Setor de serviços em Goiás segue em declínio (-5,6%) em junho


 

Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), em junho de 2016, mostra Goiás com queda de 5,6% em volume comparado com o mesmo mês do ano anterior, taxa superior à média nacional que foi de -3,4%. Nos últimos 12 meses Goiás acumula queda de 5,9% em volume. No âmbito regional, Amazonas, Amapá e Mato Grosso foram os que apresentaram variações negativas mais intensas em junho: 15,1%, 14,9% e 13,1%, respectivamente. Por outro lado, se destacaram com taxas positivas o Acre (12,3%), Roraima (7,1%), Distrito Federal (4,9%) e Tocantins (3,1%) – (Gráfico 1).

 

 

 

 

O setor de serviços em Goiás vem apresentando recuo desde agosto de 2015, resultado que atinge as seis atividades pesquisadas. Entre as atividades analisadas, com uma queda de 11,1%, o setor de Serviços profissionais, administrativos e complementares teve a maior queda em junho, sendo que no ano o recuo nesse setor foi de 11,2%. Na sequência, vieram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio com queda de 5,4%, acumulando -5,1% no ano. Revertendo a taxa de -7,6% apurada em maio/16, o segmento de Atividades turísticas foi o único que apresentou taxa positiva, 1,7%, na comparação jun/16 com jun/15.

 

 

Tabela 1: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Abr/16

Maio/16

Jun/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-4,7

-6,0

-3,4

-4,9

-4,9

Serviços prestados às famílias

-3,1

-6,9

-7,5

-4,4

-5,2

Serviços de informação e comunicação

-3,0

-2,6

-1,6

-3,4

-2,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-5,4

-7,7

-5,9

-6,5

-6,6

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-7,3

-9,1

-3,6

-5,9

-6,4

Outros serviços

-3,4

-6,2

-2,2

-3,8

-7,4

Atividades turísticas

-3,6

-8,9

-0,2

-2,2

-2,1

Goiás

-5,9

-6,2

-5,6

-6,8

-5,9

Serviços prestados às famílias

-7,4

-9,0

-2,0

-4,5

-3,9

Serviços de informação e comunicação

-5,1

-4,7

-4,8

-6,6

-5,8

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-10,8

-6,0

-11,1

-11,2

-8,1

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-4,3

-8,4

-5,4

-5,1

-4,1

Outros serviços

-6,9

-5,1

-1,8

-8,9

-12,5

Atividades turísticas

-5,8

-7,6

1,7

-1,9

-0,8

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Em relação à receita de serviços, o indicador para Goiás apresentou queda em jun/2016 (-0,7%), e o indicador nacional elevou 0,6%. Em termos de atividades em Goiás, apenas dois segmentos apresentaram taxas positivas: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e Outros serviços (4,5%) (Tabela 2).

 

Tabela 2: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Abr/16

Maio/16

Jun/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

0,2

-0,7

0,6

0,2

0,3

Serviços prestados às famílias

3,3

-1,1

-2,2

1,7

0,9

Serviços de informação e comunicação

0,0

0,4

1,0

-0,4

-0,2

Serviços profissionais, administrativos e complementares

1,2

-1,4

0,1

0,1

0,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-1,7

-1,6

0,2

0,1

0,7

Outros serviços

3,8

0,8

4,5

3,4

0,0

Atividades turísticas

-2,6

-3,5

-3,5

-0,5

-0,1

Goiás

0,1

-0,2

-0,7

-0,9

0,0

Serviços prestados às famílias

0,8

-3,9

-1,4

0,7

1,6

Serviços de informação e comunicação

-1,1

-0,6

-1,3

-3,1

-3,3

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-4,3

0,7

-5,4

-4,8

-1,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

3,5

0,6

1,9

4,0

5,8

Outros serviços

0,3

2,1

4,5

-2,1

-5,5

Atividades turísticas

-2,2

-2,2

-0,4

-0,2

0,6

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

Os resultados da Pesquisa de Serviços de junho apontaram um quadro menos desfavorável para Goiás, considerando a comparação com 2015. O setor de Serviços profissionais, administrativos e complementares, aqueles serviços voltados para a atividade produtiva, como serviços jurídicos, de consultoria empresarial, arquitetura e engenharia e os administrativos como vigilância, de limpeza em prédios, segurança e vigilância e de teleatendimento foram os que mais recuaram. Puxado pela contração do setor produtivo serviços de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio recuou com mais intensidade.

 

Já a atividade de turismo, depois de vários meses em queda, desde mar/16, voltou a apresentar alta em jun/16 devido, em grande parte, pela realização da Romaria do Divino Pai Eterno na cidade de Trindade e a temporada do rio Araguaia que ocorre todo ano nesse período.

 

Em geral, o que se observa é que o setor de serviços sofre impactos pela dinâmica de outros setores da economia, como o da indústria, da construção e outros prestadores de serviços, por englobar atividades intensivas em mão de obra. Além disso, a atual conjuntura demonstra que a população ainda está sentindo os efeitos amargos da elevada taxa de inflação e de desemprego.

 

 

 

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

Governo na palma da mão

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