Setor de serviços em Goiás volta a recuar em abril, 0,6%
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em abril de 2015, apresentou crescimento nominal para o País de 1,7%, na comparação com abril do ano passado. Ainda nessa comparação os segmentos com maiores destaques foram o de Serviços profissionais, administrativos e complementares (6,7%) e Serviços prestados às famílias (1,2%), Tabela 1.
Em âmbito regional quatorze Unidades da Federação apresentaram taxas negativas. Os estados que apresentaram as maiores quedas foram: Roraima (-9,9%), Amapá (-9,7%), Maranhão (-6,8%), Espírito Santo (-4,8%), Mato Grosso (-4,4%) e Tocantins (-3,7%), ficando o estado de Goiás com a menor taxa negativa (-0,6%). Em sentido contrário, as maiores taxas positivas ocorreram em Rondônia (7,8%), Ceará (4,4%), Mato Grosso do Sul (3,9%) e São Paulo (3,2%).
A receita nominal em abril de 2015 para o setor de serviços goiano voltou apresentar queda de 0,6%%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Serviços de informação e comunicação foi o único segmento que apresentou taxa negativa (-8,1%), que foi afetado, em grande parte, pelos cortes de despesas em publicidade e propaganda por parte do governo e empresas. Os outros seguimentos, mesmo com taxas positivas, apresentaram taxas decrescentes, contribuindo para a queda na taxa no setor, com exceção de Serviços prestados às famílias, comparados com o mês de março, (Tabela 1).
Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)
Atividades |
Mês /Igual Mês do Ano Anterior |
||||
Taxa de Variação (%) |
|||||
Fev/15 |
Mar/15 |
Abr/15 |
No Ano |
12 meses |
|
Brasil |
0,8 |
6,1 |
1,7 |
2,6 |
4,2 |
Serviços prestados às famílias |
6,8 |
2,4 |
1,2 |
4,8 |
6,9 |
Serviços de informação e comunicação |
0,7 |
2,9 |
-0,1 |
0,4 |
1,5 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
3,6 |
8,7 |
6,7 |
6,2 |
7,9 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
-1,8 |
8,8 |
1,0 |
2,6 |
4,0 |
Outros serviços |
-0,3 |
5,3 |
-2,2 |
0,6 |
4,8 |
Goiás |
-4,3 |
4,3 |
-0,6 |
0,5 |
4,6 |
Serviços prestados às famílias |
10,7 |
6,1 |
10,2 |
10,0 |
8,2 |
Serviços de informação e comunicação |
-8,5 |
-0,5 |
-8,1 |
-4,5 |
5,3 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
14,6 |
21,9 |
12,3 |
15,1 |
7,3 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
-10,9 |
2,7 |
1,0 |
-2,6 |
0,8 |
Outros serviços |
3,1 |
3,2 |
0,5 |
6,9 |
8,5 |
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015. Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço. |
Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Estado de Goiás voltou a cair no ranking, da 10ª colocação registrada no mês anterior, para a 14ª posição em abril de 2015 (Gráfico 1).
No Gráfico 2, verifica-se que o setor serviços goiano desacelerou no indicador acumulado em 12 meses 4,6% em abril, ante 5,5% em março. Como pode ser observado o Brasil também seguiu a mesma trajetória.
Desde junho de 2014 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem diminuído, sendo que, em abril/15 os indicadores se apresentaram bem próximos (Gráfico 2).
Resultados setoriais de Goiás
Em Goiás, os segmentos de maiores destaques foram os de Serviços profissionais, administrativos e complementares que apresentou taxa de 12,3%, na comparação com igual mês do ano anterior, seguido por Serviços prestados às famílias, com 10,2% de expansão, verificando-se uma ligeira recuperação nesse segmento, que contribuiu para que a queda no setor não fosse maior. O desempenho setorial favorável destas atividades pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial dos seus principais serviços. Por outro lado, o segmento de Serviços de informação e comunicação (serviços de publicidade e propaganda) apresentou taxa negativa de 8,1%, que vem ocorrendo desde o início de 2015, acumulando taxa de -4,5% no ano (Tabela 1).
Em abril/15 o setor apresentou taxa negativa, caindo no ranking entre as outras Unidades de Federação, ficando na 14ª colocação, ante 10ª em março/15.
O setor de serviços, em geral, acompanha o comportamento das demandas ocorridas na indústria, no comércio e na agricultura. Com esta conjuntura desfavorável e a desaceleração da economia, os serviços também acabam sendo afetados. Segundo analistas o resultado do setor de serviços vem apresentando recuperação gradativamente, o que não altera a percepção desfavorável das empresas sobre o rumo dos negócios.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Alex Felipe Rodrigues Lima
Dinamar Maria Ferreira Marques
Luiz Batista Alves
Millades de Carvalho Castro