Setor de serviços em Goiás tem retração em fevereiro, -4,3%.


A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em fevereiro de 2015, apresentou crescimento nominal para o país de 0,8%, na comparação com fevereiro do ano passado. Ainda nessa comparação o segmento de maior destaque foi o de Serviços prestados às famílias (6,8%), Tabela 1.

Em âmbito regional dezesseis Unidades da Federação apresentaram taxas negativas. As principais quedas ocorreram em Mato Grosso (-17,0%), Roraima (-8,6%), Piauí (-6,9%), Maranhão (-6,3%), Acre (-5,2%), Goiás (-4,3%), Paraná (-3,1%), Amapá (-2,7%) e Rondônia   (-2,6%). Em sentido contrário, as maiores taxas positivas ocorreram no Tocantins (8,0%), Bahia (4,6%), Paraíba (3,3%) e São Paulo (3,2%). O Estado do Rio Grande do Norte se manteve estável (0,0%).

A receita nominal em fevereiro de 2015 para o setor de serviços goiano teve queda de 4,3%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As maiores contribuições para a receita goiana vieram do segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares, que apresentou taxas de 14,6% e Serviços prestados às famílias, com 10,7%, (Tabela 1).

Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Dez/14

Jan/15

Fev/15

No Ano

12 meses

Brasil

3,9

1,8

0,8

1,3

4,7

Serviços prestados às famílias

8,8

8,8

6,8

7,9

8,3

 Serviços de informação e comunicação

-2,0

-2,0

0,7

-0,7

2,0

 Serviços profissionais, administrativos e complementares

10,9

5,4

3,6

4,5

7,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,9

2,2

-1,8

0,2

4,5

Outros serviços

3,4

0,0

-0,2

-0,1

5,7

Goiás

5,0

2,5

-4,3

-0,9

5,9

Serviços prestados às famílias

7,7

12,7

10,7

11,8

9,4

 Serviços de informação e comunicação

1,4

-0,9

-8,5

-4,7

9,5

 Serviços profissionais, administrativos e complementares

8,0

11,3

14,6

12,9

2,9

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,3

-3,1

-11,1

-7,3

1,3

Outros serviços

22,9

20,9

3,2

12,3

8,9

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Estado de Goiás caiu da 11ª colocação registrada no mês anterior, para a 22ª posição em fevereiro de 2015 (Gráfico 1), ficando com a sexta menor taxa de crescimento.

No Gráfico 2, os serviços de Goiás desacelerou para o indicador acumulado em 12 meses 5,9% em fevereiro, ante 7,8% em janeiro /15. Como pode ser observado o Brasil também seguiu a mesma trajetória.

 

 

Desde junho de 2014 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem diminuído, sendo que, em fevereiro/15 os indicadores tiveram a maior aproximação (Gráfico 2).

 

 

 

Resultados setoriais de Goiás

Em Goiás, os segmentos de maiores destaques foram os de Serviços profissionais, administrativos e complementares que apresentou taxa de 14,6%, na comparação com igual mês do ano anterior, seguido por Serviços prestados às famílias, com 10,7% de expansão. Por outro lado, o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios e Serviços de informação e comunicação apresentaram taxas negativas de 11,1% e 8,5%, respectivamente.

Na passagem de janeiro para fevereiro, entre os segmentos de serviços, os Serviços profissionais, administrativos e complementares foi o único que teve acréscimo, saiu de 11,3% para 14,6%. Os demais segmentos apurados pela pesquisa apontaram taxas decrescentes de janeiro para fevereiro (Tabela 1).

Em fevereiro/15 o setor apresentou queda significativa, ficando em 22ª colocação. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi o que apresentou maior queda (11,1%) e segundo analistas, há de se observar o problema de forma conjugada, pois no ano passado o mercado estava aquecido. Além disso, há o enfrentamento do desaquecimento da economia e o problema da entressafra no setor agropecuário, pois houve retração mais intensa do agronegócio em Goiás e outras Unidades da Federação.


 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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