Setor de serviços goiano fecha 2017 com queda de -3,7%
No mês de dezembro de 2017, o setor de serviços goiano registrou crescimento de 0,5% no volume de serviços prestados em relação a novembro, na série livre de influências sazonais, seguindo o crescimento de 2,6% em novembro e recuo de 2,2% em outubro. Na série sem ajuste sazonal, comparando a dezembro de 2016, o volume de serviços prestados teve crescimento de 2,2%. Com esses resultados a taxa acumulada no ano e em 12 meses ficou em -3,7%.
No que concerne aos resultados regionais do setor de serviços em dezembro, as maiores variações positivas de volume em relação a novembro foram registradas em Roraima (15,1%), Maranhão (5,4%) e Espírito Santo (4,6%). As maiores variações negativas foram observadas em Tocantins (-12,7%), Ceará (-3,4%) e Mato Grosso (-2,6%). Os dados mensais estão apresentados no gráfico 1.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Serviços – 2017 (mês/mês anterior com Ajuste Sazonal %) |
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Variações Mensais (%) |
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Brasil |
Goiás |
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out/17 |
nov/17 |
dez/17 |
out/17 |
nov/17 |
dez/17 |
Volume de Serviços |
-0,5 |
1,0 |
1,3 |
-2,2 |
2,6 |
0,5 |
Receita Nominal de Serviços |
0,2 |
1,2 |
0,9 |
-1,8 |
2,3 |
0,3 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços. |
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Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (dez17/dez16), sem ajuste sazonal, o volume de Serviços em Goiás apresentou a maior taxa de crescimento desde outubro de 2014 (2,6%), com uma taxa significativa de 2,2% (descontada a inflação). O Brasil, por sua vez, apresentou um crescimento de 0,4% na mesma comparação. Nesta métrica, os estados do Mato Grosso (48,9%) e Roraima (10,2%) obtiveram os maiores crescimentos do país, enquanto Tocantins (-18,3%) e Ceará (-16,6%) apresentaram os piores resultados, como apresentado no gráfico 2.
No acumulado do ano e em doze meses, Goiás apresentou uma taxa negativa de -3,7% no volume de serviços, e a taxa de receita nominal teve crescimento de 1,5%. O resultado brasileiro não se distanciou muito do goiano, de maneira que o país obteve taxa de -2,8% e 2,5% para o volume e para receita nominal, respectivamente. Nestas comparações, o estado de Mato Grosso expandiu 15,8% no volume e 20,8% na receita e foi o estado que apresentou o maior crescimento, assim como foi o único a apresentar resultado positivo no volume.
Ainda que o setor de serviços goiano tenha registrado no mês de dezembro crescimento de 2,2%, o ano de 2017 ainda foi caracterizado por uma retração das atividades de serviços, com decrescimento de 3,7%, contudo os segmentos de serviços prestados às famílias e de atividades turísticas sobressaíram aos demais, fechando o ano com um crescimento robusto de 14,4% e de 11,1%, respectivamente. Por outro lado, o resultado do acumulado no ano das receitas foi positivo (1,5%), influenciado pelo bom desempenho das atividades de Serviços prestados às famílias (12,2%) e Atividades turísticas (16,7%).
O Brasil, por sua vez, obteve crescimento de 0,4% no volume de serviços no mês de dezembro em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acumulado do ano para esta base fechou com recuo de -2,8%. Em termos de segmento, a maior taxa de crescimento do país foi de 2,2% no segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, como pode ser observado na tabela 2.
A receita nominal de serviços brasileira teve aumento de 4,9% no mês de dezembro de 2017 em relação a dezembro de 2016 e fechou o ano com crescimento de 2,5%. As atividades que se destacaram no país em 2017 foram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,7%) e Atividades turísticas (4,0%), como mostra a tabela 3.
Tabela 2: Volume de Serviços, segundo atividades (%) |
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Atividades |
Mês /Igual Mês do Ano Anterior |
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Taxa de Variação (%) |
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Out/17 |
Nov/17 |
Dez/17 |
No Ano |
Acumulado 12 meses |
|
Brasil |
-0,4 |
-0,7 |
0,4 |
-2,8 |
-2,8 |
Serviços prestados às famílias |
0,3 |
1,5 |
-3,7 |
-1,1 |
-1,1 |
Serviços de informação e comunicação |
-2,2 |
-0,8 |
2,3 |
-2,0 |
-2,0 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-6,4 |
-5,9 |
-3,9 |
-7,3 |
-7,3 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
8,5 |
6,6 |
4,8 |
2,2 |
2,2 |
Outros serviços |
-5,0 |
-10,0 |
-5,7 |
-8,9 |
-8,9 |
Atividades turísticas |
-7,4 |
-6,3 |
-6,2 |
-6,5 |
-6,5 |
|
|||||
Goiás |
-1,8 |
1,2 |
2,2 |
-3,7 |
-3,7 |
Serviços prestados às famílias |
8,4 |
12,2 |
18,7 |
14,4 |
14,4 |
Serviços de informação e comunicação |
-18,2 |
-8,5 |
-4,0 |
-14,2 |
-14,2 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
6,7 |
-0,4 |
1,5 |
1,2 |
1,2 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
7,0 |
5,5 |
-3,5 |
-3,4 |
-3,4 |
Outros serviços |
1,9 |
4,2 |
-10,7 |
-0,6 |
-0,6 |
Atividades turísticas |
7,4 |
9,3 |
10,6 |
11,1 |
11,1 |
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço. |
Tabela 3: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%) |
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Atividades |
Mês /Igual Mês do Ano Anterior |
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Taxa de Variação (%) |
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Out/17 |
Nov/17 |
Dez/17 |
No Ano |
Acumulado 12 meses |
|
Brasil |
5,0 |
4,2 |
4,9 |
2,5 |
2,5 |
Serviços prestados às famílias |
4,1 |
5,6 |
1,4 |
2,6 |
2,6 |
Serviços de informação e comunicação |
-0,7 |
0,3 |
3,0 |
-0,2 |
-0,2 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-0,4 |
-0,6 |
2,1 |
-1,1 |
-1,1 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
15,1 |
13,3 |
10,2 |
8,7 |
8,7 |
Outros serviços |
1,3 |
-4,3 |
0,5 |
-2,4 |
-2,4 |
Atividades turísticas |
5,3 |
4,8 |
3,8 |
4,0 |
4,0 |
Goiás |
3,4 |
5,8 |
5,7 |
1,5 |
1,5 |
Serviços prestados às famílias |
8,1 |
12,4 |
20,8 |
12,2 |
12,2 |
Serviços de informação e comunicação |
-16,5 |
-7,5 |
-3,2 |
-11,7 |
-11,7 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
13,2 |
5,0 |
7,1 |
9,0 |
9,0 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
12,2 |
11,7 |
2,6 |
2,0 |
2,0 |
Outros serviços |
7,8 |
10,1 |
-5,5 |
5,0 |
5,0 |
Atividades turísticas |
14,7 |
16,9 |
17,4 |
16,7 |
16,7 |
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço. |
Atividades turísticas
Em termos regionais, analisando-se os resultados de volume na série livre de influências sazonais das Atividades turísticas, segundo as Unidades da Federação selecionadas, as variações positivas foram observadas em Santa Catarina (10,2%), Rio Grande do Sul (6,2%), Bahia (5,8%), Minas Gerais (5,7%), Espírito Santo (5,4%), Pernambuco (3,0%), Goiás (1,6%) e Paraná, Rio de Janeiro e Ceará (todas com 1,4%). As variações negativas foram registradas no Distrito Federal (-1,0%) e em São Paulo (-3,8%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior sem ajuste sazonal, as variações positivas foram as seguintes: Santa Catarina (19,0%), Pernambuco (16,5%), Ceará (12,0%), Espírito Santo (11,2%), Goiás (10,6%), Minas Gerais (10,2%), Bahia (7,4%) e Paraná (6,8%). As variações negativas foram as seguintes: Rio Grande do Sul (-2,9%), São Paulo (-15,4%), Rio de Janeiro (-15,5%) e Distrito Federal (-16,2%).
Para as atividades turísticas, o ano de 2017 foi altamente significativo para Goiás. Dentre as UF’s analisadas, o estado obteve a maior taxa na atividade de turismo no acumulado do ano (11,1%), seguido do Pernambuco (8,2%) e Santa Catarina (6,7%). Em direção oposta, Rio de Janeiro (-19,5%) e Distrito Federal (-19,3%) apresentaram as piores taxas de 2017, conforme aponta o gráfico 5.
O ótimo resultado goiano nas atividades turísticas deve-se principalmente ao turismo de negócios, o qual tem grande relevância no estado de Goiás. Além disso, o aumento da confiança dos brasileiros e a positividade no mercado de trabalho aumentam a demanda pelo turismo na região.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa
Welington José de Souza Filho