Produção do Comércio Goiano – Janeiro/2018
Em janeiro de 2018, o volume de vendas do comércio varejista goiano registrou decréscimo de -2,1% em relação a dezembro de 2017 na série livre de efeitos sazonais, bem como recuo de -9,2% na comparação com janeiro de 2017. Com esses resultados, o comércio varejista em Goiás nos últimos doze meses conta com um recuo de 7,9%.
Nesta mesma análise, o volume de vendas do comércio brasileiro cresceu 0,9%. Em âmbito regional, as vendas do varejo avançaram em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Roraima (8,6%), Amapá (8,4%) e Rio Grande do Norte (7,6%), como mostra o Gráfico 1. Por outro lado, Espírito Santo (-2,9%) e Goiás (-2,1%) mostraram os maiores recuos nas vendas nessa comparação.
Na série sem ajuste, ou seja, janeiro de 2018 em relação a janeiro de 2017, Goiás figura com a taxa negativa mais elevada entre todas as Unidades da Federação, -9,2%, enquanto o comércio brasileiro apresenta uma taxa positiva de 3,2%. Ainda nessa comparação, 19 das 27 Unidades da Federação tiveram taxas positivas, com destaque para Rondônia (18,2%), Santa Catarina (15,5%) e Roraima (14,5%). Os dados são apresentados no Gráfico 2.
As vendas do comércio varejista ampliado (varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) começam a dar sinais de recuperação em Goiás, tendo subido 0,3% em janeiro/18, frente a um crescimento de 6,5% na taxa brasileira em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nessa mesma métrica, as 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas, com destaque para Santa Catarina (20,6%); Rondônia (19,1%); Amazonas (14,6%). No acumulado em 12 meses, Goiás apresentou recuo de 7,9%, e no Brasil a taxa foi positiva, com 4,6% de expansão. Nesta mesma base de comparação, Santa Catarina (15,4%) e Rio Grande do Sul (13,5%) registraram as maiores variações (gráfico 3 e 4).
Na análise setorial, cinco atividades apresentaram, no volume de vendas, variação positiva em Goiás na comparação interanual: Veículos, motocicletas, partes e peças (+31,8%); Móveis e eletrodomésticos (+17,0%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+8,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+6,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,0%). As influências negativas foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (-23,5%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-18,7%); Tecidos, vestuário e calçados (-17,2%); Combustíveis e lubrificantes (-9,3%) e Material de construção (-4,3%), conforme a Tabela 1.
O segmento de Veículos, motocicletas, partes e peças, após vários meses de recuo avançou em volume 31,8% frente a janeiro de 2017. Com o crescimento da produção industrial goiana de veículos, que em janeiro cresceu 156,6%, o segmento começa a compensar os recuos de períodos anteriores.
O setor de Móveis e eletrodomésticos registrou crescimento de 17,0%, nona taxa positiva consecutiva. Esse resultado, acima da média geral das vendas, está associado à maior disponibilidade de crédito à pessoa física. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 9,6%, mantendo a trajetória de recuperação iniciada em abril de 2017 (-4,6%).
A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com avanço de 8,5% no volume de vendas em comparação com igual mês do ano anterior, registrou o avanço nessa comparação após 27 taxas negativas consecutivas. A taxa acumulada nos últimos 12 meses, embora ainda negativa (-17,8%), também sinalizou trajetória de recuperação, que em dezembro acumulava -22,3%.
Os resultados da receita nominal de vendas para Goiás também foram de queda; -9,6% no mês de janeiro para o varejo restrito, e ‑1,2% no varejo ampliado em relação a igual mês de 2017. Em termos acumulados em doze meses, os resultados para o varejo restrito e ampliado goiano foram de -8,5% e -7,9%, respectivamente. As taxas nacionais foram positivas tanto para o varejo restrito (+3,3%) quanto para o varejo ampliado (+6,6%). (Tabela 2).
A boa notícia é que as vendas do comércio varejista ampliado em Goiás voltaram a registrar taxa positiva, em janeiro/18, de 0,3%. O aumento foi beneficiado pelas vendas no segmento de Veículos, motocicletas, partes e peças e do segmento de materiais de construção, que embora tenha registrado recuo, foi a melhor taxa dos últimos oito meses.
Tabela 1 – Variações (%) do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado – Brasil e Goiás – Janeiro 2018 |
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Atividades
|
Interanual*
|
Acumulado
no ano*
|
Acumulado
12 meses **
|
Varejo – Brasil
|
3,2
|
3,2
|
2,5
|
Varejo -Goiás
|
-9,2
|
-9,2
|
-8,8
|
Combustíveis e lubrificantes
|
-9,3
|
-9,3
|
-22,3
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
-18,7
|
-18,7
|
-12,6
|
Hipermercados e supermercados
|
-19,4
|
-19,4
|
-12,5
|
Tecidos, vestuário e calçados
|
-17,2
|
-17,2
|
-4,4
|
Móveis e eletrodomésticos
|
17,0
|
17,0
|
7,6
|
Móveis
|
24,6
|
24,6
|
1,1
|
Eletrodomésticos
|
28,0
|
28,0
|
9,9
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
|
6,5
|
6,5
|
2,2
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
-23,5
|
-23,5
|
-17,5
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
8,5
|
8,5
|
-17,8
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
4,0
|
4,0
|
-10,6
|
Varejo Ampliado – Brasil
|
6,5
|
6,5
|
4,6
|
Varejo Ampliado – Goiás
|
0,3
|
0,3
|
-7,9
|
Veículos, motocicletas, partes e peças
|
31,8
|
31,8
|
-10,6
|
Material de construção
|
-4,3
|
-4,3
|
-8,0
|
Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018. |
|
|
|
Base igual período do ano anterior |
|
|
|
**Base igual período anterior |
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Tabela 2 – Variações (%) da Receita Nominal do Comércio Varejista Ampliado – Brasil e Goiás – Janeiro 2018 |
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Atividades
|
Interanual*
|
Acumulado
no ano*
|
Acumulado
12 meses **
|
Varejo – Brasil
|
3,3
|
3,3
|
2,3
|
Varejo -Goiás
|
-9,6
|
-9,6
|
-8,7
|
Combustíveis e lubrificantes
|
0,5
|
0,5
|
-20,6
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
-21,6
|
-21,6
|
-14,6
|
Hipermercados e supermercados
|
-22,3
|
-22,3
|
-14,3
|
Tecidos, vestuário e calçados
|
-14,1
|
-14,1
|
-1,0
|
Móveis e eletrodomésticos
|
16,3
|
16,3
|
6,9
|
Móveis
|
6,9
|
6,9
|
2,3
|
Eletrodomésticos
|
19,6
|
19,6
|
7,9
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
|
10,0
|
10,0
|
6,7
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
-21,1
|
-21,1
|
-14,3
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
-2,3
|
-2,3
|
-24,5
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
5,0
|
5,0
|
-8,1
|
Varejo Ampliado – Brasil
|
6,6
|
6,6
|
3,9
|
Varejo Ampliado – Goiás
|
-1,2
|
-1,2
|
-8,5
|
Veículos, motocicletas, partes e peças
|
30,2
|
30,2
|
-13,0
|
Material de construção
|
-3,4
|
-3,4
|
-10,2
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. |
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|
|
Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018. |
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*Base igual período do ano anterior |
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|
|
**Base igual período anterior |
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Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa
Welington José de Souza Filho