Goiás participa da 17a. Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), considerada a maior da América Latina, que terá como tema este ano “Artesanato, arte brincante” e será realizada desta quinta-feira (07/06), a 17 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco. Este ano a novidade no estande de Goiás é a participação de três associações de artesãos, uma de Goiânia, e outras duas do interior: uma de Cristalina (pedras e cristais) e outra de Pirenópolis (jóias em prata).

Quem visitar o estande de Goiás na Fenearte em Olinda poderá também comprar o delicioso doce de leite do município de Jataí, além de degustar uma boa cachaça artesanal goiana feita em Posselândia, distrito de Guapó. Segundo a curadora do Programa do Artesanato Goiano, Miriam Pereira Fagundes, “a Fenearte é uma grande oportunidade de valorizarmos as coisas típicas de Goiás, principalmente o artesanato de raiz, que vem do nosso bioma, o Cerrado. Este ano estamos levando pela primeira vez peças de artesãos da Chapada dos Veadeiros . Obras feitas em madeira pelo artesão José Pereira dos Anjos de São Domingos e em fibra vegetal pela artesã Deltina Dias da Silva de Mambaí, descobertos e cadastrados recentemente pela nossa equipe.

O estande goiano será um dos cinco maiores da área reservada ao PAB, Programa do Artesanato Brasileiro, devido aos excelentes resultados que a equipe do PAB/Goiás da SED tem obtido nos últimos dois anos na descoberta de novos artesãos e trabalhadores manuais e também no cadastramento para que eles possam receber a Carteira Nacional do Artesão, documento que dentre muitos benefícios concede em Goiás, isenção de ICMS e permite ao artesão que ele venda suas peças com nota fiscal avulsa.  Além disso, os portadores da Carteira Nacional do Artesão podem ter suas peças expostas e comercializadas nas principais feiras de artesanato do país através do Programa do Artesanato Goiano da Superintendência de Micro e Pequena Empresa da SED/GO.

O Gerente de Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento, André Franco, está com sua equipe na Fenearte deste ano levando mais de 6 mil peças de 140 artesãos goianos. “A Fenearte além de ser uma feira de comercialização é também um evento onde ocorrem inúmeras trocas de experiências e valioso intercâmbio cultural. Nela ocorre uma sinergia por vezes lúdica, por vezes mágica, entre as culturas das cinco regiões do Brasil. É muita gente junta, muita energia no ar. Para se ter uma idéia, o público na Fenearte gira em torno de 25 mil pessoas de segunda a sexta e passa dos 60 mil visitantes nos fins de semanas”, comentou. O público previsto pata a edição deste ano é de mais de 350 mil pessoas.

Estarão representados na feira vários mestres artesãos do nosso Estado, tais como: Lourenço Menezes, José Cambota, Ernesto Antônio e Dona Waldira Maria de Goiânia; Carlos Antônio e Valmir Neves de Aparecida de Goiânia; Alessandro Ribeiro, Charlles Soto e Neuza Biacchi de Cristalina; Edvanaldo de Anápolis; Nico Miranda de Jataí, Ronaldo Luís de Buriti Alegre; Edmilson de Formosa;  e os artesãos, Sebastião Lourenço, Fatinha, Hilda Freire e Ivanilde dos Reis todos do distrito de Olhos D´Água, município de Alexânia.

Na edição do ano passado, Goiás foi um dos destaques da Fenearte, ficando atrás apenas do Estado anfitrião, Pernambuco, do Piauí, e do Pará na comercialização de peças de artesanato na Fenearte com um total de aproximadamente 149 mil reais vendidos nos dez dias de feira. “Foi o melhor resultado que já obtivemos na Fenearte”, afirma o Superintendente Executivo de Indústria e Comércio da SED, Victor Hugo Marques de Queiroz. “Será difícil bater este recorde em um ano que crise. No ano passado ninguém esperava ver Goiás em quarto lugar, na frente de estados tradicionais como Minas Gerais, Bahia, e Ceará. Quem sabe possamos surpreender a todos novamente”, ressalta.

Para o Superintendente de Micro e Pequena Empresa Thiago Falbo que fará uma breve visita à feira este ano, “a Fenearte é sempre um momento ímpar no calendário do artesanato brasileiro. É um local de excelência e o nosso estado tem demonstrado nos últimos anos que tem condições de brigar de igual para igual tanto com os estados do nordeste como também com Minas Gerais”, avalia.