A Pesquisa Mensal de Serviços(PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou queda de 10,6% no volume de serviços para Goiás,na comparação com mesmo mês do ano passado. Aqueda foi bem acima da registrada para o Brasil (-5,1%).O recuo em volume no setor de serviços em Goiás persiste por doze meses consecutivos (desde janeiro do ano passado). A variação foi a mais elevada desde janeiro de 2015. Nessa mesma métrica,  os Estados  do Amapá e  Amazônia foram  os que  apresentaram as  maiores quedas,  -19,1% e -14,1%, respectivamente. Porém com as taxas de crescimento mais altas destacaram-se o Estado de Mato Grosso (17,5%) e o Distrito Federal (13,3%), conforme gráfico 1.

A Tabela 1 mostra que em Goiás apenas o segmento de atividades turísticas apresentou crescimento, 0,6%. Todos os demais segmentos apresentaram retração, situação semelhante ao que ocorreu na economia nacional. Dentre os serviços pesquisados, outros serviços e serviços de informação e comunicação apresentaram queda interanual mais intensa em relação a janeiro do ano passado. Na mesma métrica serviços prestados às famílias apresentou redução menos intensa.

A queda acentuada no setor de outros serviços que inclui atividades imobiliárias (intermediação, gestão e administração de imóveis próprios e de terceiros); serviços de manutenção e reparação; serviços auxiliares financeiros; serviços auxiliares da agricultura; serviços de esgoto e serviços de coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais é explicada pela forte retração nas atividades produtivas, em linha com os resultados da produção industrial e vendas do comércio, que apresentaram recuo para Goiás em no mesmo mês.

Tabela 1: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Em relação à receita do setor de serviços em Goiás, verifica-se na Tabela 2 que quase todos os segmentos apresentaram taxas negativas e apenas o segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou variação positiva, de 0,6%.

Destacam-se os segmentos de outros serviços e serviços de informação e comunicação, que vem apresentando queda mais intensa em relação a janeiro do ano passado. Já o segmento de serviços prestados às famílias apresentou leve queda nesse indicador.

Tabela 2: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Diante dos resultados apresentados na pesquisa, observa-se a continuidade de uma conjuntura desfavorável, devido à crise tanto no âmbito econômico quanto político que vem se arrastando desde o ano anterior, onde o setor de serviços e de comércio tem sido mais resilientes em termos de desemprego. Essa situação não está ocorrendo somente em Goiás, ela é sistêmica, das vinte e sete Unidades da Federação vinte tiveram recuo na pesquisa de serviços.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

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