Setor de serviços recua 5,0% em Goiás no mês de outubro


A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou queda de 5,0% no volume de serviços na comparação entre outubro de 2015 e 2014. Nesta mesma comparação, apenas Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, apresentaram crescimento, conforme mostra o gráfico 1.

O resultado obtido por Goiás foi melhor do que a média nacional (-5,8%) e o colocou como a décima segunda Unidade da Federação com o resultado mais satisfatório no setor de serviços.

Gráfico 1: Variação do Volume de Serviços – Mês/Igual mês ano anterior, Brasil e Unidades da Federação (%)

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

 

A tabela 1 mostra que a exemplo do que ocorre na economia nacional, a queda no volume de serviços em Goiás tem se acelerado na análise do período de agosto/15 a outubro/15. Os segmentos de serviços de transporte e outros serviços são os que registram as maiores quedas acumuladas no ano, tanto no âmbito nacional, quanto no regional.

Além disso, a tabela 1 mostra que dos segmentos analisados, apenas o de turismo no Brasil e em Goiás apresentaram crescimento, de respectivamente, 0,3% e 2,9%.

A tabela 2 mostra que em termos de receita nominal houve crescimento da receita de serviços de 0,2% em Goiás, em outubro de 2015. Além disso, no ano o crescimento é de 0,7%, puxado principalmente pelo segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, com crescimento de 9,0%.


 

Tabela 1: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 meses

Brasil

-3,5

-4,8

-5,8

-3,1

-2,5

Serviços prestados às famílias

-8,2

-6,7

-4,8

-4,9

-4,6

Serviços de informação e comunicação

0,3

-0,7

-3,3

0,5

0,7

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-5,1

-8,1

-7,4

-3,5

-2,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-4,3

-6,4

-6,7

-5,8

-4,6

Outros serviços

-12,6

-9,9

-13,8

-9,0

-8,0

Atividades turísticas

0,1

-3,4

0,3

-2,2

-2,1

Goiás

-2,4

-3,1

-5,0

-4,7

-3,9

Serviços prestados às famílias Outros serviços Atividades turísticas

-7,9

-0,1

-6,1

-1,4

-1,8

Serviços de informação e comunicação

-2,0

-1,4

-3,6

-3,6

-2,7

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-1,1

-11,5

-8,2

1,2

0,4

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-1,6

-1,1

-1,8

-9,2

-8,1

Outros serviços

-5,4

-7,7

-22,6

-7,9

-3,7

Atividades turísticas

-2,0

3,1

2,9

-3,1

-3,9

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

Todavia, ao analisarmos a receita nominal é importante sempre atentar-se que esse indicador não considera o efeito da deterioração do valor decorrente da inflação. Assim, embora vários segmentos de serviços estejam com crescimento de receita nominal, seja na análise em 12 meses ou no ano, tais crescimentos são pífios em relação a inflação verificada nas mesmas periodicidades, que são de respectivamente, 9,93% e 8,52% (IPCA/IBGE em outubro de 2015).

Tabela 2: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 meses

Brasil

1,1

0,0

-0,5

1,6

2,0

Serviços prestados às famílias

-1,5

-0,5

1,7

2,0

2,8

Serviços de informação e comunicação

1,1

0,3

-1,8

-0,1

-0,1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

2,3

-1,0

0,1

4,0

4,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

2,2

1,0

1,4

2,3

2,6

Outros serviços

-5,3

-2,4

-6,5

-1,3

-0,3

Atividades turísticas

-0,7

-2,8

2,3

1,5

2,0

Goiás

3,0

2,2

0,2

0,7

1,1

Serviços prestados às famílias Outros serviços Atividades turísticas

-2,7

5,6

-1,1

4,8

4,6

Serviços de informação e comunicação

-1,4

-0,9

-2,0

-3,7

-3,0

Serviços profissionais, administrativos e complementares

6,6

-4,7

-1,1

9,0

8,1

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

8,4

9,1

7,6

1,5

1,6

Outros serviços

2,8

0,1

-16,3

0,0

4,4

Atividades turísticas

-2,3

1,6

-0,5

0,9

0,3

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

Os resultados ruins verificados para o segmento de serviços, seja sob a ótica do volume ou da receita nominal, para a economia nacional e suas diversas Unidades da Federação, é uma decorrência natural dos efeitos da crise econômica e política que atravessa a economia no ano de 2015. A combinação de elevadas e crescentes taxas de desemprego, inflação, desaceleração do ritmo econômico, aumento da desconfiança internacional quanto à capacidade de solvência do governo federal e de grandes empresas estatais, tem feito com que empresários e consumidores reduzam suas decisões de investimento e consumo, respectivamente. Tudo isso faz com que as pesquisas que captem o comportamento conjuntural do ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tenham sido sistematicamente ruins.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

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