Setor de serviços goiano fecha o semestre com queda de 7,0%


A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) em Goiás, mês de junho/2017, apontou recuo no volume de 0,4%, já descontada à inflação, comparado ao mês de maio/2017. Já a média nacional cresceu 1,3% no mesmo período de comparação. A receita nominal para o período foi de -0,2% no estado e 1,0% no país (Tabela 1).

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Serviços – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Variações Mensais (%)

Brasil

Goiás

 

abr/17

mai/17

jun/17

abr/17

mai/17

jun/17

Volume de Serviços

1,1

0,5

1,3

-0,4

0,9

-0,4

Receita Nominal de Serviços

0,9

1,0

1,0

-0,3

1,2

-0,2

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (jun17/jun16), Goiás apresentou queda de -6,5% (descontada a inflação), superior ao resultado nacional, que foi de -3,0%. Entre as unidades da Federação, Goiás apresentou a 16ª pior taxa. Nos últimos 12 meses, o setor de Serviços goiano acumulou queda de 9,1% em volume. No âmbito regional, cinco estados apresentaram resultados positivos. Por outro lado, as maiores quedas, na comparação jun17/jun16, ocorreram no Distrito Federal (-16,8%), em Roraima (-16,3%) e em Rondônia (-14,3%)  (Gráfico 1).

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

O setor de Serviços goiano vem recuando nas atividades apuradas pela pesquisa desde o início de 2015, neste ano já acumula uma taxa negativa de 7,0%. A maior queda em jun/17 ocorreu no setor de Serviços de informação e comunicação (-21,2%), acumulando nos últimos 12 meses uma taxa de -11,4%. Entretanto, na comparação jun17/jun16, a atividade de Serviços prestados às famílias vem apresentando resultados positivos desde setembro/2016, com uma taxa de 18,1% e em doze meses a taxa é de 10,9%.  O segmento turístico apresentou, na comparação jun/17 com jun/16, alta de 15,1% e no acumulado nos doze meses a taxa foi de 7,5% (Tabela 2).

 

Tabela 2: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

abr/17

mai/17

jun/17

No Ano

Acumulado 12 meses

Brasil

-5,7

-1,9

-3,0

-4,1

-4,7

Serviços prestados às famílias

-3,3

1,7

4,1

-2,1

-3,2

Serviços de informação e comunicação

-2,6

-2,8

-2,9

-1,7

-2,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-11,4

-5,3

-6,7

-8,6

-6,4

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-1,5

4,4

2,0

-0,8

-5,2

Outros serviços

-16,6

-6,2

-8,9

-10,1

-5,8

Atividades turísticas

-6,2

-4,8

-5,2

-6,4

-4,6

 

         

Goiás

-8,0

-5,0

-6,5

-7,0

-9,1

Serviços prestados às famílias

14,9

9,0

18,1

15,3

10,9

Serviços de informação e comunicação

-13,7

-13,5

-21,2

-14,7

-11,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

3,0

-2,7

-0,2

-1,5

-4,5

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-16,2

-0,5

-4,2

-9,8

-16,1

Outros serviços

-1,8

-4,7

-3,0

0,3

-2,7

Atividades turísticas

12,6

7,9

15,1

12,7

7,5

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

 

Em relação à variação nominal da receita de serviços, Goiás apresentou queda em jun/2017 de 0,8%, e o indicador nacional foi positivo em 3,2%. Em termos de atividades em Goiás, a receita nominal dos segmentos de Atividades turísticas (23,7%), Serviços prestados às famílias (16,9%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%) apresentaram as maiores taxas positivas (Tabela 3).

 

Tabela 3: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

abr/17

mai/17

jun/17

No Ano

Acumulado 12 meses

Brasil

-0,5

3,9

3,2

1,6

0,6

Serviços prestados às famílias

1,1

5,6

9,2

1,9

1,1

Serviços de informação e comunicação

-0,6

-0,9

-0,9

0,5

-0,2

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-5,1

1,2

0,0

-2,1

-0,2

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,6

11,2

9,6

6,2

1,8

Outros serviços

-10,3

0,5

-2,0

-3,3

0,8

Atividades turísticas

6,5

7,9

10,9

4,0

2,1

           

Goiás

-3,0

0,5

-0,8

-1,4

-3,7

Serviços prestados às famílias

9,4

5,4

16,9

10,9

8,9

Serviços de informação e comunicação

-10,4

-10,1

-18,1

-11,4

-8,3

Serviços profissionais, administrativos e complementares

11,7

5,2

7,4

7,0

2,4

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-11,6

4,4

1,3

-4,1

-8,9

Outros serviços

3,3

0,3

3,1

6,0

3,3

Atividades turísticas

18,2

14,1

23,7

17,7

11,4

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

 

No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, a receita nominal do setor recuou -1,4% e nos últimos doze meses, -3,7%. As atividades de Serviços de informação e comunicação e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio são aquelas que estão com taxas negativas acumuladas no ano.

A redução da taxa de juros no médio prazo pode ajudar na retomada da atividade econômica pela indústria e pelo comércio, desta forma, influenciando uma melhora nos indicadores do setor de serviços, que é uma atividade dependente do bom desenvolvimento das demais.

 

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Juliana Dias Lopes

Rafael dos Reis Costa

 

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