no cenário nacional e internacional nos próximos anos.

Esse é o desafio: aumentar, de forma expressiva, a produtividade do trabalhador goiano. Apesar de todas as conquistas recentes, ainda dá prá avançar e muito. Basta perceber que, enquanto temos a 9ª economia do país, estamos ainda na 11ª posição no ranking nacional de renda per capita. Isso significa que a produção média do goiano não corresponde ao tamanho da nossa economia.

A literatura econômica é taxativa ao enunciar os principais determinantes da produtividade: mão de obra qualificada e novas tecnologias.

O mandato passado do governador Marconi Perillo teve como foco a preparação de nossos trabalhadores. Executamos o maior programa estadual de qualificação profissional do país, o Bolsa Futuro, quando mais de meio milhão de trabalhadores foram capacitados nas mais diversas áreas da economia. Em relação ao Pronatec, ficamos em primeiro lugar no ranking do MEC entre todos os sistemas estaduais, quando, coordenado pela então Sectec, o governo de Goiás ofertou 21 mil vagas, vindo Minas Gerais em 2º lugar com 11 mil.

Preparamos, assim, no governo passado, uma mão de obra capaz de lidar com novas tecnologias.

Agora, é a hora da inovação.  Esse é o foco do 4º mandato do Governador Marconi. O investimento de R$ 1 bilhão em inovação, através do Inova Goiás, sob a articulação do secretário de  Desenvolvimento e vice-governador José Eliton, permitirá que Goiás passe a contar com a mais avançada plataforma do país em ciência e tecnologia, permitirá aumentar a base tecnológica de nossas empresas, criará mecanismos para que as melhores técnicas produtivas cheguem ao mercado, e tornará o setor produtivo goiano referência nacional e internacional em diversas áreas da economia.

O governo de Goiás tem a nítida percepção da diferença entre tecnologia e inovação.  De nada adianta a existência de novas técnicas, novos processos produtivos se eles não chegarem ao mercado, se eles não forem adotados pelas empresas. É essa passagem que caracteriza inovação tecnológica: a adoção de novas tecnologias por parte das empresas.

Em recente artigo, o governador Marconi chamou a atenção para a necessidade de um Pacto pela Inovação em Goiás, num esforço conjunto do governo, universidades, institutos de pesquisa e, sobretudo, do setor produtivo.

A escolha do secretário e vice-governador Dr. José Eliton para coordenar esse processo demonstra, de forma clara, a envergadura do projeto.

Agora, o governador Marconi Perillo dará um passo além ao anunciar, nos próximos dias, investimentos da ordem de R$ 1 bilhão até 2018 para fomentar a inovação em nosso Estado, através do Inova Goiás.

Goiás mais uma vez se coloca na vanguarda ao não se intimidar com dificuldades do momento. A hora é agora! O processo de inovação, ao catalisar governo, universidades, empresários, trabalhadores criará as bases necessárias para que nosso Estado assuma papel de destaque na nova ordem econômica que surgirá do pós-crise.

Artigo publicado na edição desta quinta-feira (27 de agosto) do jornal Diário da Manhã. 

Mauro Faiad é superintendente executivo de Ciência & Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED)

 

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