Produção industrial goiana em alta, maior do país.
Os dados da produção industrial divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para Goiás, no mês de fevereiro demonstraram avanço de 9,1% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após exibir quedas em janeiro (-5,4%) e dezembro (-4,0%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral foi negativo em fevereiro (-0,3%), terceiro resultado negativo consecutivo, período em que acumulou perda de 3,5%.
Com estes resultados a indústria goiana dá mostras de que está realmente consolidada e já se recuperou da crise mundial enfrentada em 2009, quando expandiu apenas 0,2%. No ano passado, o setor cresceu 17,1%, o melhor resultado registrado desde o início da série histórica, em 2002, e ficou em segundo lugar entre as 14 regiões pesquisadas, perdendo apenas para o Espírito Santo (22,3%). No mês de fevereiro/11, frente ao mês anterior na série livre dos efeitos sazonais, obteve a maior taxa do país, 9,1% e ficou acima da média nacional que foi de 1,9%.
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor industrial goiano recuou 2,2%, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto. Dois dos cinco ramos investigados apontaram taxas negativas. A principal pressão negativa foi observada no setor de produtos químicos (-9,7%), influenciado em grande parte pelo recuo na fabricação de medicamentos, sabões e detergentes e na metalurgia básica (-15,6%), com recuo na produção de ferroníquel e ferronióbio. Por outro lado, entre as atividades que registraram taxas positivas, estão os minerais não metálicos (9,9%) e a indústria extrativa (5,3%), ambos exerceram os impactos mais relevantes sobre a média global, impulsionados principalmente pelos itens cimento “Portland” e amianto, respectivamente.
No confronto com o índice do último trimestre de 2010, o acumulado para o primeiro bimestre de 2011, ambas as comparações contra igual período do ano anterior, apontou forte desaceleração de ritmo da taxa global para a indústria goiana, ao passar de 15,0% para -1,6%, movimento acompanhado por todos os segmentos. Destaque para produtos químicos que vinha de uma trajetória de alta de quinze meses consecutivos, passou de 34,5% no quarto trimestre de 2010 para -0,2% no primeiro bimestre de 2011 e para alimentos e bebidas, que no primeiro bimestre de 2010 apresentou taxa acumulada de 9,0%, no último trimestre do mesmo ano, a taxa acumulada foi de 15,8% e no acumulado de janeiro a fevereiro de 2011 recuou para -1,9%. Nesses setores, sobressaíram os recuos na fabricação de medicamentos, óleo de soja refinado, farinhas e “pellets” de soja.
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial
(Base: Igual Trimestre do Ano Anterior = 100)
%
Segmentos
|
Jan-Fev/10
|
4º trimestre 2010
|
Jan-Fev/11
|
|
|
||||
|
|
|
|
|
Indústria geral
|
28,4
|
15,0
|
-1,6
|
|
Indústria extrativa
|
2,6
|
10,4
|
-1,7
|
|
Indústria de transformação
|
31,2
|
15,4
|
-1,6
|
|
Alimentos e bebidas
|
9,0
|
15,8
|
-1,9
|
|
Produtos químicos
|
193,0
|
34,5
|
-0,2
|
|
Minerais não metálicos
|
20,1
|
4,5
|
-1,6
|
|
Metalurgia básica
|
13,8
|
-26,7
|
-5,0
|
|
|
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, mostrou crescimento de 12,5% em fevereiro, mas prosseguiu com a redução no ritmo de expansão desde dezembro último (17,1%). Destaque para produtos químicos (43,2%), minerais não metálicos (10,9%) e alimentos e bebidas (8,1%).
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – fevereiro/2011
(Base: Igual período do ano anterior =100)
%
Segmento |
Mensal |
Acumulado do Ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
-2,2 |
-1,6 |
12,5 |
Indústria extrativa |
5,3 |
-1,7 |
4,8 |
Indústria de transformação |
-2,8 |
-1,6 |
13,1 |
Alimentos e bebidas |
0,2 |
-1,9 |
8,1 |
Produtos químicos |
-9,7 |
-0,2 |
43,2 |
Minerais não metálicos |
9,9 |
-1,6 |
10,9 |
Metalurgia básica |
-15,6 |
-5,0 |
-15 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha