Varejo goiano encerra o ano de 2015 com recuo 10,2%.


 

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostra que no ano de 2015 houve forte queda no comércio varejista no Estado de Goiás, registrando -10,2%. Esse resultado fez com que Goiás figurasse com o terceiro pior resultado entre todas as Unidades da Federação, conforme gráfico 1. Na comparação entre dezembro de 2015 e 2014, a queda verificada foi de -10,9%, superior à queda de 7,1% registrado no  varejo nacional.

 

 

 

 

 

 

 

Na comparação com ajuste sazonal, ou seja, entre dezembro e novembro de 2015, todas as UFs apresentaram queda em volume. A tabela 1 mostra que em Goiás a queda registrada foi superior a média nacional em 3 pontos percentuais.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Dezembro/2015

Brasil

Goiás

Volume de Vendas

-2,7

-5,7

Receita de Vendas

-1,9

-4,9

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

 

 

 

Varejo Goiano Restrito

A tabela 2 mostra que no âmbito restrito o comércio varejista goiano, em volume, no mês de dezembro de 2015 apresentou queda de 10,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano de 2015 chamam à atenção as quedas registradas no segmento de Móveis e Eletrodomésticos, setores importantes para a economia e muito sensíveis a oscilações econômicas.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Out/15

Nov/15

Dez/15

12 meses

Out/15

Nov/15

Dez/15

12 meses

Comércio Varejista Geral

-5,7

-7,8

-7,1

-4,3

-13,3

-11,4

-10,9

-10,2

Combustíveis e lubrificantes

-11,4

-12,0

-10,0

-6,2

-8,6

-7,8

-0,2

-3,3

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-0,4

-5,6

-3,7

-2,5

-14,2

-9,6

-7,3

-12,6

Hipermercados e supermercados

-0,5

-5,8

-3,8

-2,5

-14,7

-9,8

-7,4

-12,8

Tecidos, vestuário e calçados

-10,5

-15,6

-10,3

-8,7

-8,7

-11,2

-8,3

-8,9

Móveis e eletrodomésticos

-16,1

-14,7

-17,7

-14,0

-22,1

-20,5

-28,4

-17,8

Móveis

-21,5

-18,9

-18,6

-16,2

-24,2

-22,9

-22,7

-19,1

Eletrodomésticos

-13,7

-13,0

-17,3

-12,9

-21,5

-19,7

-30,1

-17,4

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-0,4

2,0

3,1

3,0

-2,2

-1,2

-0,2

0,6

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-9,3

-18,0

-14,9

-10,9

3,7

-23,8

-14,6

-13,5

Livros, jornais, revistas e papelaria

-25,0

-5,6

-15,4

-1,7

-4,3

-16,2

-32,3

5,6

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-9,0

-5,4

-7,9

-1,3

-4,3

-0,9

7,7

4,8

Comércio varejista ampliado geral

-11,9

-13,2

-11,0

-8,6

-23,1

-21,0

-17,6

-15,0

Veículos, motocicletas, partes e peças

-23,9

-24,4

-20,0

-17,7

-36,3

-34,7

-29,9

-24,2

Material de construção

-15,8

-13,6

-13,0

-8,1

-20,7

-15,3

-12,1

-4,8

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015

                   

 

A tabela 3 mostra que a receita nominal no comércio varejista goiano continua negativa, enquanto a média nacional apresenta-se baixa, mas positiva. As tabelas 2 e 3 mostram que tanto no Brasil, quanto em Goiás, o importante setor de comercialização de móveis e eletrodomésticos apresentaram quedas substancias em volume e receita. Esse fato só corrobora o que foi exaustivamente levantando em análises anteriores, de que a crise econômica e a política que marcou o ano de 2015, que resultou em elevadas taxas de desemprego, inflação, juros e decrescimento da economia, o que impactou de maneira muito nociva a economia, trazendo significativas queda no consumo em razão da deterioração do poder de compra dos consumidores e bruscas quedas das taxas de investimentos empresarias em detrimento do cenário de completa incerteza em relação ao futuro da economia nacional e consequentemente das economias subnacionais.

 

 

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Atividades

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Out/15

Nov/15

Dez/15

12 meses

Out/15

Nov/15

Dez/15

12 meses

Comércio Varejista Geral

3,1

1,4

2,8

3,2

-4,6

-2,9

-2,1

-3,2

Combustíveis e lubrificantes

4,7

5,3

8,4

5,4

9,3

4,0

12,1

6,5

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

9,4

5,0

8,2

6,6

-3,7

1,7

3,8

-2,4

Hipermercados e supermercados

9,1

4,5

8,0

6,4

-4,3

1,4

3,4

-2,8

Tecidos, vestuário e calçados

-6,8

-11,4

-6,0

-5,2

-5,5

-7,1

-5,0

-5,7

Móveis e eletrodomésticos

-14,3

-12,6

-14,6

-11,8

-19,1

-16,4

-24,1

-16,3

Móveis

-17,0

-13,9

-13,6

-11,6

-20,7

-19,4

-19,9

-16,1

Eletrodomésticos

-12,8

-11,9

-15,1

-11,8

-18,5

-15,4

-25,6

-16,4

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

7,1

10,1

11,0

9,7

4,8

6,0

7,2

7,6

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-2,2

-11,3

-7,3

-4,2

14,6

-14,8

-4,6

-3,4

Livros, jornais, revistas e papelaria

-26,5

-4,0

-14,0

-6,7

-1,9

-13,4

-26,4

3,2

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-3,0

1,8

-0,5

4,2

0,2

5,6

14,8

9,3

Comércio varejista ampliado geral

-4,4

-5,5

-2,7

-1,9

-16,1

-13,3

Governo na palma da mão

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