Vendas no comércio varejista crescem 15,98% no 1º trimestre em Goiás.
Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista de Goiás apresentou em março, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 15,11% sobre março do ano anterior, de 8,47% no acumulado de doze meses e 15,98% no 1º trimestre de 2010. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 15,57%, 10,85% e de 16,33%, respectivamente.
O incremento no volume de vendas e na receita nominal de vendas do comércio varejista geral, em março, sobre março do ano anterior, foi inferior ao índice nacional enquanto que, no 1º trimestre, o percentual de crescimento do comércio varejista goiano ficou acima do percentual nacional. No comércio varejista ampliado, o incremento em Goiás foi maior que o brasileiro tanto na variação de março, quanto no acumulado do trimestre, tanto para receitas, quanto para o volume de vendas, conforme é demonstrado nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 1º Trimestre
Segmentos |
Variação (%) |
|||
Brasil |
Goiás |
|||
mar* |
1º Tri* |
mar* |
1º Tri* |
|
Comércio varejista geral |
15,71 |
12,78 |
15,11 |
15,98 |
Combustíveis e Lubrificantes |
6,42 |
5,36 |
3,54 |
2,53 |
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo |
15,34 |
12,39 |
7,10 |
13,19 |
Hipermercados e Supermercados |
15,14 |
12,14 |
7,02 |
13,21 |
Tecidos, vestuários e calçados |
15,67 |
9,53 |
23,81 |
13,81 |
Móveis e eletrodomésticos |
25,67 |
21,65 |
29,92 |
28,70 |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos |
15,14 |
13,39 |
25,07 |
17,76 |
Livros, jornais, revistas e papelaria |
7,92 |
8,28 |
2,14 |
-3,57 |
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
35,35 |
29,92 |
-2,09 |
-4,68 |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
8,39 |
6,44 |
4,56 |
0,15 |
Comércio varejista ampliado geral |
22,00 |
15,53 |
26,02 |
18,50 |
Veículos, motocicletas, partes e peças |
32,39 |
20,67 |
35,88 |
20,53 |
Material de construção |
19,50 |
14,72 |
30,32 |
22,89 |
* Variação em relação ao mesmo mês e mesmo trimestre do ano anterior |
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|||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. |
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Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – 1º Trimestre
Segmentos |
Variação (%) |
|||
Brasil |
Goiás |
|||
mar* |
1º Tri* |
mar* |
1º Tri* |
|
Comércio varejista geral |
19,06 |
15,64 |
15,57 |
16,33 |
Combustíveis e Lubrificantes |
9,09 |
9,27 |
3,31 |
5,45 |
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo |
19,67 |
15,45 |
9,00 |
14,14 |
Hipermercados e Supermercados |
19,45 |
15,21 |
8,87 |
14,14 |
Tecidos, vestuários e calçados |
21,43 |
15,45 |
26,09 |
17,19 |
Móveis e eletrodomésticos |
25,82 |
20,94 |
27,67 |
25,44 |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos |
19,62 |
18,36 |
30,34 |
23,67 |
Livros, jornais, revistas e papelaria |
12,47 |
12,90 |
6,52 |
0,19 |
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
26,19 |
21,43 |
-6,09 |
-10,80 |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
16,64 |
15,13 |
11,13 |
7,68 |
Comércio varejista ampliado geral |
23,78 |
17,23 |
27,24 |
18,81 |
Veículos, motocicletas, partes e peças |
31,95 |
19,99 |
38,13 |
20,12 |
Material de construção |
23,66 |
18,95 |
37,09 |
28,21 |
* Variação em relação ao mesmo mês e mesmo trimestre do ano anterior |
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. |
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Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio com a melhora do indicador desde o início de 2009, saindo de 2,57% de crescimento em janeiro/09 para 16,06% de variação em março/10.
Na média móvel de 12 meses, as vendas apontam um indício de melhora, após o esfriamento do comércio puxado pela situação conjuntural desde outubro/2008 com o índice apresentando taxas de variação crescentes. A média móvel de 12 meses do mês de março apresentou um crescimento de 8,47%.
Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas apresentou um aumento de 16,43% (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses, que apresentou queda no crescimento desde o final de 2008, tem crescido desde outubro 2009 e em março 2010 apresentou um acréscimo de 10,82%.
RESULTADOS SETORIAIS
Nos resultados do trimestre, oito das dez atividades do comércio varejista geral e ampliado obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Móveis e eletrodomésticos (28,70%); Material de construção (22,89%); Veículos e motocicletas, partes e peças (20,53%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (17,76%); Tecidos, vestuário e calçados (13,81%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (13,19%); Combustíveis e lubrificantes (2,53); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,15%). As atividades com variação negativa foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,57%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,68%).
O aumento de 28,70% no volume de vendas no trimestre da atividade Móveis e eletrodomésticos decorre não só de fatores econômicos, como a melhoria do crédito e queda dos preços da chamada linha branca proporcionada pela redução do IPI, entre outros; mas também de um fator estatístico: redução do ritmo de vendas no trimestre-base de comparação (1º trimestre de 2010). Na variação de março com relação ao ano anterior, o segmento revela uma taxa ainda maior de desempenho, 29,92%.
A atividade Material de Construção, após um longo período de queda, apresentou o quinto resultado com alta no volume de vendas de 30,32% em relação ao ano anterior. No acumulado do trimestre este crescimento atinge 22,89%. Esses resultados mostram que os incentivos oficiais de redução do IPI para um conjunto de produtos básicos do ramo, implementados a partir de abril/09, surtiram efeito positivo, com o segmento se recuperando, portanto, dos efeitos da crise financeira.
A atividade Veículos e motores, partes e peças, que integra o Comércio Varejista Ampliado, apresentou o maior crescimento no volume de vendas na relação março10/março09, 35,88%. Essa atividade é uma das que mais se retraíram com os impactos iniciais da crise financeira internacional e obteve um resultado positivo graças à política de redução do IPI para veículos de até 2000 cilindradas, implementada ainda no final de 2008; auxiliada no decorrer de 2009 pela gradativa retomada do crédito. No trimestre, o crescimento foi de 20,53%. O término da redução do IPI no mês de março certamente levou às antecipações de compra e também contribuiu com o maior incremento do mês de março.
O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 25,07% nas vendas na comparação com março do ano passado e taxa acumulada de 17,76% no trimestre. Para estes indicadores, o crescimento na receita nominal de vendas foi de 30,34%, e 23,67%, respectivamente. Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários; a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero.
O segmento Tecidos, vestuário e calçados, apresentou crescimento de 23,81% nas vendas na comparação com março do ano passado. A taxa acumulada no trimestre também foi positiva, com acréscimo de 13,81%. Para a receita nominal de vendas estes indicadores apresentaram resultados positivos de 26,09% e 17,19%, respectivamente.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram variação de 7,10% nas vendas em março, sobre igual mês do ano anterior e 13,19% no 1º trimestre. A receita nominal da atividade em março10/março09 e no trimestre foram de 9,00% e 14,14%, respectivamente. Este desempenho foi proporcionado em grande parte pelo aumento da massa real de salários (7,1% sobre março de 2009, segundo a PME) e pela estabilização dos preços dos alimentos; aliados à ampliação do programa de transferência de renda, que tem no bolsa família o principal destaque.
A atividade Combustíveis e lubrificantes apresentou o terceiro resultado positivo após 8 meses de queda consecutiva no volume de vendas na comparação com o ano anterior, 3,54%. A receita nominal apresentou resultado positivo com aumento de 3,31% para este indicador. No acumulado do ano houve crescimento de 2,53% no volume de vendas e de 5,45% na receita nominal.
A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba diversos segmentos do varejo, como por exemplo, lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., apresentou um crescimento no volume de vendas na relação março10/março09 de 4,56%. Este foi o segmento do comércio varejista menos afetado pela crise econômica mundial e neste início de ano vem apresentando fracas taxas de crescimento. No 1º trimestre de 2010 este segmento apresenta incremento de apenas 0,15%.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação nas vendas em março, sobre igual mês do ano anterior, de 2,14% e de -3,57% no 1º trimestre. As variações de receita nominal foram de 6,52% sobre março de 2009 e de 0,19% no primeiro trimestre.
O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve o maior decréscimo (-2,09%) na relação março10/março09. Para a receita nominal a redução é de 6,09%. No trimestre esta atividade apresentou decréscimo de 4,68% no volume de vendas e de 10,80% na receita nominal.
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