Setor de Serviços goiano cresce 1,9% em abril
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMS-IBGE), em abril de 2018, o volume do setor de serviços em Goiás expandiu 1,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A expansão do volume de serviços no Brasil (2,2%) foi acompanhada por 12 das 27 Unidades da Federação. São Paulo (5,2%) exerceu o principal impacto positivo para explicar o resultado nacional e alcançou a taxa mais elevada desde março de2015 (5,4%). Outras contribuições relevantes vieram do Rio Grande do Sul (6,8%), Distrito Federal (5,2%) e Espírito Santo (9,7%). Por outro lado, os recuos mais importantes para a formação do índice nacional vieram da Bahia (-11,3%) e do Rio de Janeiro (-1,1%), com a primeira registrando a taxa negativa mais intensa desde setembro de 2016 (-11,6%); e o segundo alcançando o trigésimo sétimo resultado negativo consecutivo, como são apresentados no Gráfico 1.
Na série com ajuste sazonal, isto é, comparado ao mês imediatamente anterior, o estado goiano apresentou expansão de1,1% no volume de Serviços. Nesta comparação, 11 das 27 Unidades da Federação, assinalaram crescimento no volume dos serviços em abril de 2018, acompanhando o avanço observado no Brasil (1,0%).Entre os locais que apontaram resultados positivos nesse mês, destaque para São Paulo (1,7%) e Rio Grande do Sul (5,7%). Em contrapartida, as principais influências negativas em termos regionais vieram da Bahia (-5,5%) e do Paraná (-2,1%). Os dados estão apresentados no Gráfico 2.
Em Goiás, na comparação com igual mês do ano anterior, os segmentos do setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (9,0%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (8,5%) e foram os únicos segmentos que apresentaram desempenho positivo em abril de 2018. O primeiro foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento na receita oriunda das atividades de transportes rodoviários de cargas, coletivo de passageiros, transporte aéreo, correio e operação de aeroportos. E o segundo pelo crescimento dos serviços de limpeza geral, organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções, atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia e atividades jurídicas. Por outro lado, Serviços de informação e comunicação (-6,3%) apresentou a maior retração no volume de serviços em Goiás, pressionada, em grande parte, pela menor receita real vinda de telecomunicações.
Atividades Turísticas
A atividade turística em Goiás teve recuo de 2,0% na passagem de março para abril de 2018. O índice da atividade para o Brasil avançou 3,3%. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento observado no Brasil (Gráfico 6), com destaque para a expansão vinda de São Paulo, que avançou 5,3%. Vale mencionar ainda os impactos positivos vindos de Bahia (3,0%), Minas Gerais (2,5%) e Rio Grande do Sul (3,7%). Em sentido oposto, a atividade turística do Rio de Janeiro (-2,0%) mostrou a queda mais importante entre os locais, após apontar variação positiva (0,3%) no mês anterior.
Na comparação abril de 2018 / abril de 2017, o índice de volume de atividades turísticas de Goiás também retrocedeu (-2,8%) e no Brasil houve expansão de 2,2%, impulsionado, principalmente, pelo aumento dos serviços de hotéis e de transporte aéreo. Cabe ressaltar que o turismo nacional volta a mostrar crescimento após quatorze taxas negativas e uma estável. Em termos regionais, nove dos doze estados onde o indicador é investigado mostraram avanço dos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (2,9%), que alcança a segunda taxa positiva seguida após ter crescido 2,8% em março. Outras contribuições positivas vieram de Santa Catarina (10,5%), Minas Gerais (5,9%), Rio Grande do Sul (5,9%) e Espírito Santo (17,5%). Em contrapartida, o impacto negativo mais importante ficou com Rio de Janeiro (-6,1%), que registra a vigésima quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de indicador. Os dados são apresentados no Gráfico 5.
Tabela 1- Volume de serviços – Brasil e Goiás variação percentual (%) –abril 2018
|
Interanual* |
Acumulada no ano* |
Acumulada em 12 meses* |
Brasil |
|
|
|
Total |
2,2 |
-0,6 |
-1,4 |
1. Serviços prestados às famílias |
0,8 |
-1,6 |
-0,1 |
2. Serviços de informação e comunicação |
-1,6 |
-3,2 |
-2,7 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares |
2,7 |
-1,2 |
-4,6 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
4,4 |
1,9 |
3,8 |
5. Outros serviços |
11,4 |
4,1 |
-4,1 |
Atividades Turísticas |
2,2 |
-0,9 |
-4,5 |
|
|
|
|
Goiás |
|
|
|
Total |
1,9 |
0,7 |
-0,9 |
1. Serviços prestados às famílias |
-2,6 |
2,5 |
10,0 |
2. Serviços de informação e comunicação |
-6,3 |
-5,6 |
-11,8 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares |
8,5 |
8,1 |
4,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
9,0 |
2,9 |
2,2 |
5. Outros serviços |
-2,6 |
-4,1 |
-2,8 |
Atividades Turísticas |
-2,8 |
1,4 |
7,2 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2018. * Base: igual período do ano anterior |
Tabela 2- Receita de serviços – Brasil e Goiás Variação percentual (%) – março de 2018
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Interanual* |
Acumulada no ano* |
Acumulada em 12 meses* |
Brasil |
|
|
|
Total |
4,6 |
1,9 |
2,9 |
1. Serviços prestados às famílias |
2,0 |
0,0 |
2,8 |
2. Serviços de informação e comunicação |
-1,8 |
-3,2 |
-1,7 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares |
4,8 |
1,9 |
0,6 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
9,1 |
5,8 |
9,2 |
5. Outros serviços |
14,4 |
8,1 |
1,6 |
Atividades Turísticas |
2,5 |
2,2 |
4,2 |
|
|
|
|
Goiás |
|
|
|
Total |
4,3 |
3,7 |
3,4 |
1. Serviços prestados às famílias |
0,1 |
4,9 |
10,2 |
2. Serviços de informação e comunicação |
-6,9 |
-5,3 |
-10,2 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares |
8,2 |
8,6 |
9,4 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
14,6 |
9,4 |
7,7 |
5. Outros serviços |
0,5 |
0,0 |
2,4 |
Atividades Turísticas |
-2,3 |
4,3 |
12,3 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2018. * Base: igual período do ano anterior |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino