17ª edição do Goiás Mostra Artesanato vai até 2 de outubro


Exposição que comemora início da primavera colore saguão do PPLT com ipês de Waldira Maria Rodrigues

Oficialmente aberta desde o dia 23 de setembro, a exposição de Waldira Maria Rodrigues, no saguão do Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), segue aberta ao público até o dia 2 de outubro, sexta-feira próxima. A artesã, que ficou conhecida em todo o país por replicar ipês amarelos, rosas, roxos e brancos, é a convidada da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) para esta 17ª edição do programa Goiás Mostra Artesanato. A exposição fica aberta ao público diariamente, das 8h às 18h.

O programa Goiás Mostra Artesanato é uma das ações da SED, promovidas pela Gerência de Artesanato da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas, para divulgar o artesanato goiano, apresentando individualmente o trabalho de cada artesão. O programa terá, ao final, uma publicação em forma de catálogo com todos os participantes. 

Para a exposição no PPLT, Waldira reuniu cerca de 20 peças artesanais de vários tamanhos. Alguns ipês têm mais de dois metros de altura, outros são pequenos e servem para decorar ambientes menores.

Trajetória

O artesanato sempre esteve presente na vida de Waldira, 60 anos, que é mineira de Patos (MG), mas que chegou a Goiás quando ainda tinha seis meses de idade. Quando menina, fazia de barro os copinhos e panelinhas, e, de palha, as bonecas para brincar. Vivia com a família de uma cidade para outra, carregando sonhos e incertezas. Morou em Jaupaci, São Luis de Montes Belos e depois em Santa Fé, onde vivendo na roça fez seus primeiros ranchinhos de pau-a-pique, talhas, potes, moringas e panelas, pintando com barros de diferentes cores e pôde vendê-las na cidade.

Nessa época, ela aprimorou a técnica do artesanato com o barro, aprendeu a queimar e ampliou os motivos e a criatividade, replicando fachadas de ranchos, de igrejas, currais com rebanho, mulheres amamentando, casais de noivos e outras cenas da vida bucólica na roça e no interior. A sobrevivência da família em meio a grandes carências, entretanto, cobrou de Waldira jornadas de trabalho como doméstica em fazendas da região e em Itaberaí, Jussara e depois em Goiânia.

Casada, Waldira pôde retomar suas atividades como artesã e foi em Manaus que começou a produzir os primeiros ipês utilizando restos de troncos fixados no barro e coloridos com flores de todas as cores e visitados por passarinhos. Aprendeu diferentes técnicas de massinhas para confeccionar os detalhes que enchem de graça suas árvores. Passou um tempo em Roraima, onde consolidou o seu trabalho. De lá pra cá, não parou mais.

De volta a Goiânia, participou de vários projetos como o de valorização do artesanato na praça do artesão no Jardim Zoológico, expôs na Feira Hippie e ficou conhecida na cidade e no estado como a artesã dos ipês do Cerrado. Foi convidada para inúmeras exposições em São Paulo, Rio e Brasília, entre outras capitais, sendo presença certa também em mostras em Corumbá e Bonito (MS).

Além de galhos de árvores secas, Waldira utiliza canas para a base dos ipês. As flores são feitas ora com tecidos, ora com TNT, EVA e até com material plástico. Nos últimos anos, seu trabalho artesanal conta ainda com a força da sua expressão teatral. Waldira criou vários personagens do Cerrado para alegrar festas e solenidades. Entre outras figuras do seu repertório estão a Boneca Val, o Chicão, Roseta e a Menina do Subúrbio.

Fotos: Marcos Prado

Comunicação Setorial
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED)
(62) 3201-5463, 3201-5487

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo