Vendas no comércio varejista crescem 13,25% em abril em Goiás.
Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista de Goiás apresentou em abril, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 13,25% sobre abril do ano anterior, de 15,25% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano e 8,83% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 13,87%, 15,66% e 11%, respectivamente.
O incremento no volume de vendas em abril, sobre o mesmo período do ano anterior, e também no acumulado do ano, ficou acima do percentual nacional tanto no índice do comércio varejista geral quanto no ampliado. No acumulado dos últimos 12 meses, o comércio varejista geral foi maior que os resultados para o Brasil, porém para o índice ampliado, o resultado nacional foi superior. Para a receita nominal, Goiás apresentou maiores crescimentos nas variações mensais, no quadrimestre e no acumulado de 12 meses, no índice geral e ampliado.
O Comércio Varejista do País registra crescimento negativo para a variação ajustada sazonalmente, assinalando taxas de -3,0% no volume de vendas, e crescimento de 0,3% na receita nominal. Enquanto a receita nominal se manteve estável, o volume de vendas assinala resultado negativo após um trimestre de crescimento. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 9,1% sobre abril do ano anterior e de 11,8% e 8,2% nos acumulados dos quatro primeiros meses e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 13,2%, 15,0% e de 11,5%, respectivamente.
Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – abril de 2010
Segmentos |
Variação (%) |
|||||
Brasil |
Goiás |
|||||
abr* |
acum |
12 meses |
abr* |
acum |
12 meses |
|
Comércio varejista geral |
9,08 |
11,82 |
8,19 |
13,25 |
15,25 |
8,83 |
Combustíveis e Lubrificantes |
5,02 |
5,35 |
1,54 |
-1,48 |
1,29 |
-5,42 |
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo |
5,63 |
10,62 |
9,68 |
6,72 |
11,50 |
11,16 |
Hipermercados e Supermercados |
5,31 |
10,35 |
9,44 |
6,99 |
11,58 |
11,07 |
Tecidos, vestuários e calçados |
16,67 |
11,48 |
2,33 |
18,57 |
14,86 |
7,62 |
Móveis e eletrodomésticos |
22,73 |
21,84 |
9,14 |
27,63 |
28,48 |
10,92 |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos |
10,78 |
12,66 |
12,00 |
20,20 |
18,39 |
12,30 |
Livros, jornais, revistas e papelaria |
8,69 |
8,38 |
9,08 |
7,50 |
-1,51 |
2,54 |
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
5,93 |
23,22 |
12,44 |
-5,90 |
-5,01 |
5,06 |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
5,56 |
6,12 |
7,67 |
9,07 |
2,28 |
13,93 |
Comércio varejista ampliado geral |
12,69 |
14,85 |
10,72 |
16,77 |
18,25 |
9,82 |
Veículos, motos, partes e peças |
18,93 |
20,35 |
17,79 |
18,92 |
20,57 |
12,35 |
Material de construção |
19,29 |
16,02 |
1,50 |
33,27 |
25,42 |
-0,38 |
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior |
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|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. |
Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – abril de 2010
Segmentos |
Variação (%) |
|||||
Brasil |
Goiás |
|||||
abr* |
acum |
12 meses |
abr* |
acum |
12 meses |
|
Comércio varejista geral |
13,20 |
15,00 |
10,64 |
13,87 |
15,66 |
11,00 |
Combustíveis e Lubrificantes |
7,37 |
8,87 |
2,42 |
-9,57 |
1,32 |
-1,21 |
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo |
10,77 |
14,22 |
11,35 |
11,18 |
13,37 |
13,47 |
Hipermercados e Supermercados |
10,40 |
13,95 |
11,14 |
11,38 |
13,42 |
13,40 |
Tecidos, vestuários e calçados |
22,68 |
17,46 |
10,02 |
21,33 |
18,16 |
11,24 |
Móveis e eletrodomésticos |
24,21 |
21,65 |
8,16 |
26,93 |
25,87 |
8,93 |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos |
14,45 |
17,27 |
16,82 |
23,55 |
23,64 |
21,37 |
Livros, jornais, revistas e papelaria |
13,43 |
13,03 |
13,05 |
12,29 |
2,45 |
6,71 |
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-1,01 |
15,22 |
5,92 |
-10,82 |
-10,80 |
0,89 |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
12,69 |
14,40 |
17,15 |
15,20 |
9,47 |
20,35 |
Comércio varejista ampliado geral |
16,14 |
16,99 |
9,79 |
18,38 |
18,86 |
10,66 |
Veículos, motos, partes e peças |
21,02 |
20,33 |
8,68 |
20,38 |
20,57 |
6,64 |
Material de construção |
23,72 |
20,30 |
7,28 |
41,61 |
31,50 |
5,35 |
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior |
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. |
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Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio com a melhora do indicador desde o início de 2009, saindo de 2,39% de crescimento em maio/09 para 15,31% de variação em abril/10.
Na média móvel de 12 meses, as vendas apontam um retorno ao patamar anterior ao período de crise econômica. Após o esfriamento do comércio puxado pela situação conjuntural desde outubro/2008 com o índice apresentando taxas de variação crescentes, a média móvel de 12 meses do mês de março apresentou um crescimento de 9,30%, variação semelhante ao obtido em setembro de 2008 (9,74%).
Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas apresentou um aumento de 15,98% (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses apresentou queda desde o final de 2008 e em abril apresentou um acréscimo de 11,12%.
RESULTADOS SETORIAIS
Nos resultados sobre o mesmo período do ano anterior, oito das dez atividades obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Material de construção (33,27%); Móveis e eletrodomésticos (27,63%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (20,20%); Veículos e motos, partes e peças (18,92%); Tecidos, vestuário e calçados (18,57%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,07%); Livros, jornais, revistas e papelaria (7,50%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,72%). As variações negativas ocorreram em Combustíveis e lubrificantes (-1,48%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,90%).
A atividade Material de Construção apresentou o maior resultado positivo com alta no volume de vendas de 33,27% mensal e de 25,42% acumulado, mas ainda apresenta resultado acumulado de 12 meses negativo da ordem de -0,38%. Esses resultados sinalizam a recuperação do setor dos efeitos da crise financeira, através da redução do IPI para um conjunto de produtos básicos do ramo, implementado a partir de abril/09, e do aumento da confiança dos agentes econômicos.
O aumento de 27,63% no volume de vendas e de 26,93% na receita nominal em relação a abril do ano passado da atividade Móveis e eletrodomésticos é decorrente de fatores econômicos, como a melhoria do crédito e queda dos preços da chamada linha branca proporcionada pela redução do IPI, e também de um fator estatístico: redução do ritmo de vendas no mês-base de comparação (abril/09). Em termos acumulados, o segmento revela uma taxa de desempenho de 28,48% no acumulado do ano e de 10,92% nos últimos 12 meses para o volume de vendas.
O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 20,20% nas vendas na comparação com abril do ano passado e taxas acumuladas de 18,39% no ano e 12,30% para os últimos 12 meses. Para estes indicadores, o crescimento na receita nominal de vendas foi de 23,55%, 23,64% e 21,37%, respectivamente. Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários; a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero.
A atividade Veículos e motos, partes e peças, que integra o Comércio Varejista Ampliado, apresentou um crescimento no volume de vendas na relação abril10/abril09 de 18,92%. Essa atividade é uma das que mais se retraíram com os impactos iniciais da crise financeira internacional. No acumulado do ano e no acumulado dos últimos 12 meses, este crescimento é de 20,57% e 12,35%, respectivamente. No que diz respeito à receita nominal de vendas, o crescimento foi de 20,38%, quando comparado a abril do ano anterior, no acumulado do ano o incremento foi de 20,57%, e no acumulado dos últimos 12 meses o crescimento é de 6,64%. O resultado positivo foi alcançado graças à política de redução do IPI para veículos de até 2000 cilindradas, implementada ainda no final de 2008; auxiliada no decorrer de 2009 pela gradativa retomada do crédito.
O segmento Tecidos, vestuário e calçado, apresentou crescimento de 18,57% nas vendas na comparação com abril do ano passado. As taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses foram, respectivamente, de 14,86% e 7,62%. Estes indicadores apresentaram resultados positivos também para a receita nominal de vendas de 21,33%, 18,16% e 11,24%, respectivamente. Este resultado mostra a recuperação do setor, o qual começou a apresentar variações positivas a partir de outubro de 2009, mesmo tendo um comportamento crescente dos preços (variação de 6,3% no grupo Vestuário, comparado com o índice geral de 5,3%, segundo o IPCA), ao longo dos últimos 12 meses.
A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico em abril obteve acréscimo de 9,07% no volume de vendas. O acumulado do ano apresenta um crescimento de 2,28% após um trimestre negativo para esta atividade, porém no acumulado dos últimos 12 meses este segmento ainda possui o maior incremento, 13,93%. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc, este foi o segmento do comércio varejista menos afetado pela crise econômica mundial.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação nas vendas em abril, sobre igual mês do ano anterior, de 7,50%, variação de -1,51% no acumulado do quadrimestre e de 2,54% no acumulado de 12 meses. As variações de receita nominal foram de 12,29% sobre abril de 2009, 2,45% no acumulado de 2010 e de 6,71% no acumulado de 12 meses.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo obteve variação de 6,72% nas vendas em abril, sobre igual mês do ano anterior, 11,50% no acumulado do ano e 11,16% nos últimos 12 meses. A receita nominal da atividade em abril10/abril09, nos acumulados do bimestre e nos últimos 12 meses foram de 11,18%, 13,37% e 13,47%, respectivamente. Este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa real efetivo dos assalariados (8,6% sobre abril de 2009, segundo a PME).
A atividade Combustíveis e lubrificantes, que parecia ter se recuperado com 03 resultados positivos após 8 meses de queda consecutiva no volume de vendas, em abril na comparação com o ano anterior obteve novamente um decréscimo de 1,48%. A receita nominal apresentou resultado negativo com queda de 9,57% para este indicador. No acumulado do ano há crescimento de 1,29% no volume de vendas e crescimento de 1,32% na receita nominal. No acumulado de 12 meses a queda é de 5,42% no volume de vendas e de 1,21% nas receitas.
O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, obteve o maior decréscimo, com queda de 5,90%, resultado bastante diferente do nacional que apresentou crescimento de 5,90% na relação abril10/abril09. Para a receita nominal a queda é maior, -10,82%, enquanto o indicador nacional apresentou decréscimo de 1,00%.
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