Receita bruta de revenda do comércio goiano cresce 41,2%, em 2010


A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a consolidação dos dados referente ao desempenho do segmento formal do comércio brasileiro. A importância da atividade de comércio está no atributo de movimentar o fluxo de produção de outros setores da economia, agregando margem de comercialização, o que caracteriza o poder multiplicador do segmento.

Os resultados da PAC, em 2010, apontam que no Brasil havia 1.651 mil unidades locais, as quais geraram R$ 1,9 trilhão de receita operacional líquida e ocuparam 9,4 milhões de pessoas. Em Goiás, no mesmo ano, existiam 60 mil unidades locais exercendo a atividade de revenda de mercadorias, que geraram um montante de R$ 66 bilhões, e ocuparam 302 mil pessoas.

Em termos de receita bruta de revenda, aquelas provenientes da exploração das atividades principais e secundárias exercidas pela empresa, sem deduções dos impostos e contribuições das vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais, Goiás apresentou taxa de crescimento real de 41,2% entre as unidades da federação, superando a média nacional que variou 32,5%, de acordo com dados da PAC 2010. Neste tipo de comparação, Goiás ficou a frente de importantes estados como São Paulo 27,1% e Rio de Janeiro 36,2%. Por outro lado, os estados que apresentaram melhor resultado foram Tocantins 68,8%, Roraima 68,7% e Piauí 64,0%. 

 

Tabela 1 – Empresas Comerciais Brasil e Região Centro-Oeste: Número de unidades locais e Pessoal ocupado
2009 – 2010

Localidade

Número de unidades locais com receita de revenda

Pessoal ocupado em 31/12 em empresas comerciais

 

2009

%

2010

%

2009

%

2010

 

 

Unidades (Mil)

 

Unidades (Mil)

 

Pessoas (Mil)

 

Pessoas (Mil)

%

Brasil

1.542

100

1.651

100

8.672

100

9.358

100

Região Centro-Oeste

132

8,5

138

8,4

743

8,6

802

8,6

Mato Grosso do Sul

21

1,3

20

1,2

116

1,3

113

1,2

Mato Grosso

28

1,8

28

1,7

165

1,9

174

1,9

Goiás

61

4,0

60

3,6

300

3,5

302

3,2

Distrito Federal

22

1,4

30

1,8

162

1,9

212

2,3

Fonte: IBGE

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012.

 

 

Tabela 2 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro – Oeste: Receita bruta de revenda e Margem de comercialização 2009 – 2010

 

Receita bruta de revenda de mercadorias           

Margem de comercialização em empresas comerciais

 

2009

 

2010

 

2009

 

2010

 

 

 (Milhões R$)

%

 (Milhões R$)

%

 (Milhões R$)

%

 (Milhões R$)

%

Brasil

1.711.988

100

2.032.525

100

326.617

100

394.432

100

Região Centro-Oeste

153.890

9,0

180.670

8,9

27.122

8,3

31.377

8,0

Mato Grosso do Sul

23.571

1,4

27.527

1,4

3.798

1,2

4.050

1,0

Mato Grosso

37.055

2,2

42.217

2,1

6.055

1,9

6.877

1,7

Goiás

56.858

3,3

66.285

3,3

10.019

3,1

11.096

2,8

Distrito Federal

36.406

2,1

44.641

2,2

7.250

2,2

9.354

2,4

Fonte: IBGE

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012.

Nota: 

1 – Variável Margem de comercialização em empresas comerciais: Receita líquida de revenda menos o Custo de mercadoria vendida. Refere-se ao resultado obtido pelo esforço de venda de mercadoria deduzidos dos custos de aquisição das mercadorias pelas empresas.

 

 

Tabela 3 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste: Gastos com Salários 2009 – 2010

 

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais

 

2009

 

2010

 

 

 (Milhões R$)

%

 (Milhões R$)

%

Brasil

93.520

100

112.361

100

Região Centro-Oeste

7.055

7,5

8.826

7,9

Mato Grosso do Sul

1.093

1,2

1.266

1,1

Mato Grosso

1.640

1,8

1.983

1,8

Goiás

2.593

2,8

3.285

2,9

Distrito Federal

1.729

1,849

2.292

2,04

Fonte: IBGE

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012.


PAC Goiás

A Pesquisa Anual de Comércio – PAC tem por objetivo descrever as características estruturais básicas do segmento empresarial do comércio atacadista e varejista no país, bem como o comportamento deste segmento em cada unidade da federação, acompanhando suas transformações no tempo.

Integra o âmbito da PAC as empresas que têm a revenda de mercadorias como principal atividade e estão classificadas em Comércio. Os dados divulgados compreendem o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, o comércio por atacado e o comércio varejista.

Na abertura de divulgação do comércio, o melhor resultado para Goiás, no ano de 2010, foi em comércio de veículos, peças e motocicletas, com aumento de 38,2% em número de unidades locais com receita de revenda, 13,3% no quantitativo de pessoal ocupado, 10,3% da receita bruta de revenda e de comissões sobre venda e 23,5% na margem de comercialização.

Na análise por segmentos, o comércio varejista goiano registrou retração de 7,4% no número de unidades locais de revenda, refletindo queda de 3,6% em relação ao pessoal ocupado.  Em termos de participação, este segmento representou 69,0% do pessoal ocupado, 61,1% dos gastos com salários e 72,6% das empresas comerciais. Quanto à margem de comercialização, obteve-se acréscimo de 9,6% em relação ao ano de 2009, sendo que o segmento do comércio varejista representou 53,5% na formação dessa margem, de acordo com a PAC 2010.

O comércio por atacado apresentou redução de 8,3% em número de unidades locais de revenda, essa queda não afetou o número de postos de trabalho que registrou aumento de 9,1%. Na receita bruta de revenda o aumento foi de 13,7%, e na taxa de margem, 0,9%. O setor empregou 15,9% do pessoal ocupado, e contribuiu em 41,2% para a formação da receita bruta de revenda do estado em 2010.

Os resultados da pesquisa anual do comércio, para o ano de 2010, mostram que o estado de Goiás apresentou crescimento real na receita bruta de revenda superior a média nacional. No entanto, houve queda no número de unidades locais para o total do comércio goiano, apesar do crescimento no segmento de veículos peças e motocicletas, que ajudou a suavizar este recuo (tabela 5). Merece destaque o fato do comércio atacadista ter maior representatividade no Centro-Oeste, sendo que em Goiás o segmento mais relevante é o comércio varejista, que contribuiu com uma maior parcela na formação do total dos postos de trabalho.

 

Tabela 4 – Goiás atuação das empresas, por grupos de atividades: Pessoal ocupado e Unidades locais com receita de revenda 2009 – 2010

 

Dados gerais das empresas comerciais

Grupos de atividade

Receita bruta de
revenda e de comissões sobre
venda

Margem de
comercialização
(1)

1.000 R$

 

  2 009

%

  2 010

  2 009

%

  2 010

Total comércio

57.080.621

16,1

66.285.070

10.207.342

8,7

11.095.970

Comércio de veículos, peças e motocicletas 

10.038.224

10,3

11.070.914

1.421.706

23,5

1.756.438

Comércio por atacado

23.993.769

13,7

27.283.399

3.371.121

0,9

3.402.728

Comércio varejista

23.048.628

21,2

27.930.757

5.414.515

9,6

5.936.804

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos -GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012.

Nota:

(1) Receita líquida de revenda menos o custo de mercadoria vendida. Refere-se ao resultado obtido pelo esforço de venda de mercadoria deduzidos os custos de aquisição das mercadorias pelas empresas.

 

 

 

Tabela 5 – Goiás atuação das empresas, por grupos de atividades: Receita bruta de revenda e Margem de comercialização 2009 – 2010

 

Dados gerais das empresas comerciais

 

Grupos de atividade

Pessoal
ocupado
em 31.12

Unidades
locais
com receita
de revenda

 
 
 

  2 009

%

  2 010

  2 009

%

  2 010

 

Total comércio

300.567

0,5

302.070

61.315

-2,0

60.066

 

Comércio de veículos, peças e  motocicletas 

40.138

13,3

45.491

7.320

38,2

10.114

 

Comércio por atacado

44.118

9,1

48.152

6.889

-8,3

6.318

 

Comércio varejista

216.311

-3,6

208.427

47.106

-7,4

43.634

 

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012.

 

 

Tabela 6 – Goiás atuação das empresas, por grupos de atividades: Salários, retiradas e outras remunerações

2009 – 2010

Grupos de atividade

Salários, retiradas
e outras
remunerações

1.000 R$

 

  2 009

%

  2 010

Total comércio

2.603.283

26,2

3.285.017

Comércio de veículos, peças e  motocicletas 

413.089

34,8

556.903

Governo na palma da mão

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