Setor de serviços em Goiás cresce 3,1% em agosto


Receita nominal do Setor de serviços em Goiás cresce 3,1% em agosto

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariaispara todas as Unidades da Federação em receita nominal e a partir do mês de agosto passa a divulgar informação em volume ou seja, a lacuna existente acaba de ser preenchida pela nova Pesquisa Mensal de Serviços. Essas informações são importantes para se analisar o comportamento da atividade de serviços no curto prazo, tanto em nível nacional como por Unidades da Federação.

Por segmento a pesquisa detalha para 12 Unidades da Federação selecionadas:Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal.São produzidos indicadores para os seguintes grupos: Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e Outros serviços.

Para elaboração do indicador de volume da PMS optou-se pelo deflacionamento via IPCA mensal por UF, para as atividades da PMS, pesquisados e divulgados pelo IBGE. Aos itens PMS associou-se os itens do IPCA quemelhor representam o comportamento de preços de cada grupo de classes da CNAE que compõem uma atividade PMS. Paraas atividades não contempladas por índices específicos, foi utilizado o IPCA Serviços.Nas UFs não cobertas pela IPCA foram utilizados os relativos de preços da área geográfica mais apropriada.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apresentou em âmbito nacional crescimento na receita nominal de 1,0%, na comparação agosto/2015 em relação a agosto/2014. Nesta mesma comparação o Estado de Goiás registrou de crescimento de 3,1%, puxado pelo crescimento nos segmentos de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,4%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (6,6%) eoutros serviços (2,8%).

Em âmbito regional nove unidades da federação apresentaram taxas negativas, com destaque para Amapá (-14,7%)e Maranhão (-7,8%)que pelo segundo mês consecutivo apresentaram as maiores quedas na receita nominal de serviços.

Tabela 1 -Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Jun/15

Jul/15

Ago/15

No Ano

12 meses

Brasil

2,1

2,1

1,0

2,1

3,0

Serviços prestados às famílias

0,0

2,5

-1,5

2,4

3,9

Serviços de informação e comunicação

-1,7

0,9

1,1

0,1

0,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

6,0

3,5

2,1

5,2

6,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,4

2,9

2,1

2,6

3,2

Outros serviços

Atividades turísticas

0,3

-0,1

-0,9

3,8

-5,3

-0,7

-0,4

1,9

2,2

3,3

Goiás

0,8

1,6

3,1

0,5

1,9

Serviços prestados às famílias

-9,5

15,2

-2,7

5,5

4,6

 Serviços de informação e comunicação

-4,6

-3,7

-1,4

-4,2

-1,3

 Serviços profissionais, administrativos e complementares

15,5

7,7

6,6

12,4

10,9

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,9

1,8

8,4

-0,3

0,2

Outros serviços

Atividades turísticas

-1,4

-4,8

-0,1

9,6

2,8

-2,3

2,6

1,0

7,3

-0,1

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

Em termos de receita, no gráfico 1 mostraque oEstado de Goiás vem apresentando recuperação no ranking,pois em maio/15figurava entre os cinco piores Estados no desempenho da receita de serviços,vindo a alcançar a 9º posição em termos de variação da receita nominal de serviçosem agosto/15.

 

 

 

No Gráfico 2,o indicador da variação acumulada em 12 meses tem-se reduzido paulatinamente desde o início da série; em agosto de 2015 o indicador registrou 1,9%, ante 2,1% em julho. Na economia nacional verifica-se que também houve queda neste mesmo indicador,porém em ritmo mais desaceleradocomparativamente a Goiás.

 

 

 

 

Em termos de volume os resultados não foram favoráveis, na comparação entre agosto de 2015 e 2014, houve queda no volume de serviços, no Brasil e em Goiás, de respectivamente, 3,6% e 2,4%. No Estado de Goiás houve queda em todos os segmentos de serviços, sendo as menores quedas nos segmentos de Serviços profissionais, administrativos e complementares(-1,1%) e de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,5%). Ou seja, os segmentos que apresentaram os maiores incrementos de receita nominal.

 

A Tabela 2 mostra ainda o segmento de atividades turísticas, que é uma nova categoria disponibilizada pela PMS/IBGE. Esta categoria é um agregado especial que abrange as seguintes atividades: serviços de alojamento e alimentação; serviços culturais, de recreação e lazer; locação de automóveis sem condutor; agências de viagens e operadoras turísticas; e transportes turísticos (transporte rodoviário de passageiros em linhas regulares intermunicipais, interestaduais e internacionais; trens turísticos, teleféricos e similares; transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; outros transportes aquaviários e transporte aéreo de passageiros).

 

Para o segmento de atividades turísticas chama a atenção, as quedas acumuladas no ano tanto no Brasil, quanto em Goiás, que foram de respectivamente, -2,4% e -4,4%.

Os dados em volume dos serviços exibidos na Tabela 2 revelam que agosto foi mais um mês em que houve queda no setor de serviços goiano, analogamente ao que aconteceu na economia nacional. Isto está diretamente associado ao momento ruim que a economia doméstica atravessa, onde a renda real da população está em queda, em decorrência principalmente do processo inflacionário.

Entretanto, é importante destacar que a queda registrada no mês de agosto (-2,4%) é substancialmente inferior a dos dois meses anteriores, sinalizando uma leva melhora do indicador.

 

Tabela 2 – Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Jun/15

Jul/15

Ago/15

No Ano

12 meses

Brasil

-2,2

-4,2

-3,6

-2,6

-1,1

Serviços prestados às famílias

-2,5

-1,8

-8,2

-4,8

-4,3

Serviços de informação e comunicação

-0,8

-0,3

0,3

1,2

1,8

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-1,3

-3,9

-5,2

-2,5

-1,0

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-3,7

-8,4

-4,4

-5,6

-3,2

Outros serviços

-7,2

-8,8

-12,6

-8,2

-5,8

Atividades turísticas

-0,2

– 5,7

 0,1

-2,4

-1,6

Goiás

-4,8

-4,9

-2,4

-4,9

-2,8

Serviços prestados às famílias

-16,4

8,5

-7,9

-1,0

-2,2

 Serviços de informação e comunicação

-4,9

-4,3

-2,0

-3,8

-0,9

 Serviços profissionais, administrativos e complementares

7,2

0,2

-1,1

4,3

2,9

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-6,0

-10,6

-1,5

-11,1

-8,5

Outros serviços

-9,1

-8,0

-5,3

-5,6

-1,1

Atividades turísticas

-8,0

1,4

-1,9

-4,4

-5,9

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Resultados setoriais de Goiás

Para o Estado de Goiás, ossegmentos de maiores destaque são os de Serviços profissionais, administrativos e complementares com variação acumulada no anode receita nominal e de volume, de respectivamente, de 12,4% e 4,3%. Portanto,mesmo em uma situação de redução dos salários reais na atual conjuntura econômica, o caráter de uso essencial dos serviços que compõem estes segmentos, auxiliou para o desempenho razoável do mesmo.

Por fim, é importante destacar que Goiás apresentou boa recuperação na receita de serviços no mês de agosto/2015,entre as Unidades da federação saiu da 14ª em julho/15 para a 9ª colocação. Em termos de volume em julho/15 a queda era de -4,9%, caiu para -2,4% em agosto de 2015, ganhou três posições,saiu de 15ª para 12ª posição.

 

 

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior



[1] Para mais informações ver: https://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/destaques/2015_09_08_indices_PMS.shtm

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