Setor de serviços em Goiás apresentou queda em maio, 3,1%


A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges (IMB/SEGPLAN), que apura o comportamento conjuntural do setor de serviços empresariais e de seus principais segmentos no Estado de Goiás, por setor de atividade econômica, em maio de 2015, apresentou crescimento nominal no Brasil de 1,0%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda nessa comparação, os segmentos com maiores destaques foram o de Serviços profissionais, administrativos e complementares (5,4%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,8%), Tabela 1.

Em âmbito regional onze Unidades da Federação apresentaram taxas negativas. Os Estados que apresentaram as maiores quedas foram: Amazonas (-8,7%), Maranhão (-4,9%), Espírito Santo (-4,1%) e Distrito Federal (-3,3%), em seguida o estado de Goiás com taxa negativa (-3,1%). Por outro lado, as maiores taxas positivas ocorreram em Rondônia (12,9%), Bahia (6,5%), Pará (6,4%) e Alagoas (4,8%).

A receita nominal em maio de 2015 para o setor de serviços goiano continuou a apresentar queda, 3,1%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Diferentemente do mês anterior que apenas os serviços de informação e comunicação tiveram taxa negativa. Em maio, os Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio recuaram (-7,4%) e Outros serviços (-6,0%). Os demais segmentos registraram taxas positivas, com destaque para Serviços profissionais, administrativos e complementares (10,5%), vide Tabela 1.

Tabela 1 – Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Mar/15

Abr/15

Mai/15

No Ano

12 meses

Brasil

6,1

1,7

1,0

2,3

3,8

Serviços prestados às famílias

2,4

1,2

-1,4

3,6

5,9

Serviços de informação e comunicação

2,9

-0,1

-0,8

0,2

1,1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

8,7

6,7

5,4

6,0

7,7

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

8,8

1,2

0,8

2,2

3,5

Outros serviços

5,3

-2,3

0,3

0,5

4,4

Goiás

4,3

-0,7

-3,1

-0,3

3,2

Serviços prestados às famílias

6,1

10,2

5,0

8,9

7,0

Serviços de informação e comunicação

-0,5

-8,1

-5,7

-4,8

3,0

Serviços profissionais, administrativos e complementares

21,9

12,6

10,5

14,2

8,2

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

2,7

1,0

-7,4

-3,6

-0,8

Outros serviços

3,2

-0,9

-6,0

3,9

7,7

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

Na análise regional, ou seja, entre as Unidades da Federação, o Estado de Goiás voltou a cair no ranking, pois no mês de abril estava na 14ª posição, no entanto, em maio figurava entre os cinco piores Estados no desempenho da receita de serviços (Gráfico 1). 

No Gráfico 2, verifica-se que o setor serviços goiano desacelerou no indicador acumulado em 12 meses 3,8% em maio, ante 4,6% em abril. Como pode ser notado no gráfico, a trajetória para o setor de serviços goiana tem ficado abaixo da média nacional.

Desde junho de 2014 a diferença entre o crescimento brasileiro e goiano tem diminuído, sendo que, em abril/15 os indicadores se apresentaram bem próximos (Gráfico 2).

 

Resultados setoriais de Goiás

Para o Estado de Goiás, o segmento de maior destaque foi os de Serviços profissionais, administrativos e complementares, que apresentou taxa de 10,5% em maio, comparação com igual mês do ano anterior. Embora tenha sido a maior variação positiva, essa atividade tem apresentado queda paulatina ao longo do tempo, em decorrência do arrefecimento na atividade de serviços, especialmente de profissionais técnicos como engenharia e arquitetura, devido ao desaquecimento do setor da construção civil.

Os serviços prestados às famílias também teve expansão em Goiás de 5,0%, diferente do Brasil que teve recuo de 1,4%. Mesmo com a queda no poder aquisitivo das famílias decorrente da diminuição dos salários reais, o setor ainda está aquecido em Goiás, mas com uma tendência declinante (Tabela 1).

O setor de serviços, em geral, acompanha o comportamento das demandas ocorridas na indústria, no comércio e na agricultura. Em virtude de uma contração nessas atividades, os serviços acabam sendo afetados. Conforme observação da série histórica, as atividades de maiores crescimentos vêem gradativamente perdendo fôlego, o que pode comprometer o desempenho da receita de serviços.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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