Setor de serviços em Goiás cresce em janeiro, 2,5%.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em janeiro de 2015, apresentou crescimento nominal para o país de 1,6%, na comparação com janeiro do ano passado. Ainda nessa comparação o segmento de maior destaque foi o de Serviços prestados às famílias (8,6%), Tabela 1.
Em âmbito regional apenas oito Unidades da Federação apresentaram taxas negativas: Alagoas (-7,4%), Amapá (-4,6%), Roraima (-4,0%), Piauí (-3,2%), Sergipe (-3,0%), Acre (-1,6%), Maranhão (-0,8%) e Paraíba (-0,3%). Em sentido contrário, as maiores taxas positivas ocorreram no Rio Grande do Norte (9,2%), Ceará (7,3%), Pará (6,6%) e Tocantins (4,9%). O Estado do Amazonas se manteve estável (0,0%).
A receita nominal em janeiro de 2015 para o setor de serviços goiano teve crescimento de 2,5%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As maiores contribuições para a receita goiana vieram do segmento de Outros serviços, que apresentou taxas de 21,1% e Serviços prestados às famílias, com 12,7%, (Tabela 1).
Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)
Atividades |
Mês /Igual Mês do Ano Anterior |
||||
Taxa de Variação (%) |
|||||
Nov/14 |
Dez/14 |
Jan/15 |
No Ano |
12 meses |
|
Brasil |
3,7 |
3,9 |
1,6 |
1,6 |
5,4 |
Serviços prestados às famílias |
4,4 |
8,8 |
8,6 |
8,6 |
8,8 |
Serviços de informação e comunicação |
1,0 |
-2,0 |
-2,5 |
-2,5 |
2,4 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
6,6 |
10,9 |
5,3 |
5,3 |
8,2 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
3,9 |
4,9 |
2,2 |
2,2 |
5,7 |
Outros serviços |
6,5 |
3,4 |
0,0 |
0,0 |
6,3 |
Goiás |
1,1 |
5,0 |
2,5 |
2,5 |
7,8 |
Serviços prestados às famílias |
-0,5 |
7,7 |
12,7 |
12,7 |
9,0 |
Serviços de informação e comunicação |
-0,5 |
1,4 |
-1,1 |
-1,1 |
13,0 |
Serviços profissionais, administrativos e complementares |
-0,2 |
8,0 |
11,3 |
11,3 |
2,2 |
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio |
-0,8 |
4,3 |
-3,1 |
-3,1 |
3,4 |
Outros serviços |
30,4 |
22,9 |
21,1 |
21,1 |
9,5 |
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015. Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço. |
Na comparação com as demais Unidades da Federação o Estado de Goiás caiu da 7ª colocação registrada no mês anterior, para a 11ª posição em janeiro de 2015 (Gráfico 1). No Gráfico 2, os resultados da pesquisa para Goiás desacelerou para o indicador acumulado em 12 meses 7,8% em janeiro, ante 9,0% em dezembro/14. Como pode ser observado o Brasil também seguiu a mesma trajetória.
Nos últimos 12 meses Goiás teve crescimento ao longo do ano acima de 10,0%. A exceção ocorreu nos meses de novembro/14 (9,6%), dezembro/14 (9,0%) e janeiro/15 (7,8%), ao passo que na média nacional, nesses três meses houve variação de 6,4%, 6,0% e 5,4%, respectivamente. Vale dizer que desde junho de 2013 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem aumentado, no entanto nos últimos meses tanto o Brasil quanto Goiás tem diminuído o ritmo de crescimento da receita de serviços (Gráfico 2).
Resultados setoriais de Goiás
Em Goiás, os segmentos de maiores destaques foram os de Outros Serviços que apresentou taxa de 21,1%, na comparação com igual mês do ano anterior, seguido por Serviços prestados às famílias, com 12,7% de expansão. Por outro lado, o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios e Serviços de informação e comunicação apresentaram taxas negativas de 3,1% e 1,1%, respectivamente, o que se entende ser reflexo da situação ruim da indústria que deixou de contratar tais serviços.
Em relação aos resultados apurados para o mês de janeiro/15, o segmento de Serviços prestados às famílias teve um desempenho bastante favorável, saiu de 7,7% para 12,7% e o segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares, saiu de 8,0% para 11,3%. Os demais segmentos apurados pela pesquisa apontaram taxas decrescentes na passagem de dezembro/14 para janeiro/15 (Tabela 1).
Em janeiro/14 a pesquisa demonstrou que o setor de serviços goiano apresentava a segunda maior taxa entre as unidades da federação. Em janeiro/15 o setor apresentou queda significativa, ficando em 11ª colocação. Segundo analistas isto se deve em grande parte pelas principais condicionantes de demanda e de mercado de trabalho, que estão menos dinâmicas, além do crédito que ficou mais caro. Ainda nessa direção, o nível de confiança dos consumidores e empresários está muito baixo, desestimulando a atividade produtiva.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Alex Felipe Rodrigues Lima
Dinamar Maria Ferreira Marques
Luiz Batista Alves
Millades de Carvalho Castro