Artesãos goianos se destacam na XVI Fenearte, em Olinda (PE)
Estado foi quinto melhor no ranking nacional com venda de mais de seis mil peças artesanais
A presença dos artesãos goianos na maior feira de artesanato da América Latina, a XVI Fenearte, realizada em 2 a 12 deste mês, em Olinda, Pernambuco, superou as expectativas e rendeu ao estado de Goiás a quinta colocação em vendas, entre os estados brasileiros. Foram comercializadas 6.443 peças confeccionadas por artesãos de todo o estado, totalizando um volume de R$ 141.754,00, mais de 40% acima do esperado pela Gerência de Artesanato da Superintendência Executiva de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), responsável pela participação dos artesãos no evento.
Os principais destaques do estande de Goiás no Centro de Convenções de Pernambuco foram as peças feitas pelos artesãos Maria de Fátima Dutra Barros, a Fatinha, de Olhos D’Água; Ivanilde Reis do Nascimento e Cleziania Ribeiro, de Alexânia; Carlos Antônio, de Aparecida de Goiânia; e Ernesto Antônio, de Goiânia. Entre outros talentos goianos estavam, ainda, Valmir Neves, de Aparecida de Goiânia; dona Waldira Rodrigues, de Goiânia; Nico Miranda, de Jataí; Lourenço Menezes, de Silvânia; Hilda Freire, de Alexânia, Mestre Cambota, também da capital; Ádria Lopes, de Goiás; Jurandir, de Caiapônia; Clemente Maciel, de Pirenópolis; Alessandro Ribeiro, de Cristalina; e Edmilson, de Formosa. Ao todo, foram expostos trabalhos de 122 artesãos de 55 municípios goianos.
Segundo o gerente de Artesanato da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas da SED, André Franco, a presença do artesanato goiano em Pernambuco abre novas perspectivas para os artesãos que expõem seus trabalhos, vendem e ainda fecham negócios futuros, com encomendas que vão incrementar suas atividades por longos meses. Um exemplo disso foi uma encomenda de 25 mil flores artesanais a uma artesã de Olhos D’Água para ser entregue durante todo o ano de 2016.
No ranking nacional, Goiás ficou atrás apenas de estados em que o artesanato tem grande tradição. Pernambuco, promotor do evento, ficou em primeiro, comercializando R$ 182.421,00; Piauí ficou em segundo, com um volume de vendas de R$ 178.804,00; em terceiro ficou Alagoas, que vendeu R$ 160.393,00; e em quarto lugar, o Pará, que comercializou R$ 154.456,00. Apenas o estado do Pará comercializou mais peças que Goiás, negociando um total de 10.590 peças.
Para o superintendente de Micro e Pequenas Empresas, Thiago Falbo, os esforços do governo para promover e divulgar o artesanato goiano visam principalmente dar visibilidade ao trabalho dos artesãos, possibilitando a muitos deles deixar a zona de vulnerabilidade econômica em que se encontram. “O artesão pode se tornar um empreendedor e alcançar a autonomia tão necessária à conquista de mais segurança financeira, importante fator para a manutenção de suas atividades e de uma vida com mais dignidade”, acentuou.
Intercâmbio
O gerente de Artesanato lembrou que a Fenearte promove a participação dos estados brasileiros e de outros países e movimenta a cadeia de negócios do setor de artesanato, e destacou que os dez dias de feira permitiram o intercâmbio cultural dos artesãos com outras regiões, outros estados e outros países. Além das exposições, a Fenearte oferece oficinas de xilogravura, atividades infantis, desfiles de moda, shows musicais e atrações em espaços temáticos, salão de arte e roda de negócios.
Este ano, a Fenearte homenageou o poeta popular Lourival Batista, o Louro do Pajeú, que faria 100 anos em 2015; e o artesão Manoel Borges da Silva, o mestre Nuca, de Tracunhaém. Mais de 5 mil expositores de mais de 50 países participaram desta que foi a 16ª edição da feira que tem por objetivo incentivar a produção cultural e artesanal em todo o país.
Comunicação Setorial
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED)
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