Produção industrial goiana apresenta a segunda maior taxa do país, 2,2%
Conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 2,2% no mês de maio/14, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. Nessa base de comparação, a produção nacional registrou queda de 0,6%. Contribuíram para este resultado da indústria as demais unidades pesquisadas, com sete localidades apresentando taxas positivas, destaque para o Estado do Pará, com 4,1% e Goiás com 2,2%. As variações negativas tiveram destaques nos estados do: Amazonas (-9,6%), Bahia (-6,8%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Espírito Santo (-1,5%), conforme Tabela 1.
Na comparação maio 14 / maio 13, a produção industrial goiana apresentou alta de 4,2% (das oito atividades, três tiveram quedas). O Estado do Rio de Janeiro registrou a maior queda entre as unidades pesquisadas, -7,9%, influenciado pela queda na fabricação de veículos automotores e máquinas e equipamentos (indústria de transformação). Os maiores crescimentos ocorreram no Pará (36,2%) e no Estado de Goiás (4,2%). No primeiro, influenciado pela maior produção de minérios de ferro em bruto (indústrias extrativas); no segundo pelo aumento na fabricação de produtos alimentícios, de biocombustíveis e indústrias extrativas, impulsionados pela maior produção de açúcar com alta polarização (VHP), extrato, purês e polpas de tomate, açúcar cristal, óleo de soja refinado e leite esterilizado/UHT/Longa Vida, no primeiro ramo; de biodiesel, no segundo; e de minérios de cobre e pedras calcárias para a fabricação de cal ou cimento, no último. Ainda nessa base de comparação, a indústria brasileira apresentou redução na produção de -3,1%, vide Tabela 1.
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais – Maio de 2014 |
||||
Locais |
Variação (%) |
|||
Maio/Abril* |
Maio14 / Maio13 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
-0,6 |
-3,1 |
-1,6 |
0,2 |
Nordeste |
-4,4 |
-2,1 |
1,6 |
2,2 |
Amazonas |
-9,6 |
-5,8 |
4,5 |
6,1 |
Pará |
4,1 |
36,2 |
18,0 |
8,8 |
Ceará |
1,2 |
1,1 |
0,0 |
7,0 |
Pernambuco |
-0,1 |
1,7 |
5,6 |
2,8 |
Bahia |
-6,8 |
-6,5 |
-2,8 |
1,7 |
Minas Gerais |
0,5 |
-4,1 |
0,2 |
-0,7 |
Espírito Santo |
-1,5 |
0,2 |
-3,2 |
-3,8 |
Rio de Janeiro |
-1,6 |
-7,9 |
-4,3 |
-2,3 |
São Paulo |
1,0 |
-3,5 |
-4,7 |
-0,6 |
Paraná |
1,1 |
-3,7 |
-1,7 |
1,9 |
Santa Catarina |
0,3 |
0,0 |
0,1 |
1,7 |
Rio Grande do Sul |
-1,0 |
-7,7 |
-2,5 |
3,9 |
Mato Grosso |
– |
0,9 |
2,2 |
4,5 |
Goiás |
2,2 |
4,2 |
0,2 |
3,3 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. *Ajustado sazonalmente. |
O Gráfico 1 mostra o comportamento da média móvel e do índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. O gráfico apresenta as oscilações na produção industrial, sendo que em maio de 2012 o índice alcançou o pico na base fixa. No índice de média móvel trimestral, percebe-se o pico no mês de setembro/13. Nas duas curvas houve processos de oscilação, com trajetórias ascendentes e descendentes.
No recorte setorial da indústria de transformação goiana, comparativo de maio de 2014 / maio 2013, os setores que apresentaram variações positivas foram o de fabricação de outros produtos químicos (20,8%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,0%), fabricação de produtos alimentícios (6,4%), metalurgia (2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%), os demais setores apresentaram resultado negativo. Entre os resultados negativos destacam-se fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-24,8%) a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), e a fabricação de produtos minerais não-metálicos (-0,4%).
Com relação ao acumulado nos cinco meses de 2014, o setor industrial goiano registrou alta de 0,2%. Contribuíram para este resultado as altas nos segmentos de fabricação de outros produtos químicos (31,6%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,4%). Houve também, alta na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,6%), conforme Gráfico 2.
A produção industrial goiana retomou o ritmo de crescimento em maio de 2014. Conforme a pesquisa, dos oito segmentos, cinco apresentaram resultados positivos. Verificou-se no índice acumulado dos cinco primeiros meses do ano que o setor industrial de Goiás reverteu o resultado negativo, ao apresentar variação positiva de 0,2%, influenciado, principalmente, pela produção de produtos químicos e pelas indústrias extrativas, pois vinha apresentando taxas anuais negativas desde fevereiro de 2014. Cabe mencionar que, Goiás liderou no crescimento da fabricação de produtos químicos entre todas as unidades pesquisadas.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Luiz Batista Alves
Millades de Carvalho Castro