Setor de serviços goiano volta a crescer, 4,3%
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em março de 2015, apresentou crescimento nominal para o País de 6,1%, na comparação com março do ano passado. Ainda nessa comparação os segmentos com maiores destaques foram o de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,8%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (8,7%), Tabela 1.
Em âmbito regional apenas seis Unidades da Federação apresentaram taxas negativas. As quedas ocorreram no Maranhão (-9,5%), Mato Grosso (-6,3%), Acre (-5,9%), Roraima (-5,5%), Amapá (-4,6%) e Piauí (-0,8%). Em sentido contrário, as maiores taxas positivas ocorreram em São Paulo (9,0%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rondônia (8,3%) e Pará (8,0%).
A receita nominal em março de 2015 para o setor de serviços goiano teve alta de 4,3%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As maiores contribuições para a receita goiana vieram do segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares, que apresentou taxa de 21,9% e Serviços prestados às famílias, com 6,1%, (Tabela 1).
Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)
Atividades |
Mês /Igual Mês do Ano Anterior |
||||
Taxa de Variação (%) |
|||||
Jan/15 |
Fev/15 |
Mar/15 |
No Ano |
12 meses |
|
Brasil |
1,8 |
0,8 |
6,1 |
3,0 |
4,6 |
Serviços prestados às famílias |
8,8 |
6,8 |
2,4 |
6,0 |
7,7 |
Serviços de informação e comunicação |
-2,0 |
0,7 |
2,9 |
0,5 |
1,8 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
5,4 |
3,6 |
8,7 |
6,0 |
7,8 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
2,2 |
-1,8 |
8,8 |
3,1 |
4,6 |
Outros serviços |
0,0 |
-0,3 |
5,2 |
1,6 |
5,8 |
Goiás |
2,5 |
-4,3 |
4,3 |
0,9 |
5,5 |
Serviços prestados às famílias |
12,7 |
10,7 |
6,1 |
9,9 |
8,7 |
Serviços de informação e comunicação |
-0,9 |
-8,5 |
-0,6 |
-3,4 |
7,9 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
11,3 |
14,6 |
21,9 |
16,0 |
5,7 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
-3,1 |
-10,9 |
2,7 |
-3,8 |
1,0 |
Outros serviços |
20,9 |
3,1 |
2,9 |
9,1 |
9,0 |
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015. Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço. |
Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Estado de Goiás subiu da 22ª colocação registrada no mês anterior, para a 10ª posição em março de 2015 (Gráfico 1).
No Gráfico 2, verifica-se que o setor serviços goiano desacelerou no indicador acumulado em 12 meses 5,5% em março, ante 5,9% em fevereiro /15. Como pode ser observado o Brasil também seguiu a mesma trajetória.
Desde junho de 2014 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem diminuído, sendo que, em março/15 os indicadores tiveram a maior aproximação (Gráfico 2).
Resultados setoriais de Goiás
Em Goiás, os segmentos de maiores destaques foram os de Serviços profissionais, administrativos e complementares que apresentou taxa de 21,9%, na comparação com igual mês do ano anterior, seguido por Serviços prestados às famílias, com 6,1% de expansão. Ressalta-se que mesmo com esta expansão, houve menor variação dos serviços de alojamento e alimentação devido ao efeito base, pois o Carnaval em 2014 ocorreu em março. Por outro lado, o segmento de Serviços de informação e comunicação apresentou taxa negativa de 0,6%.
Na passagem de fevereiro para março, entre os segmentos de serviços, os Serviços profissionais, administrativos e complementares e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram acréscimos de 21,9% e de 2,7%, respectivamente (Tabela 1).
Em março/15 o setor apresentou taxa positiva, melhorando o ranking entre as outras Unidades de Federação, ficando na 10ª colocação, ante 22ª em fevereiro/15. O setor de Serviços de informação e comunicação foi o único que apresentou queda (-0,6%).
Segundo analistas o resultado do setor de serviços foi uma recuperação expressiva em relação aos dois primeiros meses do ano, que foram muito ruins. Afirmam ainda que foi uma ligeira recuperação e está muito abaixo das taxas verificadas em outros meses, principalmente no primeiro semestre de 2014. Também merece destaque o setor de transporte, principalmente pela contribuição do setor de agronegócio.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Alex Felipe Rodrigues Lima
Dinamar Maria Ferreira Marques
Luiz Batista Alves
Millades de Carvalho Castro