Setor de serviços em Goiás dá sinais de recuperação, cresceu em 0,7% em junho


A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em junho de 2015, apresentou crescimento nominal no Brasil de 2,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda nessa comparação, os segmentos com maiores destaques foram o de Serviços profissionais, administrativos e complementares (6,0%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), Tabela 1.

Em âmbito regional oito unidades da federação apresentaram taxas negativas. Os Estados que apresentaram as maiores quedas foram: Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,5%), Amapá (-4,3%) e Maranhão (-2,9%). Por outro lado, as maiores taxas positivas ocorreram em Rondônia (15,9%), Alagoas (8,0%), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (7,4%) e Santa Catarina (7,3%).

A receita nominal em junho de 2015 para o setor de serviços goiano apresentou leve recuperação com alta de 0,7%, ante -3,1% no mês anterior, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os Serviços profissionais administrativos e complementares (14,9%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,9%) contribuíram para esta alta no Estado de Goiás. Em junho, os segmentos que apresentaram recuo foram Serviços prestados às famílias recuaram -9,5%, Serviços de informação e comunicação -4,6% e Outros serviços -1,4%, vide Tabela 1.

Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Abr/15

Maio/15

Jun/15

No Ano

12 meses

Brasil

1,7

1,0

2,1

2,3

3,5

Serviços prestados às famílias

1,2

-1,3

0,0

3,0

5,0

Serviços de informação e comunicação

-0,1

-0,8

-1,7

-0,2

0,5

Serviços profissionais, administrativos e complementares

6,7

5,4

6,0

6,0

7,6

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

1,2

0,8

4,4

2,6

3,5

Outros serviços

-2,3

0,3

0,4

0,5

4,3

Goiás

-0,7

-3,1

0,7

-0,1

2,5

Serviços prestados às famílias

10,2

5,0

-9,5

5,2

3,2

 Serviços de informação e comunicação

-8,1

-5,7

-4,6

-4,7

1,1

 Serviços profissionais, administrativos e complementares

12,6

10,5

14,9

14,3

10,1

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

1,0

-7,4

4,9

-2,2

-0,6

Outros serviços

-0,9

-6,0

-1,4

3,0

7,8

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Em âmbito regional, entre as Unidades da Federação, o Estado de Goiás apresentou leve recuperação no ranking, no mês de maio/15, figurava entre os cinco piores Estados no desempenho da receita de serviços e em junho alcançou a 18º posição (Gráfico 1).

 

 

 

 

No Gráfico 2, verifica-se que o setor serviços goiano desacelerou no indicador acumulado em 12 meses 3,5% em junho, ante 3,8% em maio. Como pode ser observada, a trajetória para o setor de serviços em Goiás tem se mantido abaixo da média nacional. Desde junho de 2014 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem diminuído, sendo que, em abril/15 os indicadores se apresentaram bem próximos (Gráfico 2).

 

Resultados setoriais de Goiás

Para o Estado de Goiás, o segmento de maior destaque foi os de Serviços profissionais, administrativos e complementares, que apresentou taxa de 14,9% em junho, comparação com igual mês do ano anterior. Os Serviços técnico-profissionais, correspondentes aos serviços intensivos em conhecimento e os Serviços administrativos e complementares foram as atividades que mais contribuíram para este desempenho. O segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio também teve expansão em Goiás de 4,9% (Tabela 1).

Os serviços prestados às famílias apresentaram queda em Goiás de 9,5%, diferente do Brasil que se manteve estável. Isto demonstra a forte queda no poder aquisitivo das famílias, decorrente da diminuição dos salários reais, pois o segmento vinha apresentando taxas positivas em meses anteriores.

O setor de serviços, em geral, está em linha com comportamento da indústria, do comércio e da agricultura. Essas atividades vêm tendo forte contração nos últimos meses e na esteira os serviços acabam sendo afetados. Conforme observação na série, as atividades de serviços que vinham apresentando os maiores crescimentos vêem gradativamente perdendo fôlego, assim comprometendo a receita dos serviços em Goiás.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo