Produção indústria goiana apresenta a segunda maior taxa do país, 4,1%


Em maio de 2014 o IBGE divulgou uma nova série de índices mensais da produção industrial, elaborados com base na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) reformulada. A série reformulada teve início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

Conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 4,1% no mês de abril/14, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado superior ao registrado no mês anterior, de 1,0%. Nessa base de comparação, a produção nacional registrou queda de 0,3%. Contribuíram para este resultado da indústria as demais unidades pesquisadas, com sete localidades apresentando taxas positivas, destaque para o estado do Espírito Santo, com 4,7% e Goiás com 4,1%. As variações negativas tiveram destaques nos estados do: Rio de Janeiro (-4,2%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Minas Gerais (-1,9%) e Pernambuco (-1,8%), conforme Tabela 1.

Na comparação abril 14 / abril 13, a produção industrial goiana apresentou queda de 2,5% (das oito atividades, cinco tiveram quedas). O estado do Paraná registrou a maior queda entre as unidades pesquisadas, -11,7%, influenciado pela queda na fabricação de veículos automotores e máquinas e equipamentos. Os maiores crescimentos ocorreram no Pará (36,3%) e no estado de Mato Grosso (11,6%), no primeiro, influenciados pela maior produção de minérios de ferro em bruto; no segundo pelo aumento na fabricação de derivados de petróleo e de biocombustíveis. Ainda nessa base de comparação, a indústria brasileira apresentou redução na produção, variação de -5,8%, vide Tabela 1.

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Abril de 2014

Locais

Variação (%)

Abril/Março*

Abril14 / Abril13

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

-0,3

-5,8

-1,2

0,8

Nordeste

0,6

0,8

2,0

2,6

Amazonas

-1,6

-0,6

7,2

7,2

Pará

0,8

36,3

13,0

4,1

Ceará

0,6

-4,5

-0,3

7,5

Pernambuco

-1,8

3,3

7,2

3,9

Bahia

0,8

-0,6

-1,5

3,0

Minas Gerais

-1,9

-5,0

1,6

0,3

Espírito Santo

4,7

-2,0

-4,1

-4,0

Rio de Janeiro

-4,2

-6,5

-3,1

-1,8

São Paulo

1,7

-8,3

-4,6

0,0

Paraná

-0,4

-11,7

-1,2

2,4

Santa Catarina

-1,7

-6,3

0,1

1,6

Rio Grande do Sul

-3,1

-10,3

-0,6

5,4

Mato Grosso

11,6

8,2

5,7

Goiás

4,1

-2,5

-1,4

2,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

 

*Ajustado sazonalmente.

 

 

O Gráfico 1 mostra o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. O gráfico apresenta as oscilações na produção industrial, sendo que em maio de 2012 o índice alcançou o pico na base fixa. No índice de média móvel trimestral, percebe-se o pico no mês de setembro/13. Nas duas curvas houve processos de oscilação, com trajetórias ascendentes e descendentes.

 

 

 

 


No recorte setorial da indústria de transformação goiana, comparativo de abril de 2014 / abril 2013, os setores que apresentaram variações positivas foram o de fabricação de outros produtos químicos (41,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,8%) e o de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,0%), os demais setores apresentaram resultado negativo. Entre os resultados negativos destacam-se a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,5%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,6%) e a fabricação de produtos alimentícios (-4,1%).

Com relação ao acumulado nos quatro meses de 2014, o setor industrial goiano registrou retração de 1,4%. Contribuíram para este resultado as quedas nos dois maiores pesos da estrutura industrial, os segmentos de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,8%) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-7,6%). Houve também queda na fabricação de produtos alimentícios (-2,9%), conforme Gráfico 2.

 

 

 

 

A produção industrial goiana perdeu ritmo em abril de 2014. Conforme a pesquisa, dos oito segmentos, cinco tiveram resultados negativos. Estas quedas no setor foram devido ao cenário macroeconômico que tem sido desfavorável à produção.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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