Vendas no comércio varejista crescem 12,51% em Goiás
Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista de Goiás apresentou em maio, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 12,51% sobre maio do ano anterior, de 14,65% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano e 10,18% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 12,82%, 15,04% e de 11,67%, respectivamente.
O incremento no volume de vendas em maio, sobre o mesmo período do ano anterior, no acumulado do ano e no acumulado dos últimos 12 meses ficou acima do percentual nacional tanto no índice do comércio varejista geral quanto no ampliado. Para a receita nominal, Goiás apresentou resultados inferiores que o nacional para o mês de maio e para o acumulado de 12 meses, porém no acumulado do ano as variações são superiores.
O Comércio Varejista Nacional apresentou, em maio, variação de 1,4% para o volume e 0,4% para a receita nominal de vendas, taxas estas relacionadas ao mês anterior ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, este resultado registra um crescimento nas vendas do setor após forte queda do mês anterior. Em relação a maio/09, as variações foram de 10,23% para o volume de vendas e de 14,21% na receita nominal. Nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 11,50% e 8,81% para o volume de vendas, e em 14,83% e 12,04% para a receita nominal.
Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – maio de 2010
Segmentos
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Variação (%)
|
|||||
Brasil
|
Goiás
|
|||||
mai*
|
acum
|
12 meses
|
mai*
|
acum
|
12 meses
|
|
Comércio varejista geral
|
10,23
|
11,50
|
8,81
|
12,51
|
14,65
|
10,18
|
Combustíveis e Lubrificantes
|
5,96
|
5,50
|
1,90
|
-0,33
|
0,91
|
-4,53
|
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
8,14
|
10,08
|
9,78
|
10,06
|
11,22
|
12,23
|
Hipermercados e Supermercados
|
7,76
|
9,78
|
9,51
|
10,13
|
11,30
|
12,18
|
Tecidos, vestuários e calçados
|
11,78
|
11,55
|
4,42
|
15,31
|
14,87
|
8,30
|
Móveis e eletrodomésticos
|
19,50
|
21,27
|
11,34
|
19,00
|
26,25
|
13,05
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos
|
13,20
|
12,84
|
12,28
|
22,64
|
19,25
|
15,69
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
9,74
|
8,60
|
9,28
|
6,47
|
-0,21
|
1,30
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
28,71
|
26,46
|
15,05
|
-3,00
|
-4,61
|
4,18
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
3,00
|
5,41
|
6,97
|
1,87
|
2,19
|
10,12
|
Comércio varejista ampliado geral
|
9,48
|
13,61
|
11,24
|
10,85
|
16,68
|
12,66
|
Veículos, motores, partes e peças
|
6,41
|
17,05
|
17,70
|
7,81
|
17,95
|
17,01
|
Material de construção
|
19,91
|
16,96
|
2,43
|
20,31
|
24,28
|
3,72
|
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
|
|
|
|
|
|
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
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Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – maio de 2010
Segmentos
|
Variação (%)
|
|||||
Brasil
|
Goiás
|
|||||
mai*
|
acum
|
12 meses
|
mai*
|
acum
|
12 meses
|
|
Comércio varejista geral
|
14,21
|
14,83
|
12,04
|
12,82
|
15,04
|
11,67
|
Combustíveis e Lubrificantes
|
9,53
|
9,03
|
3,88
|
-9,83
|
-1,06
|
-2,99
|
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
13,00
|
13,94
|
12,93
|
13,25
|
13,35
|
14,20
|
Hipermercados e Supermercados
|
12,56
|
13,62
|
12,66
|
13,26
|
13,39
|
14,15
|
Tecidos, vestuários e calçados
|
17,70
|
17,52
|
10,83
|
18,03
|
18,06
|
12,78
|
Móveis e eletrodomésticos
|
21,91
|
21,63
|
10,84
|
19,13
|
24,31
|
10,91
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos
|
16,75
|
17,22
|
18,07
|
24,92
|
23,87
|
22,82
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
14,47
|
13,26
|
14,37
|
9,65
|
3,63
|
5,71
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
17,07
|
17,54
|
8,98
|
-5,24
|
-9,76
|
-0,53
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
10,27
|
13,44
|
15,90
|
7,72
|
9,06
|
17,14
|
Comércio varejista ampliado geral
|
13,43
|
16,10
|
12,13
|
13,22
|
17,66
|
11,68
|
Veículos, motores, partes e peças
|
9,36
|
17,60
|
12,86
|
10,97
|
18,61
|
11,98
|
Material de construção
|
24,66
|
21,35
|
9,67
|
29,51
|
31,03
|
9,80
|
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
|
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|
||||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
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|
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Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio com a melhora do indicador desde o início de 2009, saindo de 2,40% de crescimento em maio/09 para 13,57% de variação em maio/10.
Na média móvel de 12 meses, as vendas apontam um retorno ao patamar anterior ao período de crise econômica. Após o esfriamento do comércio puxado pela situação conjuntural desde outubro/2008, com o índice apresentando taxas de variação crescentes, a média móvel de 12 meses do mês de maio apresentou um crescimento de 10,19%, a maior média móvel de 12 meses observada desde 2007.
Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas apresentou um aumento de 14,03% (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses apresentou queda no crescimento desde o final de 2008 e em maio apresentou um acréscimo de 11,64%.
RESULTADOS SETORIAIS
No Comércio Varejista nacional, na relação maio10/maio09 com a série sem ajuste sazonal, todas as dez atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes: 8,14% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 6,41% para Veículos e motos, partes e peças; 19,50% para Móveis e eletrodomésticos; 19,91% para Material de construção; 11,78% para Tecidos, vestuário e calçados; 13,20% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 5,96% para Combustíveis e lubrificantes; 28,71% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 3,00% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; e 9,74% para Livros, jornais, revistas e papelaria.
Nos resultados sobre o mesmo período do ano anterior para Goiás, oito das dez atividades obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,64%); Material de construção (20,31%); Móveis e eletrodomésticos (19,00%); Tecidos, vestuário e calçados (15,31%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,06%); Veículos e motos, partes e peças (7,81%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,47%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,87%). As variações negativas ocorreram em Combustíveis e lubrificantes (-0,33%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,00%).
O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 22,64% nas vendas na comparação com maio do ano passado e taxas acumuladas de 19,25% no ano e 15,69% para os últimos 12 meses. Para estes indicadores, o crescimento na receita nominal de vendas foi de 24,92%, 23,87% e 22,82%, respectivamente.Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários; a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero.
A atividade Material de Construção apresentou o segundo maior resultado positivo com alta no volume de vendas de 20,31% no mês e de 24,28% no acumulado do ano, mas ainda possui resultado acumulado de 12 meses pouco expressivo, na ordem de 3,72%. Esses resultados sinalizam a recuperação do setor dos efeitos da crise financeira, através da redução do IPI para um conjunto de produtos básicos do ramo, implementado a partir de abril/09, e do aumento da confiança dos agentes econômicos.
O aumento de 19,00% no volume de vendas e de 19,13% na receita nominal em relação a maio do ano passado da atividade Móveis e eletrodomésticos é decorrente das vendas relacionadas ao evento da Copa do Mundo, aliado a ampla oferta de crédito. Em termos acumulados, o segmento revela uma taxa de desempenho de 26,25% no acumulado do ano e de 13,05% nos últimos 12 meses para o volume de vendas.
O segmentoTecidos, vestuário e calçado,apresentou crescimento de 15,31% nas vendas na comparação com maio do ano passado. As taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses foram, respectivamente, de 14,87% e 8,30%. Estes indicadores apresentaram resultados positivos também para a receita nominal de vendas de 18,03%, 18,06% e 12,78%, respectivamente. Este resultado consolida a recuperação do setor com o nono mês consecutivo de variação positiva, mesmo tendo um comportamento crescente dos preços (variação de 6,0% no grupo Vestuário, comparado com o índice geral de 5,2%, segundo o IPCA), ao longo dos últimos 12 meses.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo obteve variação de 10,06% nas vendas em maio, sobre igual mês do ano anterior, 11,22% no acumulado do ano e 12,23% nos últimos 12 meses. A receita nominal da atividade em maio10/maio09, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses foram de 13,25%, 13,35% e 14,20%, respectivamente. Observa-se que os preços da atividade neste mês de maio estavam acima da média caracterizando uma alta da inflação no setor. Nos últimos 12 meses os preços cresceram 6,1%, enquanto o índice geral foi de 5,2%, segundo o Grupo Alimentação no Domicílio do IPCA. Portanto, este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa real efetivo dos assalariados (7,5% sobre maio de 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE).
A atividade Veículos e motos, partes e peças, que integra o Comércio Varejista Ampliado,apresentou um crescimento no volume de vendas na relação maio10/maio09 de 7,81%. Essa atividade é uma das que mais se retraíram com os impactos iniciais da crise financeira internacional. No acumulado do ano e no acumulado dos últimos 12 meses, este crescimento é de 17,95% e 17,01%, respectivamente. No que diz respeito à receita nominal de vendas, o crescimento foi de 10,97%, quando comparado a maio do ano anterior, no acumulado do ano o incremento foi de 18,61%, e no acumulado dos últimos 12 meses o crescimento é de 11,98%. O término da redução do IPI no mês de março contribuiu para a redução do ritmo de crescimento da atividade já que as variações no mês de março e abril de 2010 para a atividade foram de 37,29% e 18,92%, respectivamente.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação nas vendas em maio, sobre igual mês do ano anterior, de 6,47%, variação de -0,21% no acumulado do ano e de 1,30% no acumulado de 12 meses. As variações de receita nominal foram de 9,65% sobre maio de 2009, 3,63% no acumulado de 2010 e de 5,71% no acumulado de 12 meses.
A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico em maio obteve acréscimo de 1,87% no volume de vendas. O acumulado do ano apresenta o segundo resultado positivo com crescimento de 2,19% após um trimestre negativo para esta atividade. No acumulado dos últimos 12 meses este segmento ainda possui o incremento de 10,12%. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc, este foi o segmento do comércio varejista menos afetado pela crise econômica mundial tendo seu desempenho impulsionado também pela manutenção do crescimento da massa salarial.
A atividade Combustíveis e lubrificantes em maio na comparação com o ano anterior obteve novamente um decréscimo de 0,33%. A receita nominal apresentou resultado negativo com queda de 9,83% para este indicador. No acumulado do ano há crescimento de 0,91% no volume de vendas e decréscimo de 1,06% na receita nominal. No acumulado de 12 meses a queda é de 4,53% no volume de vendas e de 2,99% nas receitas.
O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, obteve o maior decréscimo, com queda de 3,00%, resultado bastante diferente do nacional que apresentou crescimento de 28,71% na relação maio10/maio09. Para a receita nominal a queda é maior, -5,24%, enquanto o indicador nacional apresentou decréscimo de 17,07%.