FCO aplica R$ 100 bilhões em 32 anos na Região Centro-Oeste

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) atingiu a marca histórica de R$ 100 bilhões aplicados no desenvolvimento do Centro-Oeste em todo seu período de desempenho. Dessa ordem, Goiás foi contemplado com R$ 35,3 bilhões no período de 1989 a 2021. Apenas este ano, o Estado recebeu R$ 3,08 bilhões, que foi recorde de recebimento anual, fora o valor destinada à Região do Entorno do Distrito Federal (Ride).

Realizada nesta sexta-feira (17), a 371ª reunião do Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (CDE/FCO) encerra a aprovação de cartas-consultas em 2021. No ano, R$ 3,08 bilhões em financiamentos foram aprovados para cerca de sete mil empreendimentos instalados em território goiano, com previsão de gerar 270.682 empregos.

O titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna, comemorou os resultados do FCO no ano de 2021, lembrando que nesse período o convívio com os efeitos da pandemia foi diário, mas mesmo assim os empresários seguiram promovendo investimentos e gerando milhares de empregos no Estado.

“O FCO é uma ferramenta fundamental para alavancar a economia de Goiás. E este ano foi ainda mais importante diante do cenário de incertezas que a pandemia gerou. Estamos num processo de recuperação e esse crédito com juros menores ajuda os empresários a manterem suas portas abertas. O governo de Goiás certamente vai trabalhar para ter mais avanços no próximo com o Fundo”, disse Joel.

A preferência para aprovação de financiamentos em 2021 foi para empreendimentos de menor porte. O CDE/FCO atingiu a meta de enviar mais de metade dos recursos para esse grupo. Cerca de 86% das contratações de Goiás do ano foram para micro, mini, pequenos e pequeno-médios empresários e produtores, enquanto apenas 13,62% contemplou médios e grandes empreendimentos de ambos os programas.

O secretário de Agricultura, Tiago Freitas, fez análise do FCO rural para Goiás no ano. “Balanço foi positivo dentro dos objetivos que o Governo do Estado tem, que é botar recurso na mão de mais produtores. Isso ocorreu de forma excepcional”, comemorou o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Dos 246 municípios goianos, 243 foram contemplados com pelo menos um projeto do FCO. A meta de 12% das contratações totais serem destinadas às cidades da Região Norte e Nordeste do Estado também foi alcançada. Ainda no final de outubro, 20,6% do aprovado já havia sido atribuído a ambas as localidades.

O presidente do Conselho Deliberativo e titular da Retomada, César Moura, reforçou que os números do FCO em 2021 são resultados de todo o trabalho desenvolvido desde o início da gestão do governador Ronaldo Caiado.

“Começamos a ver hoje resultado de um trabalho que começou lá atrás, mais pulverização, mais apoio às pequenas empresas, pequenos produtores sendo atendidos, distribuição mais correto e o principal, um Conselho que discute os assuntos sem melindres. Esse é o principal legado que temos com esse balanço, um conselho bem ativo e o dinheiro do FCO sendo usado o mais próximo para o que ele foi criado”, pontuou César.

O montante contratado por Goiás em 2021 se consolida com a última aprovação do CDE/FCO, desta sexta-feira, de mais 63 financiamentos na ordem R$ 74,59 milhões, que devem criar mais 208 novos cargos.

Dentre as cartas aprovadas, 11 contemplam empresários, que somam R$ 15,56 milhões e devem criar 113 postos de trabalho. Já os outros R$ 59,02 milhões contemplam 52 produtores rurais, que têm previsão de possibilitar a empregabilidade de mais 95 funcionários.

Dos financiamentos, 29 são para empreendedores de pequeno porte, no total de R$ 27,64 milhões; 22 para pequeno-médios (R$ 28,88 milhões); 11 para médio (R$ 17,04 milhões); e apenas um financiamento para empreendimento de grande porte (R$ 1,02 milhão).

O secretário da Retomada ainda projetou que para 2022 são esperados no mínimo R$ 3,2 milhões para Goiás do FCO, que podem chegar a 3,7 bilhões.

O presidente executivo da Associação Pro-Desenvolvimento (Adial), Edwal Portilho, pontou as necessidades de destinação de recursos para o próximo ano. “Pós pandemia nós precisamos buscar investimentos dessas áreas que agreguem valor ao estado e que façam que a agroindústria continue crescendo no nosso Estado”, reforçou.

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